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diariobombeiro


Terça-feira, 19.03.13

B.V. Fundão: Aguardam Pagamentos

Os bombeiros voluntários do Fundão continuam a aguardar o pagamento do subsídio anual de 40 mil euros protocolado com a câmara municipal e queixam-se ainda dos atrasos “de um ano” no pagamento do transporte de doentes por parte do Centro Hospitalar da Cova da Beira.

Apesar do subsídio mensal da câmara do Fundão, de 7.500 euros, estar a ser pago atempadamente, o subsídio anual de 40 mil euros tarda em chegar o que está a causar transtorno às contas da Associação Humanitária “muito, senão a situação económica seria mais favorável”. Segundo o presidente da direcção, António Rodrigues, em falta está ainda o fornecimento de combustível acordado também no mesmo protocolo celebrado com a autarquia desde os finais de 2011.

A juntar a esta situação está também a diminuição no serviço de transporte de doentes que passou de 728 viagens de longo curso (Coimbra e Lisboa) em 2011, para 603 no ano passado “e o nosso hospital da Cova da Beira há um ano que não nos paga o transporte de doentes que cada vez requisita menos uma vez que também já transporta doentes com meios próprios”.

Apesar de disto e da corporação ter encerrado o ano 2012 com um resultado líquido negativo de cerca de 12.500 euros, a situação financeira “é robusta porque estamos com menos gastos e só fazemos as despesas estritamente necessárias”. A assembleia geral dos bombeiros do Fundão aprovou por unanimidade o relatório e contas referente a 2012, um ano em que os bombeiros prestaram uma média de 23 serviços diários.

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por Diário de um Bombeiro às 16:28

Segunda-feira, 18.03.13

B.V. Esmoriz: Equilibrio Financeiro e Continuidade na Gestão

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz realizou no passado dia 26, a sua Assembleia Geral Ordinária dedicada à apresentação, discussão e votação do Relatório e contas relativo ao ano 2012 e ainda a Eleição de Corpos Gerentes para o triénio 2013 a 2015. 

Mesmo num enquadramento difícil em termos de contexto socioeconómico, a Associação voltou a alcançar os seus objectivos de cumprimento e equilíbrio financeiro. Aliás, conseguiu-se alcançar até melhores resultados na exploração da Piscina, também do espaço agora dedicado a Ginásio e, naturalmente com uma grande ajuda da vertente clínica já que esta estrutura vai de vento em popa, com muita procura de utentes. 

No ano 2012 e na finalização do mandato o Presidente Jacinto Oliveira revelou que foram alcançados e concretizados os objectivos que havia estabelecido com a sua Direcção em termos de gestão. Mais um conjunto de 16 pontos haveriam de ser apresentados pouco depois em jeito de “campanha” como diria o presidente e que consubstanciam as metas a atingir nos próximos anos e que passam não só pela conclusão do Campo de Treinos/Centro de Formação, a continuidade da substituição de viaturas e nomeadamente um aposta na vertente marítima com a substituição de duas motos de água ou ainda a aposta a manter-se no investimento em equipamentos de protecção individual. 

O acto eleitoral decorreu de forma rápida já que a lista única e sem contestação foi aprovada por unanimidade mantendo a presidência da Direcção da Associação com o Eng.º Jacinto Oliveira e sofrendo apenas pequenas alterações e troca de nomes e cargos nos restantes órgãos eleitos. Esta Assembleia com um maior número de participações do que vem sendo habitual decidiu ainda a constituição de uma Comissão de Trabalho que defina as regras, os critérios, os princípios, se quisermos, para as atribuições de distinções honoríficas, a dirigentes e a bombeiros ou mesmo atribuições honoríficas em geral atribuídas pela Associação.


por Gabinete de Comunicação & Imagem

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por Diário de um Bombeiro às 13:54

Segunda-feira, 18.03.13

B.V.Santana: "Um Dia Pela Vida"

O Comando informa a todo o pessoal do Quadro Ativo, Reserva e Auxiliar que estão abertas inscrições para formação de uma equipa com o objetivo de participar no projeto “UM DIA PELA VIDA ”, organizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
 
O projeto "Um Dia Pela Vida" vai decorrer no concelho de Santana entre os dias 14 de Março a 18/19 de Maio de 2013.
 
