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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha (AHBVCR) comemorou o seu 116º aniversário num clima de festa e preocupação, homenageando operacionais, cadetes, antigos bombeiros e um empresário.

Valdemar Sousa recebeu o Galardão de Prestígio da AHBVCR, porque ao longo de muitos anos o Grupo de Socorros a Náufragos dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha tem desenvolvido uma importante missão nas praias da Foz do Arelho, participando em inúmeros salvamentos, muitas vezes com reduzidos meios para intervir.

Entre os beneméritos que têm contribuído para que seja possível manter activo este Grupo de Socorros a Náufragos, que durante a época balnear todos os fins-de-semana para ali destaca em média dezasseis elementos, Valdemar Sousa há mais de trinta anos disponibiliza gratuitamente as refeições para todos os elementos do Grupo, pelo que entendeu a Direcção, por proposta do Comando, atribuir o Galardão de Prestígio em 2011 ao sócio benemérito da AHBVCR.

Outro dos homenageados com o Galardão de Prestígio foi José Domingos, que aos 89 anos, como segundo comandante do quadro de honra, é um bombeiro que frequenta assiduamente, tendo inclusive o maior número de presenças em cerimónias dos Bombeiros Voluntários. Nascido na Freguesia do Pó, concelho do Bombarral em 1 de Outubro de 1922, alistou-se nos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha em 10 de Outubro de 1949, sucessivamente foi subindo de posto até à Classe de Chefes, topo da carreira de Bombeiro Voluntário, exercendo durante largos anos as funções de Ajudante de Comando, tendo passado ao Quadro de Honra como 2º Comandante. Também foram homenageados desde jovens da fanfarra e da escola de cadetes, e operacionais que comemoraram os vários anos de serviço à comunidade.

Clara Oliveira, David Belchior, Daniel Santos, Fábio Santos, Hugo Faustino, Marcelo Santos, Pedro Amaral, Pedro Ricardo e Rui Alves receberam diplomas da Liga de Bombeiros Portugueses pela participação no concurso nacional de manobras. O cadete Francisco Branco, o infante Bernardo Branco e o estagiário Daniel Martins receberam uma medalha pela dedicação ao longo de cinco anos à Fanfarra 79. A medalha de dez anos de dedicação à Fanfarra 79 foi atribuída ao estagiário Jorge Paula.

Receberam a Medalha de Assiduidade Grau Cobre pelos cinco anos como bombeiros Daniel Pereira, Ernesto Marques, Hugo Almeida, Ricardo Neves, Nuno Soares, Hélder Silva, Ricardo Marques, Sónia Henriques, Marcelo Santos, Ruben Castanheira, Ângela Almeida e Luís Miguel Santos. Recebeu a Medalha de Assiduidade Grau Prata pelos dez anos de serviço como bombeiro Pedro Miguel Pereira. A Medalha de Assiduidade Grau Ouro pelos 15 anos como bombeiro foi atribuída a José Manuel Almeida. A Medalha de Assiduidade Grau Ouro pelos 20 anos como bombeiro foi atribuída a Pedro Marques, João Paulo Carvalho, Luís Filipe Pacheco, Emanuel Simões, António Serrenho e Carlos Tomé.

A Medalha de Dedicação Grau Ouro pelos 25 anos como bombeiros foi atribuída a Paulo Martins, Rui Faria, Vítor Tavares, Vasco Silva, Sabino Bonifácio e Vítor Santos. O comandante dos bombeiros das Caldas, José António, durante a cerimónia destacou o empenho de todos os voluntários nas operações, realçando três situações mais calamitosas que sucederam este ano, nomeadamente o incêndio na Travessa da Piedade, o incêndio nos bares da Foz do Arelho e o incêndio no Bairro das Morenas.

“Estes homens e mulheres pertencem a uma espécie de lutadores contra o destino, contra a maldade, contra todos os contratempos políticos que nos impuseram, contra a crise e até contra a discriminação de que aqui ou ali vão sendo alvo. Mas vão lutando, vão muitas vezes pagando para fazer o seu trabalho e têm conseguido sempre sair com distinção das suas tarefas, que têm sempre o mesmo objectivo de ajudar o próximo”, disse o comandante.

