Através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, a PJ deteve um desempregado, de 37 anos, suspeito de ter ateado vários focos de incêndio na freguesia de Torgueda, na serra do Marão, na madrugada do dia 11.
Segundo explicou a PJ, em comunicado, devido às características morfológicas do terreno e às condições climatéricas que faziam sentir na altura, o fogo alastrou em direção à freguesia de Mondrões.
O incêndio consumiu uma área florestal de cerca de 35 hectares, constituída maioritariamente por pinheiros, sendo que nas imediações existe um aglomerado de habitações que só não correram perigo devido à pronta intervenção dos bombeiros e de meios aéreos.
Este suspeito já tinha sido identificado na quarta-feira pela GNR, por intermédio de uma equipa de investigação de incêndios florestais, constituída há um ano no comando de Vila Real, e que junta elementos da Secção de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) e da Investigação Criminal.
Na altura, o indivíduo confessou aos guardas a autoria deste incêndio florestal e indicou como motivo para cometer o ato o "consumo de bebidas alcoólicas" e a "consequente perda da noção da realidade".
A Polícia Judiciária já deteve 17 pessoas, durante este verão e em todo o país, pela prática de crimes de incêndio florestal.
No distrito de Vila Real, desde janeiro, a GNR identificou 12 suspeitos de provocarem fogos. Destes, quatro foram detidos pela PJ por suspeita de incêndios em Vila Real, Mesão Frio, Alijó e Boticas.
Depois de ouvidos em tribunal, dois dos indivíduos ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva e o outro foi institucionalizado por apresentar um quadro de perturbação mental.
O último destes detidos vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de medidas de coação.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Fonte : Lusa