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diariobombeiro


Quarta-feira, 27.03.13

Portugal é o sexto país europeu que mais gasta com AVC

Custos anuais com acidentes vasculares cerebrais rondam os 2,5 mil milhões de euros, revela relatório.

Portugal é o sexto país da Europa que mais gasta com os acidentes vasculares cerebrais, responsáveis por cerca de 2,5 mil milhões de euros em custos anuais, revela um relatório do grupo de trabalho para a prevenção do AVC.



Divulgado no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala no domingo, o relatório refere que um em cada cinco acidentes vasculares cerebrais está associado à fibrilhação auricular (FA), uma arritmia cardíaca que se estima afectar 140 mil portugueses com 40 ou mais anos.

“Sabendo-se que a FA aumenta em cinco vezes o risco de AVC e é responsável por 15 a 20% dos acidentes vasculares cerebrais, este aumento de incidência aponta igualmente para um agravamento dos números de AVC”, que são a segunda causa de morte por doença cardíaca na Europa e a primeira em Portugal, em pessoas com 65 ou mais anos.

Os custos anuais associados ao AVC na Europa, que vitima cerca de 1,3 milhões de europeus anualmente, somam cerca de 64 mil milhões de euros.

“Portugal é sexto país da Europa que mais gasta com o AVC em termos absolutos (cerca de 2,5 mil milhões de euros) e o segundo com custos per capita mais elevados (cerca de 240 euros)”, adianta o Grupo de Trabalho para a Prevenção do AVC, por FA.

Os doentes com FA têm uma probabilidade 50% mais elevada de morrer durante o ano seguinte (face a 27% dos doentes sem esta arritmia) e de ficar com incapacidade permanente.

Estes doentes constituem “um dos mais importantes grupos para reduzir o peso global, humano e económico dos AVC”.

Frequentemente a FA não apresenta sintomas claros para um rápido diagnóstico, estimando-se que um terço dos doentes desconheça a sua condição, o que os afasta de qualquer terapêutica preventiva.

A verificação da pulsação irregular e um electrocardiograma podem ter um “papel crucial na melhoria da detecção de FA”. Já a terapia anticoagulante pode diminuir o risco de AVC, em cerca de dois terços destes doentes.

“Mesmo quando o diagnóstico existe, muitas vezes falha a prevenção ou a forma como é feita”. Estudos realizados em Itália, Alemanha e Espanha referem que apenas entre 25% a 57% destes doentes estavam sob terapêutica anticoagulante.

O cardiologista João Morais disse à Lusa que estes dados “não surpreendem”, espelhando uma realidade conhecida, principalmente dos médicos que lidam com as doenças cérebrovasculares, que “têm um peso brutal nas doenças do aparelho circulatório”.

João Morais salientou a importância da prevenção e do tratamento, para “minimizar os danos” desta doença.

“Na fase da prevenção, temos dois problemas centrais em Portugal que condicionam os elevadíssimos números que temos de AVC, a hipertensão arterial e a FA”, frisou.

João Morais adiantou que “é fundamental” que o doente que sofre um AVC ou que tem a percepção de que está a sofrer um ataque contacte rapidamente o 112.

Isto deve ser feito quando a pessoa sentir subitamente uma perda de força num braço ou numa mão, ter alterações de sensibilidade, ou os familiares referirem ter a boca ao lado, explicou.

O relatório define “nove linhas de acção indispensáveis” para evitar que “o AVC se transforme numa ainda mais alarmante crise de saúde”, entre as quais uma “maior e melhor informação” sobre a FA e o seu impacto na doença, a educação dos doentes, a sensibilização e educação dos médicos e o desenvolvimento de estratégias coordenadas para o diagnóstico precoce da doença.

O grupo de trabalho europeu é constituído por mais de três dezenas de académicos, clínicos e associações de doentes.

Fonte: Público

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por Diário de um Bombeiro às 13:15

Segunda-feira, 25.03.13

Distrito de Viseu foi aquele em que a GNR referenciou mais idosos sozinhos

GNR anunciou hoje que o Comando Territorial de Viseu foi aquele que, em termos nacionais, referenciou mais idosos a viverem sozinhos e/ou isolados no âmbito da operação "Censos Sénior".

