A Corporação dos Bombeiros Voluntários de Tondela, acaba de ficar mais enriquecida com a promoção de 13 jovens a Bombeiros de 3.ª classe, que foram empossados no último Sábado, dia 30 de Julho, pelo novo Comandante, Carlos Jorge Loureiro Dias, perante a Direcção, a que preside Arménio Leite Marques e os restantes corpos sociais, representados por António Henriques de Pinho Marques (Assembleia Geral) e Otília Gomes do Carmo Barata (Conselho Fiscal).
Todos os novos bombeiros, receberam a imposição das respectivas divisas, por familiares/padrinhos e os novos capacetes e, no final dos discursos pelo Presidente da Direcção e pelo Comandante, houve a aplicação da "praxe", que os Soldados da Paz não querem perder, talvez para sentirem o "sabor" da água, com que vão lidar no combate ao fogo, isto é, várias agulheteas despejaram com forte impacto, verdadeiras torrentes do precioso líquido e até o novo Comandante e diversos elementos dos corpos sociais e convidados, não escaparam à "chuvada".
Arménio Marques, dirigindo-se aos novos bombeiros, começou por dizer que, na sua nova condição de bombeiros, "os riscos são outros", já terão uma dupla responsabilidade "em todos os actos que praticam na rua, porque são voluntários, têm que se distinguir dos outros", deixando claro que o mal que outros praticam, eles não serão capazes de o fazer, porque "foram promovidos para fazer o bem sem olhar a quem" e que haverão de socorrer, amanhã, nas suas funções de salvação, possíveis "inimigos de ontem", que os maltrataram e estarão dispostos agora a sarvar-lhes a vida se for caso disso.
Arménio Marques disse aos novos elementos do Corpo Activo que, uma vez bombeiros, serão "bombeiros até morrer", acabando por desejar a todos as maiores felicidades, pois ele, como Presidente dos Bombeiros, já sentiu a morte de dois bombeiros de saudosa memória e que hoje, diremos nós, têm os seus nomes incrustados no hall da entrada social do Quartel novo, inaugurado em 16 de Setembro de 1984, pelo Ministro da Administração Interna de então, Eduardo Pereira, sendo Presidente da Direcção, Arnaldo Pessoa e Presidente do Município, António Tenreiro da Cruz.
No final das suas palavras, Arménio Marques, disse que era a última escola a que assistia há 37 anos para cá e, dirigindo-se, em especial ao Adjunto, Nuno Pinho, disse fazer-lhe "um grande agradecimento", porque via todos os dias "o capricho" que ele tinha na "formação dos seus bombeiros, a disciplina que ele imprime nos seus bombeiros, o tempo que ele perde com a Escola de Bombeiros" e, assim, urgia fazer o agradecimento que fez e à Direcção, o Adjunto "não passa despercebido".
Foi com um "parabéns pelo sacrifício que faz", que Arménio Marques se dirigiu a Nuno Pinho, pois a corporação possui um Adjunto do qual tinha "a honra de dizer que temos um Adjunto que tem formação e habilitações para dar cursos no exterior" e, nessa condição, tudo fará para o apoiar nessas funções.
Satisfação e orgulho na salvação de vidas e haveres do próximo
Para o "Beirão Online", Carlos Jorge "o Corpo Activo ficou mais enriquecido, porque existem elementos novos, é sangue novo para a corporação, é vida nova, é o grarante da continuidade e é assim que as corporações sobrevivem, é com a renovação, uns vão, outros vêem".
Sobre a diferença de comportamento entre candidatos a bombeiros e agora bombeiros na realidade, Carlos Jorge deixou claro que, "a grande diferença, é que ultrapassaram uma etapa, na qual foram avaliados, foram testados, passaram com sucesso e agora vão passar a outra fase na vida deles que é a experiência", já que essa "só a adquirimos no terreno, é essa a nova aventura que eles vão ter, é descobrir aquilo que se falou na teoria, alguma prática, mas que fica muito aquém da realidade, como é lógico e agora vão ser confrontados com a realidade, que é um pouco diferente, mas é nesta realidade que se ganha a experiência, a tarimba, o saber que aqueles que, antes de irem embora, normalmente, transmitem aos mais novos".
Sobre o espírito com que se entrega o bombeiro voluntário na ajuda ao próximo, Carlos Jorge revelou que "eles têm uma grande vontade de ajudar o próximo, acho que é aquilo que os move, essencialmente, é precisamente o ajudar alguém que em determinado momento da sua vida, precisa da sua ajuda".
Neste aspecto Carlos Jorge, referiu a euforia e o orgulho que os bomberiros sentem quando regressam de uma ocorrência, os seus comentários são voltados para "aquilo que conseguiram fazer no combate aos fogos florestais", como por exemplo em dois incêndios em Nelas, tendo eles retratado, com "satisfação e orgulho" de que as pessoas reconheceram o seu trabalho e eles sentiram que salvaram as casas de algumas pessoas e isto para eles, segundo o Comandante, "é o mais importante".
Sobre a praxe, talvez um bocado exagerada, já que a água é muita, em que o comandante não escapou, Carlos Jorge disse que não era a pessoa mais habilitada para responder ao jornalista, uma vez que "esta praxe, para mim, também foi nova, pois eu sou Comnadante dos Bombeiros desde o dia 6 de Julho, ainda estou muito fresquinho e não sou bombeiro de carreira, mas tenho a dizer que estas praxes, nesta altuta do ano, não custam nada, a água estava morna", mas no inverno as coisas seriam, naturalmente, mais complicadas, concluiu, a sorrir, Carlos Jorge Dias, até porque "estas praxes fazem parte da vida dos bombeiros".
PESSOAL PROMOVIDO
- Paulo Renato Carriço de Jesus,
- Paulo Jorge Pereira de Figueiredo Videira,
- Filipe Daniel Matos Correia,
- Marcelo Manuel Santos Silva (ausente),
- António José Ferreira Brás (ausente),
- Paula Cristina Simões da Costa Cordeiro,
- Luís Pedro Jacinto Correia,
- Marcelo Melo Branco (ausente),
- Sara Raquel Borges Cortez,
- Tiago Filipe Silva Gouveia (ausente),
- Susana Ventura Pereira (ausente), e,
- Elisabete Simões Figueiredo.
fonte: Beirão Online