O presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Portalegre está “revoltado” com a alteração na política de transporte e evacuação de doentes da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) que obriga os bombeiros a deixar os doentes nos hospitais, sem aguardar que lhes seja dada alta hospitalar.
Francisco Louro afirma que a medida da ULSNA, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2013, “é mais um ataque à população e aos bombeiros, mais uma pouca-vergonha feita por quem administra”.
Segundo o dirigente esta alteração de procedimento na política de transporte e evacuação de doentes “reflete a incapacidade de resposta da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano”.
Francisco Louro explica que “muitas vezes quando os bombeiros chegam aos hospitais as macas ficam retidas durante várias horas” o que significa que a resposta dada aos utentes é muito lenta.
O mesmo responsável acrescenta que esta alteração de procedimento “visa apenas não pagar aos bombeiros pelas horas de espera” e sublinha que é o utente quem vai pagar a fatura porque “o que vai acontecer é que os bombeiros vão voltar aos quarteis para depois serem novamente chamados pelos utentes que terão que pagar a deslocação dos bombeiros”.
A alteração na política de transporte e evacuação de doentes da ULSNA entrou em vigor a 1 de janeiro e retira aos doentes o direito a transporte, após receberem a alta hospitalar, pelo que devem regressar pelos próprios meios ou pagar transporte.
A RP tentou obter explicações junto do conselho de administração da ULSNA sobre esta matéria, mas o responsável pelo gabinete de comunicação, Ilídio Pinto Cardoso, remeteu esclarecimentos para a próxima segunda-feira.
por Rádio Portalegre