Cada elemento inscrito contribui com dez euros (10€), a entregar no dia da reunião, e recebe uma “T-shirt” oficial LPCC. Esta contribuição reverte a favor da LPCC.
 
A equipa constituída tem como missão organizar um ou mais eventos de forma a angariar fundos para reverter a favor da LPCC.
 
As Inscrições estão abertas até ao dia 20 de Março de 2013, e oportunamente será comunicado o dia da reunião com todos os elementos inscritos, com a seguinte ordens de trabalhos:
  • Apresentação do projeto
  • Agendamento dos eventos a realizar pela Equipa dos Bombeiros de Santana.

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por Diário de um Bombeiro às 13:43

Sexta-feira, 15.03.13

B.V.Mealhada: Incorporação 2013

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por Diário de um Bombeiro às 17:12

Sexta-feira, 15.03.13

B.V.Cantanhede: "A Chama que Comanda a Vida"

Está ligado aos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (BVC) desde os 11 anos de idade, quando entrou para a fanfarra da corporação. Em 2011, com 39 anos, Jorge Jesus, licenciado e mestre em Economia, tornou-se no mais jovem comandante da — longa — história dos BVC. 

Jorge Jesus nasceu em Coimbra, corria o ano de 1972. Os dois primeiros anos de vida foram passados com a mãe e a irmã, em Cantanhede, até que, em 1974, foi com a progenitora para França, país onde o pai de Jorge Jesus trabalhava há alguns anos. 

 “A minha irmã ficou em Fátima, num colégio de freiras, e depois foi ter connosco a França passados uns anos”. O pequeno Jorge permaneceu em Créteil, na zona de Paris, até 1982 e desses tempos guarda gratas memórias. “Recordo-me de praticamente tudo: da minha escola primária, dos meus colegas... Era um ensino diferente daquele que se praticava em Portugal. Claro que só vim a descobrir isso anos mais tarde. No geral, França era um país muito diferente de Portugal”. Também os pais de Jorge Jesus se adaptaram bem ao novo país de acolhimento. “Adaptaram-se muito rapidamente. Gostam muito de França. Ainda hoje, depois de já estarem em Portugal há algum tempo, continuam a ver canais de televisão franceses”.

Por se terem identificado com a cultura francesa, incentivaram o filho a integrar-se completamente na sociedade. “Tinha professores e colegas franceses. No entanto, conforme ia passando de ano, fui tendo cada vez mais colegas de outras nacionalidades”. Jorge Jesus tem ainda bem presente na sua memória o tempo que passava com os amigos de infância. “À quarta-feira não havia aulas. Comecei a jogar futebol e isso foi meio caminho andado para arranjar um grupo de amigos”. O dia livre que tinha a meio da semana era ainda aproveitado para pôr a leitura em dia. “Acordava um pouco mais tarde e ia para a catequese. Depois, à tarde, ia para a biblioteca. Gosto muito de ler. Naquela altura lia livros juvenis. Hoje leio mais livros técnicos, de Economia e de legislação”.

Um “até já” a França

Depois de oito anos a viver em França, Jorge Jesus regressou com a mãe a Cantanhede. “O meu pai ficou lá, só veio para Portugal depois de se reformar, em 2005. Vim com a minha mãe para Cantanhede porque a minha avó materna estava muito doente. Infelizmente, acabou por falecer”. Passar a falar diariamente o idioma português não foi difícil. “À quarta-feira, em França, também tinha aulas de português, na altura financiadas pelo Governo de Portugal. Era um daqueles programas que existiam para manter viva a nossa cultura no estrangeiro. E eu tive a oportunidade de acompanhar as matérias que eram leccionadas em Portugal”. 

