A reunião marcada para o dia 12 de Janeiro de 2011, em Faro, com o objectivo de avaliar os relatórios de cada entidade que participou, na segunda-feira, no Algarve Sismar 2010, exercício no qual foi testado o Plano Especial de Emergência de Protecção Civil para Risco Sísmico e de Tsunamis a partir de um simulador, poderá clarificar o que deve ser feito para minimizar as repercussões de uma catástrofe no Algarve.
Isto, numa altura em que o pior cenário num terramoto de magnitude 8,7 na escala de Ritcher, semelhante ao de 1755, apontaria para quase 6000 mortos e mais de 32 mil desalojados. Para já, como alertaram ao DN, "há que ter em conta a existência de dezenas de casas velhas e muitas delas devolutas, sem condições de segurança para risco anti-sismico, situadas nas zonas antigas das principais cidades, sendo esse um dos principais problemas que não se afigura fácil de resolver. Alguns desses prédios estão habitados e perante um sismo como foi agora testado, cairiam logo".
Por outro lado, um sismo com consequências devastadoras para o Algarve "obrigaria logo a recorrer ao reforço de meios de fora, com intervenção de bombeiros das regiões do Alentejo, Setúbal e Lisboa, devido à proximidade, para ajudar na prestação de socorro às vítimas", disse ao DN um elemento ligado à Protecção Civil. Apesar disso, os bombeiros das cidades do litoral algarvio, onde um sismo como o agora testado teria efeitos catastróficos numa faixa sensivelmente entre Lagos e Faro, "estão melhor preparados". No entanto, a necessidade de um comando único para as 17 corporações de bombeiros da região poderem responder a uma só voz, é uma das questões que poderá ser abordada quando forem introduzidas alterações ao Plano Especial para Risco Sísmico e de Tsunamis.
in: DN