Quinta-feira, 21.03.13
Um abaixo-assinado subscrito por 118 médicos afirma que a qualidade do socorro prestado à população pelo INEM tem vindo a degradar-se.
«Algumas medidas implementadas nos últimos tempos geraram um decréscimo na qualidade do serviço médico prestado à comunidade e nas condições de eficácia e segurança do trabalho», lê-se no documento a que a TVI teve acesso.
Os médicos queixam-se da falta de qualidade do programa informático usado na receção das chamadas de socorro. Gera falsos positivos, ocupando ambulâncias, carros médicos e helicópteros em casos não urgentes, meios que podem depois fazer falta para doentes verdadeiramente em risco.
«Revisão técnico-científica de todos os fluxos de triagem do programa tetricosy® de forma a reduzir os inúmeros falsos positivos gerados atualmente pelo programa e que impedem uma maior qualidade na triagem e na selecção dos meios de socorro a accionar», defendem.
Os profissionais queixam-se ainda da falta de condições de trabalho das bases em terra dos helicópteros de emergência médica do Alentejo e Algarve.
«As bases dos helis de Beja e Loulé atualmente não têm condições ideais para o seu digno funcionamento, nomeadamente em termos de condições sanitárias, de higiene, de luminosidade e de controlo climático para a presença das equipas médicas», dizem.
O abaixo-assinado revela que, devido à falta de condições, os pilotos desses helicópteros não pernoitam nas bases, o que atrasa o socorro. «As equipas de pilotos, com o consentimento do INEM, não se encontram fisicamente nas instalações durante o período noturno, indo pernoitar a hotéis locais distantes das bases».
Os 118 subscritores representam 90 por cento do corpo médico do INEM, mas trabalham a recibo verde. Não aceitam a proposta de um novo corte no valor da hora de trabalho e denunciam pagamentos em atraso: «Atrasos na regularização dos vencimentos a pagar aos médicos, que no caso do serviço de helicópteros de emergência médica chegaram a ser de seis meses».
O presidente do INEM não acedeu ao convite para uma entrevista. Confrontado pela TVI com o documento apresentado pelos médicos, produziu apenas comentários sobre o diferendo remuneratório: «Trata-se de procurar um tratamento equivalente e uniforme, em termos remuneratórios, do trabalho médico em toda a administração pública».
O conselho diretivo garante ainda que vai responder aos médicos no prazo previsto e que está certo da boa compreensão deles para a resposta que está a preparar.
por TVI24
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por Diário de um Bombeiro às 15:15
Quarta-feira, 20.03.13
Tem aumentado o número de missões realizadas pelo helicóptero do INEM sediado em Macedo de Cavaleiros.
A afirmação chega do médico da equipa, Filipe Serralva.
O médico que está na cidade desde 2010, altura em que a aeronave chegou ao distrito de Bragança, após celebração do protocolo com o Ministério da Saúde, em 2007.
Filipe Serralva diz ser o médico com mais voos a serviço do INEM em todo o país.
“Estou aqui desde o início. Temos sido chamados para todo o norte, mais aqui no nordeste transmontano e na beira alta mas temos feito missões em todo o lado. Sou o médico com mais horas de voo em Portugal, sem dúvida nenhuma.”
Lembro que a 1 de Outubro entrou em vigor a nova reorganização dos meios aéreos no país, e esta ditava que, na região Norte os meios de Macedo e de Baltar, no Porto, seriam desativados, passando a operar apenas um helicóptero com sede única, em Vila Real.
O médico fala do modus operandi na hora de salvar vidas e das vezes em que também utilizam a VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação.
“Situações de ortopedia sem nenhuma complicação, se for mais perto, vai para Bragança. A prioridade é o bem o doente, se ele não precisar de nenhuma especialidade médica nós levamos para o sítio que possa dar os cuidados o mais rápido possível. Se o benefício do tempo e a distância justifiquem vamos no carro, se for mais longe vamos no helicóptero.”
Atualmente há apenas um Helicóptero do IENM a operar na região Norte, situado em Macedo de Cavaleiros.
Filipe Serralva é categórico na hora de afirmar que a equipa do INEM que sai em missão com o helicóptero faz toda a diferença.
“Salvamos muitas vidas. Gosto muito de trabalhar cá porque fazemos a diferença e este helicóptero como os outros do País fazem a diferença ao conseguir fazer chegar o apoio aos doentes.”