 Porém, houve um episódio que o deixou triste. “Por exemplo, se em França estivéssemos no 8.º ano [lectivo], aqui entrávamos para o 7.º. Fiquei desiludido, mas logo de seguida encarei isso como um desafio. Lembro-me de uma professora de Biologia me dizer que era melhor eu atrasar um ano porque senão ia ter muitas dificuldades. No final do ano tive cinco a todas as disciplinas, excepto a Português, em que tive quatro”.

O sucesso escolar foi sempre uma constante na vida de Jorge Jesus e, muito antes de concluir o ensino Secundário, já sabia o que queria seguir. “Sempre fui uma pessoa muito organizada e com objectivos traçados. Tinha a opção de ir para Medicina ou para Economia. Escolhi Economia, também por achar que requeria menos esforço. Sou um pouco preguiçoso no estudo...”, conta, entre risos. Em 1987 candidatou-se à Universidade de Paris para cursar Economia. “Não gosto muito de dizer isto, porque pode ser mal interpretado, mas a verdade é que nunca ponderei tirar o curso em Portugal. Achei que França me proporcionaria melhores condições para continuar a estudar”. “Excelente”. 

Esta é a palavra a que Jorge Jesus recorre para caracterizar a sua passagem pela Universidade de Paris. “Correu tudo como eu esperava. E ainda tive a sorte de ter como colegas alguns amigos de infância”. No entanto, o que mais lhe agradou foi a vertente prática do curso, uma falha muitas vezes apontada ao ensino superior em Portugal. “Estagiámos no sector privado e no público, em vários países. Estive em Inglaterra, em Itália, em Espanha e na Alemanha”. Completou a licenciatura em 1992 e inscreveu-se logo no mestrado em Economia Financeira, que concluiu em três anos.

Passo seguinte? “Mesmo quando estava fora passava os meses de Agosto em Portugal e, desde cedo, decidi que era cá que queria trabalhar. Aqui o ritmo é menos stressante. A vida de emigrante é muito trabalhosa. Para os meus pais proporcionarem, a mim e à minha irmã, a estabilidade financeira que sempre tivemos, sabíamos que eles tinham de começar a trabalhar às seis da manhã e só acabar às sete ou oito da noite”. De volta a Cantanhede, começou por trabalhar no sector administrativo de uma empresa de pequena dimensão. “Foi bom para me adaptar à cultura empresarial portuguesa”. Logo que se sentiu preparado para “voos” mais altos, candidatou-se a um cargo numa multinacional espanhola, com delegação em Coimbra, onde permanece até à actualidade e onde é director do departamento financeiro.

Quando a sirene toca

Mas em terras gandaresas Jorge Jesus é mais conhecido por ser o comandante dos BVC, cargo que ocupou em 2011. De facto, a sua ligação à corporação cantanhedense remonta a 1983, quando ingressou na fanfarra dos BVC. Tinha apenas 11 anos. “O meu pai tinha sido bombeiro e incentivou-me a entrar para a fanfarra”. Com 14 anos entrou, como cadete, para a equipa de operacionais da corporação. “Fazia o chamado trabalho de sapa. É uma fase de aprendizagem. Abastecia os veículos, lavava-os...”. 

 Mesmo quando regressou a França para se licenciar continuou a ser bombeiro em Cantanhede, embora só nos três meses de férias lectivas. “Vinha de férias, não para me divertir, mas sim para ajudar no quartel. Isto é uma paixão que não desaparece”. Foi aos 15 anos que ajudou, pela primeira vez, a combater um incêndio. “Lembro-me perfeitamente. Foi em Portunhos. O cenário não me assustou porque quando lá chegámos o incêndio já tinha sido dominado”. “O primeiro grande susto que apanhei foi na Serra da Boa Viagem [na Figueira da Foz], já tinha 17 ou 18 anos. Mas o pior foi em 2003, aí pensei que não ia sobreviver. Eu e mais quatro bombeiros ficámos rodeados pelas chamas...”.

