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diariobombeiro



Quarta-feira, 18.01.12

Apenas, e só, uma (triste) Opinião Denegrindo a imagem do Bombeiro

O Conselho Português de Proteção Civil, considera a notícia veiculada pelo Jornal de Noticias, um ato preocupante, irrefletido e insensato por parte do Governo, já para não considerar o fato de logo após a sua tomada de posse o Ministro Miguel Macedo ter garantido publicamente que não haveria alterações no sistema.

As equipas de primeira intervenção florestal do GIPS, tem um papel preventivo de dissuasão criminal em matéria de incêndios florestais e outros crimes, garantem ainda a regulação de trafego em caso de acidente, ou mesmo até durante os incêndios florestais, garantem a manutenção da ordem pública, e ainda um contato de proximidade com as populações, muitas vezes crucial na recolha de meios de prova nas investigações em que há suspeita de fogo posto.

A cedência do Governo, à néscia e astuciosa posição da Liga dos Bombeiros Portugueses, não denota a circunspeção que seria de espectável do atual executivo do Ministério da Administração Interna.

O Conselho Português de Proteção Civil, considera ainda esta medida uma forma pouco ética e imoral de dar continuidade aos luxos de alguns corpos de bombeiros voluntários, em detrimento da proficiência denotada pelo Grupo de Intervenção em Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana em matéria de controlo e combate a incêndios florestais.

Compreende-se pois, que os bombeiros não queiram ser controlados quanto à qualidade, ética e legalidade da sua ação no terreno. Compreende-se que a Liga dos Bombeiros Portugueses veja nos recursos técnicos do GIPS algo de que os bombeiros se poderão apropriar de forma “legitimada” pela medida agora anunciada, como aliás já anteriormente o fizeram com recursos técnicos do Ex Serviço Nacional de Proteção Civil, após a fusão que o denominou de Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil.

Os bombeiros saíram de fato “ a lucrar” com esta medida, contudo o país só terá a perder, e tal refletir-se-á nas próximas épocas de incêndios sem a intervenção dos GIPS.

Não é nos GIPS que estão os luxos de meios supérfluos e gastos descontrolados fruto de uma política de descontrolo orçamental recorrente encapuzada sob a égide do associativismo corporativo, e do “pseudo voluntariado”.

O Povo Português ainda não compreendeu que o atual sistema de Bombeiros “voluntários”é uma ruína para o país. Senão vejamos:

1º Em média cada corpo de bombeiros tem 150 bombeiros, todos recebem farda de trabalho, todos recebem farda de gala, todos tem seguro, todos recebem formação, todos tinham até aqui regalias sociais tais como a isenção de taxas moderadoras, mas na realidade apenas cerca de 20% do efetivo colabora operacionalmente, e assim mesmo porque grande parte desses são remunerados.

2º Quem fez o estudo sobre os custos dos Bombeiros voluntários ao erário publico?

3º Quem comparou os custos Bombeiros voluntários versos GIPS ao erário publico?

4º Quem terá a coragem de comparar os custos para o erário público de Bombeiros profissionais, versus Bombeiros voluntários?

5º Onde foram divulgados estes estudos?

6º Não terá o povo português o direito de escolher? O direito de decidir?

A questão que se coloca ao povo português é simples, queremos profissionais formados e pagos diretamente pelos cofres do estado para a execução de missões de responsabilidade, preparados para executar essa missão com a qualidade e disciplina que lhes é exigível por força do seu vinculo e estatuto, ou pretendemos continuar a ter um serviço de qualidade variável em função da corporação e de quem nela está disponível no momento, pago indiretamente por todos os contribuintes sob a máscara do pseudo voluntariado?

Saliente-se ainda que, O GIPS é a única unidade de reserva que garante ao país em caso de catástrofe um modelo alternativo caso todos os outros falhem ou percam capacidade de resposta, constitui ainda uma força supletiva da capacidade operacional quotidiana dos meios de emergência nos domínios da segurança nacional, da proteção civil, e socorro. A Missão do GIPS é muito mais do que aquilo que o comum cidadão conhece, compactuar com a atual alegada posição governamental, é fragilizar uma das mais importantes estruturas de segurança pública, proteção civil, e socorro, e mais grave ainda, a única que reúne todas estas valências no domínio do Safety e do Security.

Nestes termos, não pode o Conselho Português de Proteção Civil, deixar de denotar a sua indignação sobre a medida anunciada, bem como a sua mensagem de solidariedade para com as centenas de militares do GIPS da GNR, que com zelo, dedicação e grande sentido de responsabilidade vêm desempenhando a sua missão, em prol de toda a sociedade portuguesa, e no caso, da floresta nacional.

Carnaxide, 14 de Janeiro de 2012


João Saraiva
Presidente da Direcção da Associação Nacional
Das Organizações Não Governamentais De Protecção E Socorro
(Comentário BPS na notícia Extinto grupo da GNR de ataque a incêndios florestais)
De seguida, a Administração do DB, pede a todos Bombeiros, que percam 2 min a ouvir este mesmo senhor, mais ou menos a meio da entrevista na Antena 1.
http://mp3.rtp.pt/mp3/wavrss/at1/319084_105435-1201171507.mp3

Onde este senhor, em entrevista profere barbaridades, tais como:
-
"Na lei de bases de protecção civil os bombeiros não são agentes de protecção civil, mas sim entidades com especial dever de cooperação."
- "Reservar às Associações de Bombeiro o papel de unico Agente de Protecção Civil, era aquilo a poderiamos chamar tiro no escuro"
- "Os GIPS são militares que juraram proteger a nação, mesmo com o sacrificio da própria vida, São homens e mulheres dispostos a arriscar a própria vida elos seus concidadãos!"

De seguida, A Administração pede a todos os elementos, seguidores, Bombeiros deste Blogue, a lerem os comentários feitos, a esta noticia no Blogue BPS, em:
 
http://bombeirosparasempre.blogspot.com/2012/01/conselho-portugues-de-proteccao-civil.html

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por Diário de um Bombeiro às 02:23



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