Numa altura em que o socorro começa assumir contornes de extrema importância na sociedade civil, e onde, os Serviços Municipais de Protecção Civil vão aperfeiçoando os planos de emergência, eis que surge um verdadeiro fenómeno revestido de negatividade.
Na Figueira da Foz, é tradição de décadas, o elevado afluxo de pessoas ás ruas, para ai festejarem a passagem do ano.
Como será de esperar, este tipo de eventos, engloba muito álcool, que requerem uma suposta planificação do socorro, nomeadamente na vertente da emergência pré-hospitalar.
Digo suposta, porque de á quatro anos para cá, naquela cidade, e em especial nestes dias existe um plano de evacuação e socorro, que funciona á ordem do Comandante Operacional Municipal. Ou melhor, perdoem-me o lapso, deveria funcionar.
A Cruz Vermelha, parceiro primordial deste plano, tem-se vindo a mostrar apática, sem resposta e completamente incapaz de por em pratica o que quer que seja. Acabaram a noite de sábado, sem uma única saída com ficha CODU. Sem ideias, senhores do seu ideal limitado, não foram capazes de articular um socorro digno e á altura da festa.
O SMPC da Figueira da Foz, acabou por se mostrar uma nódoa, completamente inerte, diria mais, morto! O comandante operacional, que cessa agora funções, enclausurou-se no seu mundo, relegando os demais Agentes de Protecção Civil do Concelho para segundo plano, e deixando á cidade verdadeiramente á merce da sua própria sorte.
Valeram os Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (tantas vezes criticados), em quem o CODU tem vindo a confiar ano após ano. Garantiram uma serie de saídas, e ainda conseguiram assegurar operacionalidade para responder a um incêndio numa viatura (dominado e extinto por estes).
"A sorte protege os audazes!"
Mas ate quando Sr. Presidente da Câmara Municipal? Até quando Sr. Comandante Operacional Municipal?
in: BPS