O incêndio que há mais de 24 horas consome resíduos de um centro de reciclagem no Ludo, Loulé, causou prejuízos avultados à empresa pelo facto de terem ardido detritos e componentes do centro, disse a proprietária à agência Lusa.
O fogo, que deflagrou na madrugada desta segunda-feira, já consumiu toneladas de plástico e madeira, entre outros materiais, e mantém-se sob vigilância dos bombeiros, que conseguiram evitar que se propagasse para o pinhal que está próximo.
Embora não tenha ainda sido quantificado, o prejuízo deverá ser «muito avultado», uma vez que não só arderam materiais com valor comercial como alguns componentes do centro, disse a proprietária da empresa Inertegarve à agência Lusa.
Maria João Nunes disse que «arderam quadros eléctricos, a linha de triagem, o tapete de transporte de materiais e a máquina que fazia a sua separação», mostrando-se muito abalada pelo sucedido.
A proprietária disse que arderam igualmente «muitas toneladas» de material passível de ser valorizado, muito do qual já estava separado e que agora se perdeu irremediavelmente.
A proprietária afirma não ter ainda explicação para o que aconteceu e aponta o fogo posto como uma das hipóteses, já que o incêndio deflagrou de madrugada, numa altura em que não havia qualquer máquina a trabalhar.
«Apanhei um choque muito grande», revela, lamentando que o centro, construído «com muita luta» e praticamente «a partir do nada» tenha, de um dia para o outro, «ficado em chamas».
A proprietária revelou que o centro existe há cerca de três anos e dedica-se à reciclagem de resíduos de construção e demolição, material que é depois encaminhado para centros de tratamento.
Embora esteja também licenciado como aterro, a empresa não está ainda a dedicar-se a essa actividade.
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as causas deste incêndio.
fonte: TVI24