Desde o último aniversário, o Corpo de Bombeiros das Caldas foi solicitado para 19.280 ocorrências, que ocuparam um total de 17.971 horas, sendo percorridos 419.661 quilómetros. José António lembrou ainda que a população não possui uma política de segurança, o que se traduz num número elevado de ocorrências e na perda de bens, por vezes de vidas. Apesar deste ano não ter sido uma preocupação, José António disse que “devemos estar avisados com o que possa acontecer ao nível dos incêndios florestais no Verão do próximo ano. Em 2011 as coisas têm corrido muito bem graças ao clima ameno que se tem feito sentir, no entanto, se no próximo Verão as temperaturas forem mais agressivas serão sentidos os efeitos da falta de limpeza das zonas florestais e os incêndios irão acontecer em maior número”.

O comandante avisou que “os meios podem tornar-se insuficientes, o pânico será instalado junto das populações e a culpa volta a morrer solteira. As entidades públicas não dão o exemplo com acções de limpeza que são da sua responsabilidade, os privados seguem o mesmo exemplo e existem propriedades cujos proprietários são desconhecidos, o que inviabiliza a sua notificação. Depois ver-se-á o que acontece”. Por último deixou uma palavra de agradecimento à população e aos bombeiros que participam nos peditórios e também nas acções de formação.

“Os caldenses, salvo raras excepções felizmente, têm-se mostrado solidários com o seu corpo de bombeiros e contribuído de forma abnegada sempre que abordados para dar a sua contribuição e dadas as dificuldades financeiras com que nos deparamos têm os nossos bombeiros realizado algumas acções e peditórios que têm permitido apetrecharmo-nos com equipamentos essenciais”. Desta forma, foram angariados fundos no peditório de 15 de Agosto que permitiram efectuar a aquisição de uma lanterna de capacete para todos os bombeiros do quadro activo, que foram distribuídas no decurso da cerimónia. Com os donativos angariados durante as Tasquinhas foi possível adquirir um manequim destinado às Formações de Suporte Básico de Vida.

Foi também adquirido material para treino das equipas concorrentes ao concurso Nacional de Manobras.

Fonte: Jornal das Caldas

Através dos despachos 7155/2012 , 7156/2012 e 7157/2012 o Ministério da Administração Interna concedeu :

Ao Bombeiro de 2.ª João Miguel Figueiredo Horta, do Corpo de Bombeiros Municipais de Tavira, a Medalha de Mérito de Proteção e Socorro, no Grau Ouro e Distintivo Azul.

A Bombeira de 3.ª Flávia Cristina da Cruz Silva da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria -a -Velha, a Medalha de Mérito de Proteção e Socorro, no Grau Prata e Distintivo Azul.

Aos Bombeiros de 2.ª Ana Paula Pereira Durães e João Carlos Simões Santos, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal, a Medalha de Mérito de Proteção e Socorro, no Grau Cobre e Distintivo Azul.

As condecorações foram hoje publicadas em Diário da República e assinadas pelo Ministro da Administração Interna, Miguel Bento Martins Costa Macedo e Silva.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere (AHBVA) assinalou o 72º aniversário, a 11 de Março, numa cerimónia que ficou marcada pela condecoração de José Tiago Guerreiro, com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, e de Celestino Brás, com a Medalha de Mérito Municipal.

"Hoje chegou o dia de agradecer a um bombeiro sem farda, pelos mais de 30 anos de dedicação a esta casa", afirmou o representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, explicando que a Liga recebeu uma proposta remetida pelo presidente da direção e pelo comandante, no sentido de ser atribuída uma das mais altas distinções dos bombeiros portugueses que é o Crachá de Ouro dos Bombeiros Portugueses.

José Tiago Guerreiro, presidente da Assembleia-geral da AHBVA, tomou a palavra para recordar que "há mais de 40 anos que sirvo esta associação", revelando que "foi com alguma surpresa e emoção que recebi esta insígnia". Apesar de tudo o que tem feito pela AHBVA, José Tiago Guerreiro preferiu destacar no seu discurso "o corpo ativo disciplinado, motivado e competente que temos", lembrando que os bombeiros "tudo fazem sem procura de notoriedade, mas que no socorro a dar são sempre os primeiros".