Em comunicado, a GNR de Viseu refere que, no distrito, "foram referenciados 3.315 idosos, com idade média de 77 anos", sendo que 67% são mulheres e 23% já recebem algum tipo de apoio das instituições locais ou da própria família. Segundo a GNR, entre esses idosos há 2.325 que vivem sozinhos e 199 isolados, "tendo ainda sido identificados 86 idosos que vivem sozinhos e isolados". Destes idosos, com uma idade média de 79 anos, 67% são mulheres e 45% não possuem telefone. A GNR sinalizou ainda onze idosos no distrito que "necessitam de acompanhamento por parte das instituições locais".
 
Os concelhos do distrito de Viseu onde foram referenciados mais idosos a viverem sozinhos e/ou isolados foram Lamego (431), Moimenta da Beira (404) e Cinfães (327). Atendendo aos dados recolhidos, as secções de Programas Especiais do Comando Territorial de Viseu comprometem-se a continuar a desenvolver a programa Idosos em Segurança e a comunicar às instituições locais "as situações que julguem ser prioritárias em termos de intervenção social". 
 
A "Operação Censos Sénior 2013" foi desenvolvida entre 15 de janeiro e 28 de fevereiro, em todo o país, e teve como objetivos a atualização do registo dos idosos que vivem sozinhos e/ou isolados e a identificação de novas situações, informando as entidades competentes das situações de potencial perigo. De acordo com a GNR, em termos nacionais, "foram sinalizados 28.197 idosos a viverem sozinhos e/ou em situação de isolamento". 
 
"Comparativamente a 2012, identificaram-se mais 5.196 situações, o que corresponde a um aumento de 22,6%", refere, acrescentando que "dos 28.197 idosos referenciados, 19.455 vivem sozinhos, 6.565 vivem isolados e 2.177 vivem sozinhos e isolados". A GNR sinalizou também "441 idosos que necessitaram de acompanhamento por parte de instituições de apoio social locais".


Fonte: JN

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por Diário de um Bombeiro às 13:18

Sexta-feira, 15.02.13

Perguntas e respostas sobre meteoritos



Qual é a diferença entre um meteoro e um meteorito?

Os meteoros são fragmentos rochosos espaciais, normalmente pertencentes a cometas ou asteróides que entram na atmosfera da Terra. Muitos são queimados à entrada na atmosfera, mas os que não se desintegram e embatem no planeta são chamados meteoritos. Normalmente atingem o chão a velocidades tremendas – até 30 mil quilómetros por hora, de acordo com a Agência Espacial Europeia.

Quão comuns são os embates de meteoritos?

Os peritos dizem que há entre cinco a dez pequenos embates por ano. Impactos maiores, como o de hoje nos Urais, são mais raros mas existem, em média, a cada cinco anos, segundo Addi Bischoff, um mineralogista da Universidade de Muenster, na Alemanha. A maioria dos impactos acontece em zonas desabitadas da Terra.

O que causou os danos na Rússia?

Alan Harris, um cientista sénior no Centro Aeroespacial Alemão, em Berlim, explicou que a maioria dos danos foi causada pela explosão do meteoro quando se entrou na atmosfera. A explosão provocou uma onda de choque que partiu vidros e atirou objectos para o ar num raio de vários quilómetros. Quando os fragmentos do meteoro – meteoritos – atingiram o chão eram já pequenos demais para causar danos fora do seu local de impacto.

Há alguma relação com o asteróide que hoje vai passar perto da Terra?

Não, é apenas uma coincidência cósmica, diz Bernhard von Weyhe, da Agência Espacial Europeia. O Asteróide 2012DA14 não tem qualquer relação com os meteoritos que atingiram a Rússia.

Qual foi a última assinalável queda de meteoritos?

Em 2008 os astrónomos descobriram um meteoro a dirigir-se para a Terra cerca de 20 horas antes de entrar na atmosfera. Explodiu sobre o Sudão, não causando danos.

O maior impacto de meteorito conhecido no último século foi o ‘Tunguska’ que também atingiu a Rússia em 1908. Mesmo esse impacto, muito maior do que o de hoje, não magoou ninguém.