Está prevista a vinda de uma ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida) para Macedo de Cavaleiros em substituição da aeronave, no entanto, e dando provimento à providência cautelar interposta pelos autarcas, o helicóptero continua assegurado no distrito de Bragança.
por Rádio Onde Livre
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por Diário de um Bombeiro às 11:42
Terça-feira, 19.03.13
O INEM foi chamado para uma emergência médica registada cerca das 8h00 desta terça feira, no centro histórico de Arronches, um local complicado para as viaturas de emergência dado que muitas vezes a não conseguiram passar nas ruas estreitas devido a estacionamentos irregulares.
Uma situação que se verificou mais uma vez com a obstrução da rua Almirante Cândido dos Reis, junto das instalações da Caixa Geral de Depósitos, impedindo a passagem da viatura médica, uma situação incompreensível, isto quando a escassos metros o município dispõe de dezenas de lugares de estacionamento no Largo da Restauração.
Uma prática irresponsável que vem demonstrar que os residentes da zona histórica, correm sérios riscos em caso de incêndio ou outra emergência. Isto porque para além das ruas serem estreitas, há carros estacionados que não permitem a passagem das viaturas de socorro, sem antes "andar" à procura dos proprietários dos veículos para desimpedirem a passagem.
por Arronches em Noticias
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por Diário de um Bombeiro às 12:53
Segunda-feira, 18.03.13
O secretário-geral do PS, António José seguro, prometeu bater-se pela manutenção do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros, que considerou “vital” para salvar vidas no Distrito de Bragança.
O líder do PS reconheceu que é conhecido por não fazer promessas, mas decidiu abrir uma excepção e prometeu não só bater-se para evitar a retirada do meio de socorro como, se for eleito primeiro Ministro fazer regressar a esta região o meio de socorro, caso o actual Governo concretize a intenção.
O INEM pretendia transferir, em Outubro, para Vila Real, o meio aéreo de socorro, que passaria a servir toda a região Norte, mas uma providência cautelar conjunta dos 12 presidentes de câmara do Distrito de Bragança, impediu a saída do helicóptero.
A decisão judicial é ainda provisória e o secretário-geral do PS decidiu visitar hoje o heliporto de Macedo de Cavaleiros, onde está estacionada a aeronave para se solidarizar com as populações locais.
“Eu quero dar conhecimento, em particular aos transmontanos que, se depender de mim, o helicóptero não sai daqui e que tudo farei para que as populações desta zona, designadamente deste Distrito de Bragança, tenham acesso, em caso de urgência a cuidados de saúde”, declarou.
Seguro lembrou que “é vital que as pessoas compreendam que este helicóptero salvou muitas vidas e as vidas não têm preço e como não têm preço é necessário que este helicóptero continue aqui porque presta um serviço inestimável às populações que vivem mais longe de cuidados de saúde”.
O líder do PS prometeu “defender a sua manutenção e bater-se no Parlamento para que assim aconteça e depois, quando o Partido Socialista for governo, se o actual Governo tiver a ousadia de tirar o helicóptero”, garantiu à população local e aos autarcas que “podem ter a certeza que ele regressará”.
António José Seguro visitou hoje a base do helicóptero do INEM, em Macedo de Cavaleiros, e o município de Alfândega da Fé, manifestando-se preocupado “com as condições de vida e as dificuldades crescentes que (as pessoas) têm no acesso aos cuidados de saúde”.
Seguro ouviu a autarca socialista de Alfândega da Fé, Berta Nunes, que já foi responsável pela Saúde no Distrito de Bragança, dar conta da perda de serviços nos centros de saúde e das dificuldades da pessoas de acesso aos cuidados pelas distâncias e falta de dinheiro para transportes.
“Dói quando se ouve a senhora presidente da Câmara referir que há pessoas, aquelas que mais precisam e que menos têm, que ficam impossibilitadas de ir a um médico ou a tratamentos porque não têm dinheiro para pagar a taxa moderadora ou porque não têm dinheiro para pagar o transporte, para se deslocar a um hospital ou a um centro de saúde”, afirmou.
O líder do PS defendeu que o País não pode permitir que “esta situação aconteça e que alastre porque a lógica actual é privilegiar os números em vez de privilegiar as pessoas e a razão da política são as pessoas, não são os números”.
