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diariobombeiro



Terça-feira, 30.08.11

Relatório sobre Explosão Aponta Falha de Comunicação


O Serviço Municipal de Protecção Civil de Matosinhos não recebeu comunicação em tempo útil sobre a explosão ocorrida dia 11 na refinaria de Leça da Palmeira, aponta o relatório interno que será discutido terça-feira na reunião do executivo camarário.

No relatório, o director municipal de segurança e protecção civil reconhece que "foi comunicada a ocorrência ao Comando Distrital de Operações e Socorro, que de imediato colocou os meios externos em situação de prontidão", mas os serviços do município só souberam por "vias estranhas ao processo de comunicação".

Uma explosão ocorreu cerca das 01:35 de 11 de Agosto num tanque de acumulação de águas da refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira, provocando um foco de incêndio que foi extinto por meios internos e causou apenas danos materiais.

No mesmo dia, a Galp Energia anunciou que foi iniciada uma investigação para apurar as circunstâncias que conduziram ao incidente, garantindo que o mesmo não afectou as condições de funcionamento da refinaria.

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto (PS), também anunciou na ocasião que iria pedir um relatório sobre o incidente, que classificou como o "ónus que Matosinhos paga" por ter aquelas instalações da Galp Energia no concelho.

No relatório, o director municipal defende que deveria ter havido comunicação ao município, atendendo a que se tratou de "um acontecimento com forte impacto nas populações".


"Na verdade, qualquer acontecimento tem implicações ao nível da instabilidade social, com uma contestação dirigida aos órgãos políticos locais, pelo que um acontecimento desta natureza implica a comunicação aos serviços do município, de acordo com anteriores orientações", salienta.

O relator considera "imperioso" que se realizem "acções de informação e formação da população local, previstas na legislação aplicável, por parte da empresa e acompanhadas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, para situações deste tipo ou mais grave".

Fonte da Câmara de Matosinhos referiu que o relatório será discutido e votado na reunião do executivo, não estando prevista qualquer outra medida relacionada com o assunto.

Também contactado pela Lusa, o presidente do PSD/Matosinhos, Pedro da Vinha Costa, disse desconhecer ainda o teor do relatório, responsabilizando, contudo, os últimos presidentes socialistas da Câmara de Matosinhos pela autorização de construção de habitações junto à refinaria.

"Foram Narciso Miranda e Guilherme Pinto que autorizaram a construção de casas ali", salientou, referindo que, como agora "o mal está feito", é "fundamental" que os moradores sejam informados dos riscos da refinaria.
fonte: DN

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por Diário de um Bombeiro às 14:38



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