Os cientistas acreditam que uma enorme queda de meteoritos pode ter sido responsável pela extinção dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos. De acordo com esta teoria, o impacto teria provocado grandes quantidades de pó que cobriram o céu durante décadas e alteraram o clima da Terra.

O que os cientistas podem aprender com o impacto de hoje?

Bischoff diz que cientistas e caçadores de tesouros provavelmente já estão a correr para os Urais para resgatar peças do meteorito. Alguns meteoritos são muito valiosos, sendo vendidos a 500 euros por grama, dependendo da sua composição.

Como a composição dos meteoros se mantém inalterada há biliões de anos – ao contrário das rochas na Terra que foram afectadas pela erosão e pelas erupções vulcânicas – os cientistas irão estudar os fragmentos para aumentar os seus conhecimentos sobre a origem da matéria e sobre a composição geológica da Terra. Harris, do Centro Aeroespacial Alemão diz que se pensa que alguns meteoritos contêm matéria orgânica e podem ter influenciado o desenvolvimento de vida na Terra.

O que aconteceria se um meteorito atingisse uma grande cidade?

Os cientistas esperam nunca ter a resposta para esta pergunta, mas continuam a tentar prepara-se para um acontecimento deste tipo. O porta-voz da Agência Espacial Europeia diz que peritos europeus, norte-americanos e russos tentam perceber como detectar este tipo de ameaças mais cedo e impedi-las. Mas não se espere uma solução à moda de Hollywood: “o método ‘Armageddon’ do Bruce Willis não funcionará”.


Fonte: AP/SOL

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por Diário de um Bombeiro às 20:59

Terça-feira, 01.01.13

Mãe tenta atirar-se de ponte com filhos bebés

A cena dramática desenrolou-se por volta das 2.30 horas da madrugada de segunda-feira, altura em que dois funcionários da Prosegur, destacados na Metro do Porto e em serviço de vigilância no tabuleiro superior da ponte Luís I, viram surgir uma mulher, ainda jovem, descalça e vestida com um pijama, trazendo ao colo dois bebés, um com um ano e outro com apenas um mês.

A cena insólita deixou logo os seguranças alerta e obrigou-os a agir quando se aperceberam de que a mulher estugou o passou e, abraçada às crianças, transpôs o gradeamento da ponte com a clara intenção de se atirar ao Douro. Um dos homens da Prosegur, Paulo Silva, correu na sua direção e, quando a imigrante já se balanceava para o vazio, conseguiu agarrá-la e aos dois meninos, puxando-os para zona segura.

"Ela desatou a gritar palavras impercetíveis enquanto eu tentava sossegá-la dizendo que era amigo e que se acalmasse. Já ajudado pelo meu colega colocámos os três junto à linha do Metro, no meio da ponte, e chamámos a PSP e o INEM", conta Paulo Silva ao JN, assegurando que a mulher não disse nada que explicasse o seu desespero.

"Ela só gritava de aflição. Antes, quando os vi aproximarem-se da ponte, reparei que ela olhava repetidamente para trás, como se fosse perseguida. Mas não havia ninguém. E o que me levou a correr ao seu encontro foi o facto de ela de repente cerrar com força os meninos contra si. Aí, instintivamente, percebi que se ia matar. Não me enganei pois ela subiu num ápice o gradeamento. Mais um segundo e eu não chegaria a tempo", garante, acrescentando não ter havido no seu ato qualquer tipo de heroicidade mas antes um sentimento de "fraternidade e obrigação de ajudar quem precisa de nós".

Já na presença da PSP e dos técnicos do INEM, a mulher, nascida em 1987 no Bangladesh, acabaria por se acalmar e contar que tencionava pôr termo à vida e levar consigo os filhos. Explicou que, momentos antes tinha sido agredida pelo marido, Hannan Repari, de 44 anos, um comerciante da mesma nacionalidade, estabelecido e residente na Rua Chã, a poucos metros da ponte. As autoridades deram crédito às suas declarações pois a mulher apresentava um ferimento na boca. O marido admite um empurrão.

