A calota polar do oceano Árctico atingiu um novo recorde de degelo, revelaram esta segunda-feira investigadores norte-americanos, que vêem no fenómeno um novo sinal dos efeitos a longo prazo do aquecimento climático.
Segundo um comunicado da Universidade do Colorado, em Boulder, a calota polar no Árctico (Pólo Norte) também designada por campo de gelo ou banquisa (massa de gelo flutuante que se forma pela congelação da água do mar), ocupa uma extensão de 4,10 milhões de km2, ou seja, menos cerca de 70 mil km2 do que o precedente recorde de 18 de Setembro de 2007.
O Verão ainda não terminou e os cientistas do centro de dados sobre os glaciares estimam que a diminuição da calota polar poderá ser ainda maior nas próximas semanas.
A diminuição do campo de gelo no Árctico é um "sinal forte do aquecimento climático a longo prazo".
"Esse recorde é um número, mas também um sinal de uma alteração fundamental da cobertura glaciar do Árctico", alertou o cientista Walt Meier, da Universidade do Colorado.
"O glaciar está agora muito fino e frágil", disse em comunicado o director do centro, Mark Serreze.
Nos últimos anos, o planeta Terra registou vários recordes de temperaturas máximas. Treze dos últimos 15 anos foram os mais quentes jamais conhecidos.
Segundo os cientistas, o efeito de estufa causado pelas emissões de CO2 devidas à actividade humana é a principal causa das alterações climáticas.
Fonte: CM