O Conselho Geral da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) reúne-se hoje para analisar a atual época de incêndios, os acidentes com bombeiros, a questão dos seguros de acidentes e o caderno reivindicativo da classe.
O presidente da ANBP, Fernando Curto, referiu que pretende analisar a questão do seguro de acidentes com bombeiros com a nova equipa do Ministério da Administração Interna, revelando que já foi pedida uma audiência ao ministro Miguel Macedo.
Além do problema do seguros em caso de acidente, a ANBP defende a necessidade de os bombeiros terem "mais formação na área da condução rodoviária", havendo também a preocupação de que as famílias dos bombeiros falecidos em serviço sejam ressarcidas das verbas atempadamente.
Na segunda-feira, um bombeiro de 56 anos, com 30 anos de experiência, casado e pai de duas filhas, morreu na sequência de um acidente com uma ambulância em Setúbal, quando transportava uma mulher que acabara de dar à luz em plena ambulância. Do acidente, salvaram-se a bebé, a mãe e uma bombeira, com ferimentos ligeiros.
Do caderno reivindicativo da ANBP constam ainda várias outras preocupações, designdamente as dotações orçamentais para as câmaras municipais com bombeiros profissionais, a falta de efectivos, a progressão na carreira e a formação profissional.
Fernando Curto manifestou-se preocupado com a falta de dotação financeira das autarquias para "investir na protecção civil", observando que não se trata de pedir mais dinheiro, mas de reorganizar as verbas disponíveis. Toda a carreira profissional dos bombeiros, a falta de efectivos e o facto de muitos deles se terem aposentado são outras questões que o presidente da ANBP pretende expor ao ministro da Administração Interna.
Na reunião da ANBP será ainda debatida a situação interna de todos os quartéis, a organização da estrutura da ANBP/SNBP e assuntos ligados à Sede Regional dos Açores.
fonte: CM