Mãe e bebés foram conduzidos ao Hospital de S. João onde deram entrada por volta das três horas, ficando as crianças aos cuidados dos serviços de Pediatria. O ferimento da progenitora foi tratado e ela ficou em observação, com apoio dos serviços de Psiquiatria. O inquérito deverá prosseguir a cargo da PSP do Porto que tomou conta da ocorrência.

Fonte: JN

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por Diário de um Bombeiro às 01:58

Segunda-feira, 12.11.12

Militares "tudo farão" para não reprimir "indignação dos portugueses"

Os militares concentrados hoje em Lisboa aprovaram uma moção em que garantem que "tudo farão" para não participar na repressão do "descontentamento" dos portugueses e agendaram uma vigília contra o Orçamento do Estado junto à Presidência da República.
As três associações que convocaram a marcha que se realizou hoje, entre a Praça do Município e a Praça dos Restauradores, garantiram que “tudo farão para impedir a utilização dos militares em ações que visem reprimir a expressão democrática das preocupações e indignação dos portugueses e do seu correspondente descontentamento”.

A resolução final, aprovada por unanimidade, pelos milhares de militares que esta tarde se concentraram na Praça dos Restauradores, sublinha ainda que se “desenvolvem pressões que vão no sentido de, na segurança interna, ser atribuído um papel aos militares que vai muito para além do que a Constituição permite”.

Os militares decidiram ainda fazer uma vigília junto à Presidência da República, a 27 de novembro, dia em que deverá acontecer a votação final do Orçamento do Estado para 2013, na Assembleia da República.

Salientando a necessidade de ser avaliada a conformidade do Orçamento do Estado com a Constituição, as três associações - Associação de Oficiais das Forças Armadas, Associação de Praças e Associação Nacional de Sargentos – apelam ao Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva, para que não promulgue o documento e peça a sua fiscalização preventiva.

Os militares decidiram entregar, também a 27 de novembro, um ofício ao presidente do Tribunal Constitucional e ao Provedor de Justiça, alertando-os “para a injustiça das medidas” contida no Orçamento.

Alguns militares vão estar presentes no Parlamento, no momento em que for votado o Orçamento, para que possam testemunhar “a iniquidade das gravosas medidas”.

Vão igualmente promover “acções” de protesto contra as medidas que “tão profundamente vêm afetando os portugueses em geral”.

Antes da leitura e votação da resolução, os presidentes das três associações discursaram perante milhares de militares, que responderam às medidas governamentais acenando com um cartão vermelho. 

Luís Reis, presidente da Associação de Praças, criticou as opções governamentais e as recentes declarações do Ministro de Defesa Nacional, Aguiar Branco: "O senhor ministro disse que os militares que estivessem descontentes podiam sair. Disse mesmo que nenhum homem deverá servir nas Forças Armadas se não sentir vocação para tal. Oh! senhor ministro, o senhor tem a certeza que quer falar de vocação? É que se quer, provavelmente amanhã, Portugal e os Portugueses não têm governo".

Duas horas depois de iniciado o protesto, que começou as 15:00 na Praça do Município, os militares cantaram emocionados o hino nacional, terminando na Praça dos Restauradores a manifestação que juntou em Lisboa cerca de três milhares de pessoas.

Fonte: Negócios Online

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por Diário de um Bombeiro às 12:38

Sexta-feira, 24.08.12

Bombeiro salva jovem de 15 anos de ser violada

Adolescente gritou por ajuda e foi encontrada no balneário por um bombeiro, quando estava a sofrer uma tentativa de violação por um homem de 33 anos.

O "Jornal de Notícias" escreve que no silêncio do Parque de Campismo da Barra, em Ílhavo, ouviram-se os gritos de uma jovem campista, de 15 anos, quando passavam poucos minutos das 5 horas. Um bombeiro, a fazer campismo no mesmo parque, ouviu os gritos, vindos do balneário feminino e dirigiu-se imediatamente para lá, constantando que a porta estava fehcada à chave. Chamou um segurança e arrombaram a porta, deparando-se com a jovem, lá dentro, a lutar contra um homem de 33 anos que a tentava violar.