“Todos os portugueses vivam onde vivam, tenham os recursos que tenham, estejam empregados ou desempregados, sejam jovens ou menos jovens devem ter acesso a cuidados de saúde”, declarou.
por Noticias ao Minuto
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por Diário de um Bombeiro às 17:06
Sábado, 09.03.13
Foi publicado o
Decreto Legislativo Regional n.º 10/2013/M que constitui a 1ª alteração na Madeira às regras sobre a prática de DAE por não médicos, bem como a instalação e utilização de DAE em ambiente extra-hospitalar, tornando obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em locais de acesso público.
O Decreto Legislativo Regional n.º 10/2013/M vem alterar
Decreto Legislativo Regional n.º 31/2009/M, de 30 de
dezembro, que adaptou à Região Autónoma da Madeira o
Decreto-Lei n.º 188/2009, de 12 de Agosto.
O Decreto Legislativo Regional n.º 10/2013/M vem desta forma adaptar à Região Autónoma da Madeira as alterações introduzidas no ano passado pelo Decreto-Lei nº184/2012, de 8 de agosto, que aumentou para 5 anos o prazo de vigência da habilitação dos operacionais e tornando obrigatória a implementação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE) em locais de acesso público, com base nas recomendações do European Resuscitation Council (ERC), publicadas em 2010.
Segundo esta lei publicada em 2009, a instalação de DAE passou a ser obrigatória nos seguintes locais:
- Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente considerados ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham uma área de venda igual ou superior a 2000 m²;
- Conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável (ABL) igual ou superior a 8000 m²;
- Aeroportos e Portos Comerciais;
- Estações ferroviárias, de metro e de camionagem, com fluxo médio diário superior a 10.000 passageiros;
- Recintos desportivos, de lazer e de recreio, com lotação superior a 5000 pessoas.
Uma vez que o PNDAE já se encontra ativo no território nacional, com resultados iniciais estimulantes, tornou-se necessário introduzir no ordenamento regional as soluções nacionais preconizadas, como forma de combater eficazmente as doenças do foro cardíaco e respiratório.
Todos os anos na Europa, mais de 700.000 adultos morrem de doença cardiovascular,fazendo desta a principal causa de morte no Ocidente. Pelo menos 40% morrem de morte súbita cardíaca, antes mesmo de chegarem ao hospital. A desfibrilhação é uma das soluções mais eficazes no combate às paragens cardiorrespiratórias.
por Segurança Online
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por Diário de um Bombeiro às 21:13
Terça-feira, 26.02.13

Em causa o auxílio a uma mulher de 84 anos, que caiu na rua e teve de aguardar mais de três horas por uma ambulância
Um britânico vai apresentar queixa contra o NHS Direct (INEM inglês), depois de o serviço de emergência lhe ter dito, por telefone, para parar de «ser chato», quando insistia no auxílio à mãe, uma idosa de 84 anos, que teve de aguardar mais de três horas por uma ambulância com a anca e o ombro fraturados.
Iris Burton, de Ratby, Leicester, caiu na rua quando regressava a casa ao final da tarde. Depois de dez minutos a pedir ajuda, uma mulher veio em seu auxílio, chamando uma ambulância e telefonando ao filho da vítima.
Quando chegou ao local, e vendo que a mãe ainda não tinha sido socorrida ao fim de uma hora, Philip Burton voltou a ligar para os paramédicos, que lhe disseram não ter nenhuma viatura disponível. «Perguntei quando é que chegaria e disseram-me para parar de ser chato», contou ao The Telegraph.
A idosa teve de esperar cerca de três horas e meia pela chegada da ambulância. Philip tentou manter a mãe confortável, mas, devido às fraturas, a mulher «estava em agonia».
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por Diário de um Bombeiro às 21:32
Sábado, 23.02.13
Diversas notícias difundidas nos últimos dias procuram inferir do aumento do número de atendimentos de apoio psicológico realizado pelo Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) do INEM um aumento do número de suicídios em Portugal. Por serem duas matérias que não podem, neste contexto, ser relacionadas, impõe-se este esclarecimento.
O Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) foi criado pelo INEM em 2004 para atender às necessidades psicossociais da população e dos profissionais. É formado por uma equipa de psicólogos clínicos com formação específica em intervenção psicológica em crise, emergências psicológicas e intervenção psicossocial em catástrofe.
De entre as atividades desenvolvidas pelo CAPIC consta a teleassistência. Ou seja, intervenção junto dos contactantes do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) em situações de crises psicológicas, comportamentos suicidas, vítimas de abusos/violência física ou sexual, entre outros.
