Numa reunião marcada com carácter de urgência para responder as declarações do presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, sobre a possibilidade de os helicópteros estacionados no interior deixarem de voar à noite, os autarcas elaboraram um documento que vai ser enviado ao Governo onde exigem a manutenção do serviço nocturno do meio aéreo e mostram a sua "total discordância" a intenção do INEM, explicou Beraldino Pinto, presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros.
"O socorro por helicóptero foi acordado para colmatar a perda de outros serviços na região e para minimizar as dificuldades de acesso à saúde porque a maior parte dos hospitais estão a longas distâncias e as ambulâncias não conseguem compensar em termos de tempo essas situações", acrescentou o autarca.
Para os edis a questão dos elevados custos evocados pelo presidente do INEM não são argumento suficiente para extinguir o serviço de transporte aéreo nocturno, "porque se trata de uma grande perda para os transmontanos, para os turistas e para os empresários aqui radicados", explicou Beraldino Pinto, que acredita que os custos não são relevantes com os ganhos em saúde.
O argumento apontado pelo INEM de que no período nocturno diminuiu a operacionalidade dos helicópteros não é valido para os autarcas que consideram que no Inverno "pode haver algum grau de diminuição da operacionalidade, mas são casos pontuais colmatados por via terrestre", afirmou o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros.
Na mesma reunião foi discutida a renovação de cerca de 180 profissionais dos centros de saúde e dos três hospitais do distrito, nomeadamente médicos, fisioterapeutas e auxiliares. Os autarcas exigem a manutenção dos funcionários "porque estão em causa postos de trabalho e podem estar em causa vários serviços de saúde nas unidades afectadas", explicou Américo Pereira, autarca de Vinhais.
Fonte: JN