A quebra de quase 50 por cento no transporte de doentes programados, devido ao novo sistema implementado pelo Ministério da Saúde, está a preocupar a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia (AHBVA). A preocupação foi dada a conhecer pelo presidente Mário Teixeira, na reunião da Assembleia-Geral que teve lugar, na passada sexta-feira, ao final da tarde.
“É um dado preocupante, tanto mais que existem bombeiros trabalhadores que vivem do rendimento que auferem na associação”, afirmou, acrescentando que “se a quebra aumentar poderemos ser obrigados a reduzir o número de bombeiros. Não sabemos se conseguiremos suportar por muito mais tempo. Neste momento, estamos a fazer uma grande ginástica financeira”.
Mário Teixeira também se mostrou preocupado com a dívida dos particulares à Associação. “Vai ser difícil receber uma parte”, frisou.
Referiu-se ainda ao projecto da construção do novo quartel, em que a AHBVA “está confrontada com situações que nos ultrapassam”. Adiantou que estão em curso contactos com a tutela e a autarquia, considerando que talvez “se vislumbre uma oportunidade para fazer, pelo menos, uma parte do quartel”, mas ainda nada está confirmado.
O presidente da Direcção salientou que “queremos cumprir os nossos objectivos iniciais do mandato, mas, para tal, precisamos da colaboração de todos”.
O associado José Afonso, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Anadia, informou que, dentro de dois meses, o hospital vai entrar em obras e que a ambulância do INEM ali localizada terá de mudar de lugar, porque o estaleiro das obras vai ocupar o local onde a ambulância se encontra actualmente. Deixou à consideração da Direcção da AHBVA a possibilidade da viatura se mudar para o quartel.
Mário Teixeira explicou que, “desde a primeira hora sempre procurámos ter as melhores relações com o INEM. Se os seus responsáveis entenderem que precisam de nós para a colocação da ambulância estamos disponíveis para tal”, sublinhando que “não há inconvenientes da nossa parte”.