Infelizmente, nem todos os bombeiros têm a mesma sorte e Jorge Jesus já perdeu alguns camaradas. “Camaradas” e não “colegas”. “Uma corporação é como uma família, com as suas virtudes e defeitos. Mas na altura da acção não há dúvidas, sabemos que dependemos uns dos outros”. Depois de muitos anos ao serviço do quartel de Cantanhede, houve um período em que Jorge Jesus se afastou das suas funções de adjunto do Comando. “Não concordava com o caminho que estava a ser seguido e afastei-me”. Este interregno, de ano e meio, revelou-se demasiado penoso. “Os primeiros três meses foram de uma violência extrema”, desabafa. Porém, ainda em 2010, recebeu um convite muito especial. 

A Direcção da Associação Humanitária dos BVC da altura sondou-o para que ele assumisse a liderança do comando da corporação. Uma proposta irrecusável, mas que não podia ser tomada de ânimo leve. “Deve ter sido a decisão mais difícil que tive que tomar até agora”. O apoio que diz ter recebido de diversas pessoas levou-o a ponderar aceitar o desafio. Contudo, a última palavra coube a uma pessoa em especial. “Falei com a minha esposa e disse-lhe que a decisão dela seria a minha”. Neste caso, terá ajudado o facto de a mulher já ter sido bombeira.

A 17 de Abril de 2011 tornou-se no mais jovem comandante dos BVC. Desde logo aplicou a sua energia e conhecimentos na reestruturação da corporação. “Implementei uma dinâmica virada para a formação e para as novas tecnologias”. E está satisfeito com a reacção do seus operacionais? “Já o disse e continuarei a dizê-lo: estes são os melhores bombeiros de Portugal”.

A esquiar e a dar tacadas

Nos dias que correm, os Bombeiros, a empresa em Coimbra e outras actividades profissionais “roubam” a maior parte do tempo de Jorge Jesus. Ainda assim, o economista tem vindo a trabalhar na sua tese de doutoramento, pela Universidade de Paris, que espera ter concluída em breve. Durante muitos anos encontrou no golfe uma forma de descontrair. “Deixei de jogar futebol porque me deixou algumas mazelas nos joelhos”. Começou a praticar golfe em França, durante a juventude. “Sou um mero amador...”, confessa. Ainda treinou durante alguns anos no campo de Cantanhede, “mas quando vim para comandante arrumei os tacos”. É o contacto com a Natureza.


por Luís Monteiro / Jornal AuriNegra

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por Diário de um Bombeiro às 14:13

Quinta-feira, 14.03.13

Coimbra: Companhia de Sapadores vai ter 15 novos recrutas

A Companhia de Bombeiros Sapadores (CBS) de Coimbra vai ter, em breve, 15 novos recrutas.

A abertura de concurso para o efeito será aprovada, segunda-feira (18), pela Câmara Municipal, revelou o presidente, João Barbosa de Melo, ao intervir, hoje, na cerimónia comemorativa do 232º. aniversário da corporação.

Segundo o autarca, talvez, a médio prazo, ocorra a admissão de mais uma dezena de bombeiros.

Ao contrário do que tem sido habitual, a cerimónia evocativa do aniversário dos Sapadores – pela primeira vez com a presença do novo vereador da Protecção Civil, José Belo – realizou-se nos Paços do Município (praça de 08 de Maio).

João Barbosa de Melo, que agradeceu a dedicação dos bombeiros, invocou o exemplo por eles dado e exortou os munícipes a “olharem para o futuro e darem respostas aos desafios”.
 
 
por CP

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por Diário de um Bombeiro às 12:09

Quinta-feira, 14.03.13

Câmara de Abrantes emite parecer favorável à constituição da Associação Humanitária Dos Bombeiros Voluntários

A Câmara de Abrantes aprovou na reunião de Câmara de 4 de março, uma proposta no sentido de emitir parecer favorável à constituição da Associação Humanitária Dos Bombeiros Voluntários de Abrantes. Aprovou ainda um outro pedido para apoio administrativo e jurídico.

