Uma família composta por quatro pessoas, sendo duas crianças, teve ontem, quinta-feira, que ser realojada na sequência da intensa chuva que caiu no Funchal e provocou o encerramento temporário de várias ruas da baixa, disse o vice-presidente da câmara.
Segundo Bruno Pereira, "toda rede rodoviária municipal já está aberta", tendo a chuva provocado alagamentos na marginal da cidade, na cota 40 e na rua da Carreira, inundando alguns estabelecimentos comerciais.
"As duas corporações de bombeiros da cidade receberam cerca de 40 alertas motivados por inundações em estabelecimentos e casas particulares depois das 13:00", adiantou.
O vice-presidente da autarquia referiu à Lusa que a família que ficou desalojada residia junto de um curso de água na freguesia de S.Martinho.
"A habitação ficou bastante danificada por via da água que entrou e esta noite a família vai ficar hospedada numa pensão", acrescentou.
Hoje entre as 13 e as 14 horas choveu no Funchal 37 litros por metro quadrado, o que significa que neste pico a precipitação foi superior à registada a 21 de Outubro, dia em que caíram 27 litros, mas é um valor inferior aos 55 litros do 20 de Fevereiro, dia em que se registou o temporal.
Para Bruno Pereira, "a cidade no seu todo portou-se muito bem".
Apesar do alerta ter baixado de laranja para amarelo, está previsto vento forte, com rajadas que podem atingir os 90 quilómetros nas zonas altas e ainda chuva menos intensa na manhã de sexta feira.
"Continuamos em alerta, todo o dispositivo está montado nas várias valências", declarou.
Sobre as situações da rede pluvial e viária que foram mais problemáticas, o autarca salientou que estão a decorrer obras e a ser delineados projectos que permitirão resolver estes casos nos próximos meses.
Fonte do aeroporto da Madeira disse também à Lusa que o movimento de aterragens, que esteve condicionado devido à fraca visibilidade provocada pela chuva, e descolagens decorre neste momento com normalidade.
in: JN