Celestino Brás, capelão da AHBVA, também foi condecorado, desta feita com a Medalha de Mérito Municipal. O presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere e presidente da direção da AHBVA, Paulo Tito Morgado, justificou "a primeira Medalha de Mérito Municipal até hoje atribuída a alguém de Alvaiázere" pelos "mais de 40 anos que foi um homem que sempre, de forma muito veemente e muito firme, muito honrada mas também muito humilde, deu o corpo ao manifesto, deu a cara e tudo o que tinha por esta associação". Celestino Brás agradeceu a condecoração, explicando que "só fiz aquilo que devia fazer e o que devia fazer era entregar-me de alma e coração à associação e a todas as causas que sirvam para o progresso e para o bem-estar desta freguesia e deste concelho".

Mas as condecorações não ficaram por aqui. Durante as comemorações do 72º aniversário da AHBVA foram igualmente condecorados os bombeiros com cinco anos de serviço.

Dando seguimento à cerimónia, o Comandante da AHBVA, Vítor Joaquim, lembrou algumas das dificuldades com que os bombeiros se têm defrontado, salientando que só durante o ano de 2012 "já registámos 14 ocorrências de incêndios florestais, o triplo comparando com igual período do ano passado", acrescentando que "com o decorrer das condições climatéricas poderá vislumbrar-se um ano de muito trabalho".

"Os bombeiros hoje estão a viver outra vez tempos muito difíceis", referiu o representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, que também aponta "as questões climatéricas que o país está a passar" como um problema que "provoca despesas excepcionais".

Igualmente consciente de que "estamos a atravessar condições atípicas" e que atualmente "somos confrontados com condições atmosféricas completamente alteradas", o representante da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Carlos Guerra, elogiou o "excelente contributo" dos corpos de bombeiros do distrito que "têm respondido a todas as ocorrências com um grau de capacidade e profissionalismo que não se esperava". Para fazer face a estas condições meteorológicas adversas e à sobrecarga com o aumento de incêndios florestais, a ANPC decidiu que, a partir de janeiro deste ano, "todo o combustível gasto no combate a incêndios florestais passam a ser suportados pela ANPC", informou Carlos Guerra.

Mas não são apenas as condições climatéricas anormais para esta época do ano que preocupam Vítor Joaquim, pois a retirada dos poucos apoios que os bombeiros tinham também colocam em causa o voluntariado. "Não poderei deixar de manifestar o meu receio referente ao voluntariado", referiu o comandante da corporação de Alvaiázere, adiantando que por enquanto a corporação ainda não sente a "escassez de meios humanos". Contudo, a atual conjuntura, à qual nem os bombeiros ficam ilesos, pode condicionar o incentivo ao voluntariado, devido "à perca dos poucos apoios que nos têm sido dados ao longo destes anos, nomeadamente no que toca às taxas moderadoras", referiu Vítor Joaquim, concluindo que "neste momento, os bombeiros voluntários quase têm de pagar para serem voluntários".

O representante da Liga dos Bombeiros Portugueses lamentou que aos bombeiros "muito se exige e pouco se retribui" e lembrou que os bombeiros "são os únicos voluntários neste país que para serem voluntários é lhes exigido tempo de serviço", pois "têm de dar 270 horas por ano do seu tempo, sob pena de passarem ao quadro de reserva e deixarem de ser bombeiros".

Igualmente consciente dos poucos apoios que os voluntários dispõem, Paulo Tito Morgado continua a defender que "esta casa foi fundada na chancela do voluntariado e, na minha convicção, é assim que deve continuar", argumentando que "o voluntariado é seguramente também a pedra basilar da formação, personalidade e carácter dos nossos jovens, dos infantes e dos cadetes aqui presentes".

