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Segunda-feira, 10.12.12

Cantanhede: Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios avaliou resultados de 2012

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) do Município de Cantanhede reuniu em 6 de Dezembro, no edifício dos Paços do Concelho, para fazer o balanço da época de incêndios florestais e avaliar a execução das medidas e trabalhos definidos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Presidida pelo presidente da autarquia, João Pais de Moura, a reunião da entidade que tem a missão de coordenar, a nível local, as ações de defesa da floresta contra incêndios florestais contou com a participação dos representantes das entidades que a constituem, designadamente Hugo Oliveira, Comandante Operacional Municipal, Jorge Jesus, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, Cláudio Lopes e Pedro Costa, do Destacamento Territorial de Cantanhede da Guarda Nacional Republicana, e Ivo Brito, da Autoridade Militar do Exército. Presentes estiveram ainda Inês Lopes e Francisco Pedro Bravo, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, e António Oliveiras, da Organização Florestal Atlantis, em representação dos produtores, e Sara Dias, técnica responsável do Gabinete Técnico Florestal do Município de Cantanhede.

Da análise ao período de 1 de janeiro a 31 de Outubro, e não apenas no período crítico de incêndios florestais, resultou a constatação da eficácia da primeira intervenção e do combate, por parte das equipas e agentes de proteção civil presentes no terreno, tendo sido enaltecida a ação dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede e de outros agentes da proteção civil, que garantiram uma capacidade de reposta e de mobilização adequada às circunstâncias. Por esse motivo é que 55 das 56 ignições registadas (menos 50% que em 2011) se traduziram em pouco mais do que 20 ha de área ardida. E se é verdade que no total (161,1ha) esta aumentou relativamente ao ano anterior isso ficou a dever-se ao incêndio ocorrido em 17 de Julho, nas freguesias de S. Caetano e Corticeiro de Cima, Vilamar e Febres que, em função do cenário particularmente difícil provocado por temperaturas elevadas e ventos muito fortes, devastou 139,7 ha de floresta, ou seja, 87 % do total da área ardida no concelho no ano em causa.

A este propósito, João Moura considera que «descontando as circunstâncias especialmente adversas e muito difíceis de controlar desse incêndio que teve início na Freguesia Corticeiro de Cima, em termos gerais o balanço é bastante positivo e temos motivos para nos congratularmos com a atuação eficaz, coordenada e convergente que todos os agentes de proteção civil evidenciaram na resposta às situações de emergência».

A reunião prosseguiu com a análise e discussão do trabalho desenvolvido no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios 2009-2013, instrumento operacional de planeamento, programação e organização de um conjunto de ações de prevenção e pré-supressão que acaba de ser atualizado pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Cantanhede e cuja gestão e coordenação compete também ao presidente da Câmara. A execução do referido plano em 2012 revela uma área de cerca de 81,83 ha intervencionada em termos de limpeza de matas, com especial relevância para as intervenções efetuadas pela EDP nas linhas Mogores-Cantanhede e Cantanhede-Mariota, bem como as realizadas pelos serviços da autarquia na Zona Industrial de Cantanhede e pela equipa de sapadores florestais da Junta de Freguesia da Tocha na rede primária associada à estrada florestal que dá acesso à praia do Palheirão, esta última ainda em fase de conclusão.

Todos os intervenientes consideraram que é importante aplicar, estrategicamente e em consonância com a cartografia de risco de incêndio florestal, sistemas de gestão de combustível, bem como desenvolver processos que permitam aumentar o nível de segurança de pessoas e bens e tornar os espaços florestais mais resilientes à ação do fogo, aliás nos termos daquilo que a lei preconiza nesta matéria.

Sobre esta matéria, o presidente da Câmara sublinhou a necessidade «de garantir o cumprimento da legislação em vigor no que diz respeito à gestão de combustíveis, processo que requer um esforço adicional, uma vez que as autarquias estão confrontadas com grandes constrangimentos financeiros».
Referiu ainda da importância de que a assunção e cumprimento individual das responsabilidades de autoproteção permitirão alcançar com maior facilidade os desígnios da proteção civil e a segurança coletiva das populações.

No final da reunião, tal como estava previsto em agenda, foi discutido e aprovado o programa de ação da equipa de sapadores florestais da Junta de Freguesia da Tocha para o ano de 2013, cuja incidência é a gestão de combustíveis da rede primária associada à END 335-1 que liga Tocha à Praia da Tocha, num total de 28,43 hectares.


por CM-Cantanhede.pt

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por Diário de um Bombeiro às 16:37



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