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diariobombeiro



Quinta-feira, 10.03.11

Simulacro de derrocada em pedreira testa meios de socorro


Para atingir o melhor desempenho numa missão de socorro é fundamental acionar os meios e recursos necessários mas, também, que as respectivas equipas trabalhem bem em conjunto. O exercício de salvamento de duas vítimas de uma derrocada aconteceu, justamente, para testar essa operacionalidade no terreno. O programa da Semana da Proteção Civil terminou com um simulacro de derrocada em larga escala realizado, no dia 4 de março, numa pedreira de Portunhos. A ação, promovida pela autarquia cantanhedense, teve por objetivo testar a resposta dada, no terreno, pelas várias entidades intervenientes.
Participaram nas operações de socorro os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, a Guarda Nacional Republicana (GNR), o Serviço Municipal e Proteção Civil, uma equipa de mergulhadores dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, e os elementos da organização interna de segurança da pedreira da Mota-Engil, englobando um total de cerca de 50 pessoas.
Para testar a rapidez de resposta e a operacionalidade dos meios que são, em caso real, acionados, foi simulada uma derrocada. Os trabalhadores de uma exploração de inertes, ao executarem a desmontagem de estruturas, foram atingidos pela queda de pedras e blocos instáveis e precisam de socorro.
O operador da escavadora é cuspido, com o impacto dos blocos de grande dimensão, e cai na lagoa. Um outro trabalhador, que ia render o operador da escavadora, é atingido por pedras e fica parcialmente soterrado, apresenta-se inconsciente e com fraturas múltiplas nos membros inferiores. O desmoronamento causa ainda um incêndio na escavadora que num ápice se generaliza a todo o equipamento, incluindo ao depósito de combustível.

Salvamento implicou três intervenções distintas


O salvamento implicou três tipos de intervenção distintas, nomeadamente, a extinção do incêndio na escavadora, a libertação da vítima parcialmente soterrada, e, a busca realizada pela equipa de mergulhadores do operador que caiu à água (com 15 metros de profundidade), na lagoa contígua à pedreira. A chegada à pedreira dos primeiros meios de socorro aconteceu 10 minutos depois de ter sido dado o alerta.
Ao local deslocaram-se 20 elementos do Bombeiros Voluntários de Cantanhede, apoiados por seis viaturas, especificamente, uma ambulância, e cinco veículos: um de comando operacional, um tanque, um florestal de combate a incêndios, um ligeiro de transporte de pessoal e um ligeiro de combate a incêndio. Dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz vieram seis elementos, dos quais quatro eram mergulhadores, apoiados por duas viaturas. A chegada à pedreira dos primeiros meios de socorro aconteceu 10 minutos depois de ter sido dado o alerta. A GNR atuou regulando o trânsito nas imediações, assegurando o acesso dos meios de socorro e a evacuação de feridos.
Através deste exercício foi possível testar o plano de prevenção e emergência interno da empresa que explora a pedreira; mobilizar os meios e recursos necessários de resposta (internos numa primeira fase) e apoiar, de forma coordenada, a atuação dos agentes de socorro; exercitar a capacidade de resposta dos recursos de segurança internos e externos a envolver (de acordo com as atuações e tarefas específicas individuais), e, finalmente, apreciar e avaliar o desenrolar de todas as ações executadas, com particular incidência nos procedimentos de emergência médica e busca e salvamento aquático.

Operacionalidade dos meios teve balanço positivo


João Moura, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, afirma que “estes exercícios simulados são importantes para testar a operacionalidade das equipas de intervenção e socorro que integram o Sistema Municipal de Proteção Civil. É evidente que os simulacros não são a mesma coisa que os acidentes reais, que nós esperamos que nunca aconteçam, mas este género de operações são muito úteis para aferir se todos os meios estão aptos a cumprir os procedimentos de auxílio e socorro protocolados”.
O autarca cantanhedense sublinha “o elevado nível de preparação técnica, celeridade e rigor demonstrados pelas equipas intervenientes”. Tal como aconteceu, em anos anteriores, “nos simulacros de incêndio no edifício dos Paços do Concelho, de acidente rodoviário na Estrada Nacional 234 e de incêndio na Escola Técnico Profissional de Cantanhede”.
“A população tem boas razões para confiar no Sistema Municipal de Proteção Civil e na capacidade de resposta dos agentes e meios operacionais que o integram, para fazer face a quaisquer tipos de ocorrências que afetem a segurança de pessoas e bens”, atesta João Moura.



in: Independente de Cantanhede

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por Diário de um Bombeiro às 00:27


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