O coordenador da Protecção Civil da cidade da Guarda disse, esta quarta-feira, temer que, com a introdução de portagens nas duas autoestradas que servem a região, surjam complicações nas estradas nacionais em dias de neve. As vias rodoviárias sob alçada municipal "são muitas" e os meios reduzidos.
Segundo Eduardo Matas, com o pagamento de tarifas nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Vilar Formoso/Aveiro), a partir de 8 de Dezembro, "é natural que, principalmente nos primeiros tempos, as pessoas tenham relutância em pagar nas autoestradas e se desviem para as estradas nacionais".
A confirmar-se este cenário, o responsável receia que possam ocorrer situações complicadas em algumas estradas alternativas da região, nomeadamente nas estradas nacionais (EN) 18 (Guarda-Benespera), EN 16 (entre Guarda e limites dos concelhos de Celorico da Beira e Pinhel) e no traçado do antigo IP5, entre Alvendre e Sobral.
"Nos anos anteriores já temos tido dificuldades" na EN 18, entre Guarda e Benespera, por os camiões cisterna terem que efectuar aquele percurso por estarem impedidos de circular nos túneis de Ramela e Barracão da A23, disse à agência Lusa.
Num ponto daquela estrada, conhecido por Alto de Santa Cruz, surgem anualmente complicações em dias de neve, pelo que, com o previsível aumento do tráfego rodoviário, as entidades de protecção civil passam a ter "um cuidado redobrado" naquela zona.
O responsável referiu que as vias rodoviárias sob alçada municipal "são muitas" e os meios reduzidos, vaticinando que, "se houver um forte nevão", a missão do Serviço de Protecção Civil Municipal será "mais trabalhosa, difícil e espinhosa".
Fonte: JN