A Associação foi constituída legalmente no dia 7 de fevereiro de 2013. Porém a criação do corpo de bombeiros na sua dependência carece agora de pareceres de várias entidades bem como da autorização da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
 
A Associação tem como desígnios a proteção de pessoas e bens, nomeadamente o socorro a feridos, doentes e a extinção de incêndios, detendo e mantendo em atividade um corpo de bombeiros voluntários ou misto.
 
A Câmara de Abrantes entende que a constituição desta entidade vem reforçar a resposta da proteção civil ao nível local e regional, desejando a natural articulação com o corpo municipal de bombeiros que terá uma função nuclear e estratégica do serviço de proteção civil. 
 
 
por Rostos.pt

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por Diário de um Bombeiro às 08:12

Quinta-feira, 14.03.13

Bombeiros Aveiro-Velhos: "Segurança de Pessoas e Bens"

Terminou hoje um curso inserido no "Programa Vida Ativa" do IEFP de Aveiro. Curso denominado "Segurança de Pessoas e Bens", teve início em 6 de Fevereiro, totalizando 100 horas de formação e abrangeu matérias de Primeiros Socorros e Brigadas de Incêndio. 
 
Os 16 formandos ficaram com conhecimentos em Suporte Básico de Vida, algumas noções de trauma, avaliação de sinais vitais, noções de fenomenologia da combustão, manuseamento de extintores, equipamentos de proteção individual, entre outras matérias.
 
Na hora de finalizar, as opiniões foram unânimes em avaliar a utilidade da matéria aprendida, bem como de salientar o espírito de grupo criado entre formadores e formandos no decorrer do curso.
 
 
por Facebook Bombeiros de Aveiro-Velhos

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por Diário de um Bombeiro às 08:11

Terça-feira, 12.03.13

Vale de Cambra: Quartel novo é sonho “ao virar da esquina”

Construção da casa nova dos bombeiros arranca em breve e estará terminada dentro de um ano. A corporação foi homenageada pelo Rotary Club

A comunidade valecambrense foi convidada a dar asas ao sonho da Associação Humanitária (AH) dos Bombeiros Voluntários (BV) de Vale de Cambra de comemorar, em 2014, o seu 54.º aniversário já no novo quartel, a construir na Zona Industrial de Lordelo.
 
“Por que é que a AH não pode ter 25 mil sócios?”, questionou, em tom de exortação, Manuel Augusto Carvalho, presidente da Assembleia Municipal, um dos oradores presentes na homenagem que o Rotary Club de Vale de Cambra decidiu prestar à instituição e que foi encenada e vivida na noite de sábado no Centro Cultural de Macieira de Cambra.


por  Alberto Oliveira e Silva / DA

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por Diário de um Bombeiro às 10:11

Sábado, 09.03.13

Câmara aprova “resgate financeiro” às contas dos bombeiros de Lagares da Beira

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital aprovou hoje a atribuição, em duodécimos, do subsídio anual de 37.500 Euros e de um apoio adicional de 25 mil euros à...
 
... Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntário de Lagares da Beira (AHBVLB), que soma uma dívida a fornecedores superior a 70 mil Euros.

Em causa está um “resgate financeiro” aprovado por unanimidade pelo executivo municipal de Oliveira do Hospital com o objetivo de ajudar a recém empossada direção da Associação Humanitária a regularizar as contas herdadas da anterior equipa diretiva.

“A direção nova está com alguns problemas de ordem financeira, porque houve despesas que não foram contabilizadas e estão com dificuldades em liquidar as dívidas”, referiu o presidente da Câmara Municipal que, esta manhã, propôs o pagamento do subsídio anual de 37.500 Euros a ambas as corporações do concelho em duodécimos, no montante de 3.125 Euros mensais, com a primeira tranche relativa ao primeiro trimestre de 2013 a ser paga já em março.