Ao ser surpreendido, o violador tentou fugir. Subiu para a parede que separa as diversas casas de banho e, com os pés, partiu o vidro da janela, sendo de imediato agarrado por um braço pelo bombeiro. No entanto, o violador cortou-o várias vezes com um vidro e o bombeiro teve de o soltar, deixando-o fugir para o telhado.

Populares e seguranças do parque chegaram ao local e cercaram o edifíco, mas foi preciso a chegada da GNR da Gafanha da Nazaré para o violador ser detido

Fonte: DN

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por Diário de um Bombeiro às 10:29

Quinta-feira, 23.08.12

Mãe terá provocado incêndio em Castro Marim que matou os dois filhos

Os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária até esta manhã indiciam que terá sido a própria dona da casa – uma mulher de 40 anos – que terá provocado o incêndio e a explosão que a matou a ela e aos dois filhos menores, ontem em Castro Marim, no Algarve.

A dentista brasileira, que vivia há vários anos em Portugal com o marido e os filhos, teria antecedentes de problemas psiquiátricos e o exame pericial ao local aponta para que tenha sido alguém no interior da casa a causar o incêndio e a explosão, que ocorreu ontem pouco antes das 10h00. 

A habitação estava fechada e não havia quaisquer indícios de invasão. O marido da dentista não se encontrava na casa na altura do incidente, estando a trabalhar na clínica que ambos possuíam, em Vila Real de Santo António. 

Segundo avança o Correio da Manhã, o marido saiu de casa por volta das 8h. As crianças – um rapaz de 13 anos e uma rapariga de 11 – costumavam acordar cerca das 9h30 e terá sido por volta dessa hora que ocorreu o incêndio, seguido da explosão. Os vizinhos, que viram chamas e fumo e até ouviram gritos vindos da vivenda, ainda tentaram entrar mas não conseguiram.

"Abrimos o portão do quintal e tentámos chamar pelas pessoas a ver se alguém ouvia, mas não houve qualquer resposta. Um dos vizinhos até nos disse que não deveria estar ninguém em casa", disse àquele jornal uma das vizinhas.

Só quando os bombeiros de Vila Real de Santo António chegaram ao local e saíram "transtornados" de casa é que os vizinhos perceberam que havia pessoas lá dentro.

O Laboratório da Polícia Científica da PJ teve duas equipas a examinar o local, uma de Faro reforçada com outra de Lisboa.

Fonte: Público

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por Diário de um Bombeiro às 19:06

Quinta-feira, 23.08.12

Suicídios estão a aumentar

Até onde pode ir alguém que vê a casa penhorada e está prestes a ser despejado? Quando ligou para o 112, António já tinha uma arma de fogo que comprara de propósito para se matar. Ao psicólogo do INEM que o ouvia do outro lado da linha, o empresário, de 56 anos, confessou que preferia morrer a passar pela vergonha de perder os seus bens, e arrastar os filhos para a penúria.

«E quem é que vai tomar conta deles?» – interpelou o psicólogo, ao perceber que os três filhos, dois deles menores de idade, eram a única âncora que ainda o prendia à vida.

O técnico explorou um argumento de peso. «Disse-lhe que se fizesse aquilo poderia abrir uma porta para que também os filhos o fizessem um dia. E é verdade: estima-se que os filhos de pessoas que se suicidam têm três vezes mais probabilidades de repetirem este comportamento» – conta ao SOL Márcio Pereira, que também é coordenador do centro de Apoio Psicológico e de Intervenção em Crise (CAPIC) do INEM.

Ao fim de alguns minutos, a negociação deu frutos. António aceitou revelar a morada e foi acompanhado pela equipa do INEM até chegar ao hospital.

Quase todas as intervenções, garante Mário Pereira, são bem sucedidas. «Não julgamos nem pomos em causa a opção da pessoa. Mas quando tentamos perceber se já fez tudo o que podia para reverter a situação, dá-se o ponto de viragem».

904 pedidos até Julho

Em qualquer caso, o trabalho destes psicólogos clínicos é um desafio permanente: «Estamos sempre no fio da navalha: temos de nos ligar ao sofrimento da pessoa e sabemos que uma palavra mal dita pode quebrar a relação de confiança».