Diversos órgãos de comunicação social publicaram nos últimos dias notícias em que o aumento do número de intervenções era diretamente relacionado com o aumento do número de situações de comportamento suicidário pela população. Ora, por serem duas questões completamente diferentes, não sendo direto este relacionamento, o INEM esclarece o seguinte:
O aumento do número de intervenções do CAPIC é uma realidade e está relacionado com a adoção, em meados do ano passado, de um novo sistema de triagem clínico nos CODU do Instituto, que veio definir de forma criteriosa e homogénea o tipo de chamadas em que o contactante é colocado em contato direto com os psicólogos de serviço. Até então esse encaminhamento era feito com base em critérios de decisão pessoal das equipas de serviço nos CODU, sendo atualmente baseado em algoritmos clínicos de decisão que vieram eliminar a subjetividade da avaliação pessoal.
Ora, como consequência, o número de situações encaminhadas para a equipa de psicólogos do CAPIC aumentou efetivamente. Para além disso, em janeiro de 2012 foi alterado o horário de atendimento do CAPIC, passando o mesmo a estar disponível 24 horas por dia, aumentando assim de forma substancial a sua disponibilidade. E é por isso natural que tenha aumentado o número de atendimentos e também o número de situações por tipologias que recebem este tipo de acompanhamento proporcionado pelo CAPIC.
No entanto, procurar associar este aumento do número de atendimentos com um aumento do número de comportamentos suicidários despoletados pela situação económico-financeira vivida pela população carece de qualquer fundamentação baseada em números concretos. Assim, o INEM não está em condições de fundamentar um aumento de comportamentos suicidários, pois não dispõe de dados suficientes comparáveis em termos temporais.
Eventualmente outras entidades, mais vocacionadas para o tratamento destas matérias, poderão ter dados específicos sobre o assunto em questão. Não sendo o caso do INEM, não se revela assim legítimo a correlação do aumento do número de solicitações do CAPIC com um aumento do número de suicídios, pelo que este Instituto agradece que o presente esclarecimento seja tido em conta pelos órgãos de comunicação social e pelo público.
por INEM
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por Diário de um Bombeiro às 07:52
Sábado, 23.02.13
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a receber mais chamadas através do número de emergência (112) do que é habitual. Por dia, o INEM recebe entre 200 a 300 chamadas, revela fonte do Instituto, avança o Correio da Manhã.
De acordo com o INEM, na quarta-feira verificou-se um número elevado de ocorrências envolvendo vítimas com gravidade. Uma situação que motivou o atraso no envio de uma ambulância a uma vítima de queda, que esperou 12 minutos pelo transporte. Face à demora no envio de uma ambulância, a vítima acabou por desistir do pedido de socorro e optou por ir de táxi a um hospital mais próximo para um atendimento na Urgência.
Ainda de acordo com o INEM, todos os dias cerca de 20 pessoas ligam para o 112 a pedir ajuda, muitas com ideias suicidas devido à falta de dinheiro para alimentar os filhos.
112 recebe 20 chamadas diárias de pessoas desesperadas e com ideias suicidas
Todos os dias cerca de 20 pessoas ligam para o 112 a pedir ajuda, muitas com ideias suicidas por não suportarem a falta de dinheiro para alimentar os filhos, cabendo aos psicólogos do INEM dar-lhes argumentos para viver, avança a agência Lusa.
Estas pessoas “no limite” ligam para o número de emergência nacional (112), mas são encaminhadas para os psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelos elementos do Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU), atentos aos sinais de desespero.
Márcio Pereira, coordenador do Centro de Apoio Psicológico e de Intervenção em Crise (CAPIC) do INEM, revelou à agência Lusa que a mediação dos psicólogos aumentou 70 por cento em 2012, em relação ao ano anterior.
No ano passado, estes profissionais atenderam 5.500 casos de situações de cariz psiquiátrico ou psicológico.
São pessoas desesperadas que dão sinais de um sofrimento profundo, com a crise que se vive a estar na origem de muitas das ideias suicidas.
“Estão no desespero. Entendem que não têm outra alternativa e ligam para o 112”, disse Márcio Pereira, revelando que muitas das pessoas que ligam ficam surpreendidas com a existência de um psicólogo para os ouvir.
Apesar da frequência – que cresce dia a dia – deste tipo de casos, quem os ouve não deixa de ficar surpreendido com a violência do sofrimento de quem liga.
“Ligam porque querem ajuda, alguém que lhes ajude a aliviar a dor que sentem”, como aconteceu recentemente com um homem de 30 anos que, depois de ingerir uma dose massiva de comprimidos da mulher, ligou a dizer que ia morrer.