Outro dos problemas que afetam as associações de bombeiros são o transporte de doentes não urgentes, que "constituía o fundo de tesouraria das associações", considerou o representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, adiantando que "aquilo que se avizinha não é bom" e "vem dificultar a vida aos bombeiros". O novo modelo de gestão de transporte de doentes que o governo aprovou recentemente "vem introduzir no transporte de doentes não urgentes um factor completamente absurdo, que é veículos que possam fazer tudo e mais alguma coisa, possam também fazer transporte de doentes". No entanto, para o representante da Liga dos Bombeiros Portugueses "isto é o quebrar de toda uma tradição de prestar um serviço de qualidades aos doentes portugueses, ao introduzir uma outra viatura de transporte de doentes sem nos dar garantia de qualidade".

"A Federação está atenta e está a trabalhar para apresentar respostas concretas para a Liga dos Bombeiros Portugueses", tranquilizou o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria, Mário Cerol. Na sua intervenção, Mário Cerol ainda elogiou o corpo ativo de Alvaiázere, afirmando que "é um corpo de bombeiros extremamente bem comandado, disciplinado e competente".


Fonte: O Alvaiazerense

Em dia de aniversário da corporação da cidade, os bombeiros viram trabalho reconhecido. António Gonçalves e António Faria receberam crachás de Ouro.

Numa cerimónia onde o nome do falecido comandante Manuel Gouveia Serra vai continuar, para sempre, a ser recordado, o presente maior vai para os bombeiros, que ano após ano, assistem ao reconhecimento do trabalho prestado.

A Marco Brito, Bombeiro de 2ª na corporação de Oliveira do Hospital, coube o prémio Manuel Gouveia Serra no valor de 750 Euros e instituído pela Câmara Municipal no sentido de distinguir o bombeiro do ano.

No entanto, as distinções não se esgotaram no jovem bombeiro que foi admitido naquele corpo ativo em dezembro de 1998.

Pelos 37 anos de serviço na corporação oliveirense, o chefe do quadro de honra António Gonçalves recebeu ontem o crachá de Ouro da Liga de Bombeiros Portugueses.

Sujeito a igual distinção esteve também António Faria, sub-chefe na corporação, pelos 36 anos de desempenho nos bombeiros de Oliveira do Hospital.

Numa cerimónia onde fizeram eco as dificuldades com que se batem os bombeiros de todo o país, houve ainda a registar o ingresso de oito elementos na carreira de bombeiros e a atribuição de condecorações de grau prata e ouro.

Pelos 10 anos de serviço na corporação, Samanta Correia, Telmo Costa e Tânia Costa foram distinguidos com a medalha de prata. Já o sub-chefe Daniel Martins viu o trabalho de 20 anos reconhecido com a medalha de ouro.

Atrair novos jovens ao corpo de bombeiros é um dos objetivos do comando e direção da corporação da cidade que tem em funcionamento a “escolinha de bombeiros” e tem vindo a realizar um trabalho de sensibilização junto das escolas. “A Associação comemora 90 anos, mas não queremos que fique envelhecida, mas antes que mantenha a sua vitalidade”, teve oportunidade de referir o comandante Emídio Camacho.

Fonte: Correio da beira_serra

O Bombeiro de 2ª. Classe Luís Matos, dos Voluntários de Águeda, foi condecorado com a Medalha de Mérito, Protecção e Socorro, Grau Cobre, distintivo azul. 

A condecoração foi atribuída pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANP), referente a tempo de serviço operacional, tendo sido o elemento com mais horas de serviço operacional no distrito de Aveiro. Foi a segunda vez que um elemento do Corpo de Bombeiros de Águeda foi agraciado - o primeiro foi Carlos Barrocas.