Nunca, em oito anos, os dez psicólogos deste instituto tentaram demover ou salvar tantas pessoas de se suicidarem. Entre Janeiro e Julho deste ano, o CAPIC prestou apoio a 904 cidadãos que manifestaram comportamentos suicidas, mais 27% do que em igual período do ano passado.

Há quem ligue ainda num estado de «ambivalência, mais para desabafar», e há quem queira apenas avisar as autoridades para evitar que sejam as famílias a encontrar o seu corpo. Entre ideações (alguém que verbaliza que se quer matar), intenções (alguém que, além de verbalizar, já possui o método e prepara-se para o fazer a qualquer momento) e tentativas de suicídio (alguém que já ‘passou à acção’), a maioria dos pedidos de ajuda partiu de pessoas com idades entre os 40 e os 49 anos e que pertenciam ao sexo feminino (56,4% dos casos).

Aceitou ajuda e foi levado para o hospital

«As mulheres tentam mais vezes matar-se, mas os homens escolhem meios mais letais», observa Márcio Pereira, explicando que o enforcamento continua a ser o método mais comum entre as vítimas, logo seguido das armas de fogo (preferidas pelos homens), do afogamento (mais característico das mulheres) e da intoxicação medicamentosa. Este método é mais falível: «Muitas destas vítimas ainda são encontradas a tempo e conseguimos resgatá-las».

No meio do azar, Manuel teve essa sorte. Quando há três meses enviou um sms de despedida a uma amiga que vivia a quilómetros de distância, não imaginava que ela ficaria assustada a ponto de pedir ajuda. Deu o telemóvel de Manuel aos psicólogos do INEM, que lhe ligaram de imediato. Nesse momento, já tinha ingerido uma quantidade de pesticida e preparava-se para esvaziar o copo que tinha à frente. A vida deste alentejano, de 35 anos, eclipsou-se no espaço de um ano: o pai falecera, perdeu o emprego (vivia do subsídio de desemprego) e foi abandonado pela namorada. Esta separação foi, para ele, a gota de água.

O psicólogo do INEM teve de endurecer o discurso. Foi-lhe dito que corria o risco não de morrer, mas de ficar com lesões e incapacidades se ingerisse mais líquido. Com a voz cada vez mais arrastada e quase a perder a consciência, o suicida caiu em si: aceitou ajuda e foi levado para o hospital.

Como ele, todas as pessoas que são assistidas por este serviço do INEM continuam a ser acompanhadas pelos técnicos durante os seis meses seguintes, através de chamadas telefónicas.

«Embora não explique tudo», nota Márcio Pereira, a crise «agudizou problemas e vulnerabilidades já existentes»: «Muitas pessoas admitem que não conseguem fazer face às despesas nem alimentar os filhos». E recorda o caso de uma mulher de 30 anos que, já este ano, se enforcou na casa da mãe, em Lisboa, onde passara a viver após o divórcio e por ter perdido autonomia financeira.

Foi o filho mais velho, de dez anos, que certo dia encontrou o corpo da progenitora – que estava de baixa psiquiátrica há alguns dias – estendido no chão da sala. No varão do cortinado, pendia uma corda com que a mulher se tinha enforcado.

Três suicídios por dia

A estatística do INEM acompanha, de resto, a tendência de agravamento dos números oficiais de suicídios em Portugal.

Segundo os dados mais recentes do INE, em 2010 foram 1.098 as pessoas que puseram termo à vida (três pessoas por dia, em média). Em 2011, apurou o SOL, houve pelo menos mais 110 casos (média de 3,2 por dia), confirmados através de autópsias do Instituto de Medicina Legal (INML). Já este ano, até Julho, este organismo já realizou 490 perícias que atestaram mortes intencionais.

Mas os números oficiais não traduzem a verdadeira dimensão do fenómeno, tendo em conta que «muitas vezes o Ministério Público dispensa a autópsia quando tem suspeitas fundadas de que não houve crime» – lembra Duarte Nuno Vieira, presidente do INML. Isto leva a que, nos certificados de óbito, a maioria dos médicos classifique como indeterminada a causa de morte.