Esse homem “não tinha dinheiro para dar comida aos filhos e não conseguia ultrapassar isso”, contou, revelando que este caso – como acontece com 99,9 por cento dos atendidos pelo CAPIC – teve sucesso e os meios chegaram ao local a tempo de impedir o suicídio.
Na origem deste aumento de casos de desespero está, na perspectiva dos psicólogos do INEM, descompensações de doentes mentais, em alguns casos devido à falta de dinheiro para as consultas e até para os medicamentos, mas sobretudo “o sentimento de desesperança que se vive no país”.
Há também quem ligue apenas para pedir que não seja a família a descobrir o corpo, após o suicídio, mas muitos acabam por encontrar na conversa com o psicólogo uma alternativa e motivação para procurar ajuda.
por RCMPharma
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por Diário de um Bombeiro às 07:39
Quinta-feira, 14.02.13

Quase metade das vítimas de enfarte do miocárdio entra nos hospitais portugueses, pelos seus próprios meios. O alerta surge na véspera do Dia Nacional do Doente Coronário. Num enfarte agudo cada minuto conta e por cada meia hora que se perde a mortalidade relativa hospitalar aumenta 10%.
Quase metade dos doentes vítima de enfarte do miocárdio desloca-se pelos próprios meios para o hospital, muitas vezes desadequado, obrigando à sua transferência, com perda de tempo, que é "crucial" nesta doença.
Na véspera do Dia Nacional do Doente Coronário, o presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) salientou a importância das vítimas pedirem ajuda ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para reduzir a mortalidade e oferecer "o melhor tratamento" para a doença, a angioplastia primária.
A APIC está a desenvolver há mais de um ano uma campanha europeia de cardiologia, denominada "Stent for life em Portugal", para reduzir a mortalidade por enfarte do miocárdio na Europa.
"No momento em que começámos a campanha, cerca de 62% das pessoas iam pelos seus próprios meios para o hospital, que não eram especializados e tinham de ser transferidos, um ano depois esse número baixou para 47%", mas ainda é "muito levado", disse à agência Lusa o presidente da associação.
Cada minuto conta
Hélder Pereira adiantou que, apesar de todos os indicadores terem melhorado, ainda estão "muito longe" dos objetivos pretendidos.
"O que pretendemos é que as pessoas liguem para o INEM, demorem muito pouco tempo entre a suspeita de enfarte e o pedido de ajuda" e saibam que "há hospitais em Portugal especializados para tratar os enfartes", frisou.
Num enfarte agudo do miocárdio cada minuto conta e por cada meia hora que se perde a mortalidade relativa hospitalar aumenta 10%
Há um ano, a APIC realizou um questionário em todos os centros que realizam angioplastia. Um ano depois voltou a fazê-lo e verificou que o número de pessoas que recorreu ao INEM subiu de 33% para 40%, o que significa que as pessoas "estão a pedir ajuda mais cedo".
Mais mulheres vítimas de enfarte
A idade média dos doentes com enfarte em Portugal e nos países ocidentais é de 64 anos, mas, nos últimos anos, estão a registar-se casos em mulheres mais jovens que fumam. "Há 15 ou 20 anos, esta situação não existia, hoje acontece com alguma frequência e resulta do facto de haver uma prevalência de tabagismo nas mulheres elevada", explicou o especialista.
Dados da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) referem que, em 2012, ocorreram em Portugal 23 mil mortes por doenças cardiovasculares, das quais 16 mil por AVC e sete mil por enfarte do miocárdio. "No seu conjunto, as doenças cardiovasculares são responsáveis por quase um terço da mortalidade total da população portuguesa", refere a FPC.
Os dados indicam que 70% da população portuguesa tem colesterol elevado, 20% é fumadora ou obesa, 40% é hipertensa, e tem vindo a aumentar consideravelmente o número de diabéticos.
A FPC alerta que "o Estado gasta cada vez mais dinheiro no tratamento de doenças que são em grande parte evitáveis", sendo necessário "uma mudança radical nos hábitos de vida não saudáveis".
Este ano, a Fundação vai promover a Dieta Mediterrânica e alertar para a necessidade de uma alimentação saudável e de praticar exercício físico.
por JN
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por Diário de um Bombeiro às 19:06
Quinta-feira, 14.02.13
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por Diário de um Bombeiro às 19:03