Uma medida que não resolve os problemas da Associação Humanitária de Lagares da Beira e que forçou o executivo municipal à aprovação de um apoio adicional de 25 mil Euros, a pagar nos próximos três meses – duas tranches de 10 mil Euros e uma de cinco mil Euros – ficando a associação obrigada à apresentação de contas no final do semestre. Desta forma, José Carlos Alexandrino pretende 'estender a mão' à corporação Lagarense, que se encontra numa situação que o próprio disse nem imaginar, mas da qual tomou conhecimento pela nova equipa diretiva com a qual tem reunido e à qual reconhece “entusiasmo” para reequilibrar as contas da Associação.

“Pretendem fazer uma reestruturação e cortes que são fundamentais”, referiu o presidente, referindo-se à equipa dirigida por António Maceira que, para além do saldo negativo e dívidas a fornecedores, se vê a braços com um défice mensal de 3.500 Euros.

"Um dia destes não há fornecedores que nos fiem"

Ainda a proceder à organização da contabilidade de 2012 que, em dezembro, “não dispunha de um único documento lançado”, a recém empossada direção da AHBVLB já regista uma saldo negativo de cerca de 10 mil Euros e um conjunto de dívidas a fornecedores que ultrapassa os 70 mil Euros. “No dia 26 de dezembro a anterior direção disse que tinha um saldo positivo de 50 mil Euros, mas afinal o saldo é negativo em 10 mil Euros”, afirmou António Maceira ao correiodabeiraserra.com, contando que desde a tomada de posse, em 28 de dezembro passado, as faturas por pagar aos fornecedores e até multas têm surgido em 'catadupa'.

“Um dia destes não há fornecedores que nos fiem”, receia o presidente da direção que se tem preocupado em pagar os salários aos cerca de 13 profissionais que se encontram ao serviço da corporação e assegurar a reserva de INEM totalmente suportada pela corporação - apenas aufere um prémio de saída - que muito contribui para o défice mensal da estrutura de 3.500 Euros.

“Todos os dias vão aparecendo faturas novas para pagar”, insiste o responsável que não tem dúvidas de que a atual situação da corporação é resultado da gestão “pouco cuidada” levada a cabo pela anterior direção que, na hora da apresentação de contas, lhe entregou um conjunto de “papelinhos”. “Não houve empenho necessário”, constata António Maceira que facilmente comprova o que argumenta com as atas das “poucas” reuniões realizadas pela anterior direção. Segundo contou, os estatutos prevêem a realização duas reuniões por mês e a anterior direção realizou apenas metade nos dois últimos anos. “Nós já vamos na 11ª ata”, conta o responsável, certo de que uma associação humanitária de bombeiros “não se pode gerir com uma reunião por mês”.

Sem querer criar complicações a ninguém, António Maceira diz estar mais preocupado em resolver o problema financeiro que herdou e, até dotar, a AHBVOH de melhores meios de socorro e combate a incêndios por via de uma candidatura ao POVT. “De há quatro anos para cá, para além das duas ambulâncias oferecidas pela Câmara e pelo senhor António Lopes, não há cá rigorosamente mais nada”, lamenta o responsável, revelando-se grato pelo gesto tido pela autarquia e o conhecido benemérito.

É urgente reestruturar...



Uma realidade que esta manhã não deixou indiferente os vereadores da oposição na Câmara Municipal que votaram favoravelmente ao 'resgate financeiro” às contas da AHBVLB.

“Enquanto puder resistir no domínio do voluntariado é importante que a Câmara assegure a sua sustentabilidade”, considerou o vereador do PSD, propondo até que, “por questão de prudência” e face ao apoio adicional de 25 mil Euros, a Câmara solicite um relatório trimestral das contas da Associação, para que possam ser analisadas pelo vereador responsável pela área financeira. Do mesmo modo, Mário Alves considerou imperativa uma “reestruturação” da AHBVLB no domínio do pessoal porque “a tendência é de redução do transporte de doentes”.

“Estamos sensíveis e disponíveis para colaborar”, referiu entretanto o vereador do movimento “Oliveira do Hospital Sempre”, José Carlos Mendes, alinhando com Alves na defesa de uma “reestruturação de forma a que não percam eficiência”.
 
 
por Correio da Beira Serra

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por Diário de um Bombeiro às 09:28


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