Sabe-se, por exemplo, que muitos são os suicídios nas linhas de metropolitano e de comboio, bem como na Ponte 25 de Abril. Mas as respectivas empresas (CP, Metro e Lusoponte) recusam divulgar esses dados, remetendo para as autoridades. Contactadas pelo SOL, a PSP e a Polícia Marítima recusaram avançar esses números.

«O ideal seria fazer a perícia em todos os casos de morte violenta, pois é um elemento fundamental para assegurar que se tratou efectivamente de suicídio», defende o especialista, que destaca outra vantagem: «Permite um melhor conhecimento desta realidade, que é essencial para delinear programas de prevenção adequados».

É por este motivo, disse ao SOL José Carlos Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, que em Portugal «ainda não se pode, dada a fragilidade dos dados, avaliar a relação entre a crise social e o aumento do suicídio».

Crise agrava factores de risco

No entanto, admite o enfermeiro, «será expectável um aumento do número de casos, dado o aumento dos factores de risco – nomeadamente, o desemprego, a taxa de pobreza, a instabilidade social e a diminuição dos apoios sociais».

Ricardo Gusmão, professor de psiquiatria e saúde mental da Universidade Nova de Lisboa, corrobora: «Através de estudos já realizados, percebe-se que quando os países atravessam condições económicas desfavoráveis e elevadas taxas de desemprego, em que as pessoas estão menos protegidas socialmente, há um aumento da depressão e dos comportamentos auto-agressivos».

Só com «políticas de emergência sociais» e uma «capacidade de resposta médica ampliada», adverte, poderá garantir-se o contrário.

Fonte: SOL

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por Diário de um Bombeiro às 18:23

Terça-feira, 21.08.12

Ponta Gorda a 'abarrotar pelas costuras'

Deve ser batido hoje o recorde de entradas na Ponta Gorda, pois para além de já quase não haver espaço para estender um toalha - até a zona infantil está literalmente ocupada por banhistas -, também 'falta espaço' nas piscinas, tantas são as pessoas que enchem todos os espaços do recinto. O acesso ao mar continua vedado, devido às marés vivas, que começam já a agitar a piscina oceânica. Mantém-se a bandeira amarela hasteada, numa tarde de muito calor e ausência de vento!

Fonte: DNotícias

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por Diário de um Bombeiro às 18:54

Terça-feira, 21.08.12

Tubarão avistado junto a Vila Nova de Milfontes

Um tubarão foi avistado segunda-feira à tarde junto à praia da Franquia, em Vila Nova de Milfontes, o que levou ao encerramento temporário das três praias perto do Rio Mira.

Dado que nesta terça-feira ainda não foram registados nenhuns avistamentos, o funcionamento das praias voltou ao normal.

“Fizemos uma busca esta manhã por volta das 9h e não vimos nenhum tubarão, portanto decidimos hastear a bandeira verde das três praias”, afirmou ao PÚBLICO o Comandante Arrifana Horta da Capitania de Sines, referindo-se à praia da Franquia, do Farol e das Furnas.

Durante o dia de ontem, às 16h20, registou-se um primeiro avistamento de um tubarão com cerca de um metro e meio de comprimento, no rio Mira, que desagua no mar. Os banhistas informaram o nadador salvador que hasteou a bandeira vermelha como medida de precaução.

A Polícia Marítima foi informada do sucedido e as buscas iniciaram-se nessa mesma tarde, envolvendo ainda nadadores salvadores. “Por uma questão de prevenção achámos que seria melhor hastear a bandeira vermelha nas três praias perto do Rio Mina”, afirmou o Comandante Arrifana Horta. O aparecimento do tubarão assustou vários banhistas que “entraram em pânico”.

O segundo avistamento ocorreu por volta das 18h15. Nesta altura o tubarão estava “a sair do rio”, salienta o comandante. Na manhã desta terça-feira não foram encontrados nenhuns vestígios do animal marítimo e as três praias voltaram ao normal funcionamento com a bandeira verde hasteada.

Segundo o Comandante da Capitania de Sines, não há registos de avistamento desta espécie marítima no rio. “No mar é mais comum mas ainda assim são tubarões inofensivos como o tubarão-frade”, tranquiliza.

Fonte: Público

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por Diário de um Bombeiro às 15:51


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