Os deputados da Assembleia de Freguesia de Caldelas eleitos pelo Partido Socialista querem ver atribuído o título honorífico da freguesia de Caldelas aos bombeiros locais. Os deputados, eleitos pelo Partido Socialista, da Assembleia de Freguesia de Caldelas enviaram um documento à Junta de Freguesia local onde dão conta da sua pretensão em ver a freguesia reconhecer o trabalho desenvolvido pela corporação de bombeiros local, através da atribuição da Medalha de Honra da Freguesia. Relembre-se que, depois de aprovado o Regulamento de Condecorações na Assembleia de Freguesia de 29 de Dezembro último, foi pela primeira vez entregue um título honorífico da Freguesia de Caldelas, em Sessão Solene realizada a 20 de Janeiro do corrente ano, à empresa Manuel Marques, Herdeiros, S.A. (Herdmar). Não colocando em causa o merecimento e reconhecimento prestado à referida empresa, o Partido Socialista local entende que “há outras pessoas colectivas e singulares da Vila das Taipas que se destacaram no excepcional exercício de actividades de interesse humano e altamente relevantes de que resulte grande honra” e que justificam tal distinção, conforme dão conta em comunicado distribuído aos órgãos de comunicação social. É nesse contexto que propõem à Junta de Freguesia de Caldelas que “no ano em que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, comemora o seu 125º Aniversário, a freguesia de Caldelas, nos termos do seu regulamento de Condecorações, atribua a Medalha de Honra, a esta Instituição prestando assim tributo à Instituição, aos homens e mulheres que excelsos serviços têm prestado à Freguesia, aos seus fregueses, ao concelho, ao distrito, ao País, à Humanidade”. 

Luís Rodrigues, de 12 anos, foi distinguido, esta segunda-feira, pelo INEM com a medalha de "Cidadão Exemplar", pela forma tranquila, rápida e completa com que informou o técnico do serviço de emergência médica ao ligar o 112, o que contribuiu para salvar a vida da mãe.

O telefonema aconteceu pelas 00.41 horas do dia 8 de Maio quando Luís Rodrigues, 12 anos, se apercebeu que a mãe, diabética desde os 16 anos e dependente de insulina, estava a ter uma crise de hipoglicémia (baixa de açúcar no sangue) durante o sono. O primeiro alerta foi dado pela irmã, Celsa, de 9 anos, que estava a dormir com a mãe: Celsa Dantas, 43 anos, caiu da cama inanimada durante o sono e os filhos não a conseguiam acordar.

Luís, desde pequeno habituado a lidar com a diabetes da mãe, apercebeu-se imediatamente do que se estava a passar: mediu-lhe o nível de açúcar no sangue e viu que estava muito baixo (14). Ainda tentou fazer-lhe uma papa de açúcar e dar-lhe à boca mas, face à inércia da mãe, percebeu que não seria capaz de resolver o problema e que o mais acertado seria chamar o INEM.

Agarrou o telefone e ligou o 112, pedindo ajuda para a mãe. "Com calma" e sem precipitações, descreveu a situação, deu todas as informações relevantes e respondeu a todas as perguntas do operador que o atendeu do outro lado da linha. Já o tinha feito antes. Segundo a mãe, desde os quatro anos que Luís está habituado a ligar para o INEM, mas nunca numa situação tão grave.

"Se ele não tivesse lá em casa obviamente eu tinha morrido. O meu filho para mim é tudo. Salvou-me a vida", disse, esta manhã, emocionada, aos jornalistas, numa cerimónia nas instalações do INEM, onde se pretendeu distinguir o "pequeno grande exemplo" do Luís na boa utilização do número de emergência.

Paulo Rebelo, 42 anos, técnico do INEM há 15 anos e quem respondeu à chamada, diz que "não é muito normal" haver crianças que consigam fazer uma chamada de socorro com tanta serenidade. E que, mesmo entre os adultos, há muita gente que não é capaz de fazer o que Luís fez: dar todas as indicações relevantes e responder com a tranquilidade necessária às perguntas do operador de modo a que sejam accionados os meios de socorro mais indicados à situação.

José Gabriel Melo deixou por motivos de saúde e após trinta 30 anos de serviço, o comando dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, sendo substituído por Nuno Barbosa.

 

 

No voto de louvor, aprovado por unanimidade, é realçado o trabalho desenvolvido por José Gabriel Melo, que ao longo da sua carreira transformou a corporação “com o seu saber, com a sua abnegada dedicação, o seu forte sentido de humanidade, rigor e disciplina”.

 

 

Ao comandante honorário dos Bombeiros Voluntários se deve “em grande parte as novas instalações dos soldados da paz e a projecção alcançada além fronteiras através da participação das equipas de manobras sénior e de cadetes nos diversos concursos nacionais e estrangeiros”.