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diariobombeiro



Segunda-feira, 04.04.11

Atuação e ajuda dos bombeiros nas ocorrências do terremoto e tsunami no Japão

Os trabalhos de resgate dos atingidos pelo terremoto seguido de tsunami que devastou a costa do Japão, contaram com a participação de cem mil militares japoneses e centenas de especialistas de diversas nacionalidades  


De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, 94 países ofereceram ajuda ao país.
O número de soldados japoneses na operação - inicialmente de 50 mil - foi dobrado após há primeira semana. Os esforços inicialmente foram concentrados para o resgate de sobreviventes e retirada de corpos na província japonesa de Miyagi, ao nordeste do Japão.
Por mar, cerca de 25 navios das Forças de Autodefesa Marítima, a Marinha japonesa, procuraram desaparecidos em alto-mar, pessoas que poderiam ter sido levadas pela correnteza após o tsunami. Um total de 40 navios japoneses foi disponibilizado para a operação.
A operação também realizada pelo ar, contou com cerca de 300 aviões das Forças Armadas Japonesas. Como tanto a base aérea militar quanto o aeroporto civil de Miyagi foram inundados, os helicópteros japoneses utilizam como plataforma de lançamento improvisada o porta-aviões americano Ronald Reagan, enviado pelos Estados Unidos para ajudar nos resgates.
Equipes de Bombeiros de Los Angeles juntamente com cães treinados da Califórnia (Dog - fundação responsável em treinar os animais),  passaram semanas a procura de sobreviventes. Segura e Cadilac cães treinados para resgate de difícil acesso, passaram 16 dias no Haiti conseguindo resgatar 12 vítimas, que estavam embaixo de entulhos e concretos, também atuaram em Miyagi.
Bombeiros e cães de busca também atuaram em Ofunato City, cidade costeira fortemente atingida pelo desastre.  As equipes da Califórnia e Virgínia levaram 45 toneladas de equipamentos para auxiliar as buscas por sobreviventes, eles puderam atuar com auto-suficiência por 10 dias. Levaram a própria comida, água, abrigo, aquecedores, chuveiros e transformaram o ginásio em uma "mini-cidade", disse Dave Stone (LA County do Batalhão dos Bombeiros).
Os bombeiros dos EUA receberam apoio logístico do Departamento de Osaka e dos bombeiros locais durante as buscas. "Há uma boa parceria entre as equipes locais e internacionais, isso facilita o nosso trabalho”, informou Stone.
As autoridades japonesas lançaram água para reduzir a temperatura dos reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi e conter um vazamento massivo de material radioativo no país. Os bombeiros lançaram milhares de toneladas de água no reator. A operação durou vários dias.
Segundo o secretário de Gabinete do Japão, Yukio Edano, as condições no reator 3 da usina ficaram relativamente estáveis depois que bombeiros lançaram 60 toneladas de água em uma piscina fervente que abriga combustível nuclear usado.
Os bombeiros também concluíram a operação de resfriamento do reator número 3 da usina. Eles passaram 13 horas despejando água no reservatório de combustível nuclear do reator com uma mangueira, até conseguirem baixar sua temperatura. Uma operação semelhante foi realizada no reator número 4.

Relação do bombeiro brasileiro com o japonês
As relações de cooperação técnica entre Brasil e Japão são reguladas pelo Acordo Básico de Cooperação Técnica Brasil-Japão, um tratado assinado em agosto de 1971. Em 1976, dois anos após sua fundação, a JICA iniciou seus trabalhos no Brasil, funcionando inicialmente como um escritório anexo da Embaixada do Japão. Hoje em dia, a JICA possui dois escritórios no país: um em Brasília, responsável por assuntos da cooperação técnica e outro em São Paulo, encarregado pelas atividades relacionadas à comunidade nikkei.
No início do ano de 1978, o governo brasileiro, representado pelo CBMDF, requereu ao Governo do Japão, através de sua Embaixada no Brasil, a execução de estudos para a construção do que se denomina hoje Academia de Bombeiro Militar “Coronel Osmar Alves Pinheiro”.
Em 12 de outubro de 1979, chega ao Brasil a Missão de Levantamento Preliminar, do Japão, para as avaliações necessárias ao início efetivo do convênio.
1980- Tem início a construção da Academia de Bombeiro Militar, já como parte integrante do Projeto de Cooperação Japonesa. Em 17 de novembro de 1980, a Agencia de Cooperação Internacional Japonesa - JICA, enviou a Brasília, a primeira missão, para pesquisar o local, bem como o andamento das obras da Academia de Bombeiro Militar. Em 15 de dezembro daquele mesmo ano, foram inaugurados os Quartéis de Planaltina e Brazlândia, sendo que este último, funcionou inicialmente em um galpão da Administração daquela Satélite, enquanto que o Quartel de Planaltina funcionou em uma edificação antiga, sem muito conforto.
1981- Em 26 de janeiro de 1981, a segunda Missão foi despachada para Brasília, com o intuito de apresentar o desenho básico e a apresentaçao do Programa de Treinamento e do Programa de Pesquisas desenvolvido pelo lado japonês. Em 9 de março de 1981 era inaugurado o Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização. Em 21 de março de 1981 , chega a Brasília a terceira Missão Japonesa, trazendo consigo o Projeto Básico final da ABM, bem como fazendo a doação de materiais e equipamentos de combate a incêndios e salvamentos, realizando ainda demonstração das operações dos materiais referidos.
1982- Em 1º de julho de 1982, é inaugurado o Quartel da Ceilândia, já dentro de uma visão diferenciada, em relação aos Quartéis existentes. Em 02 de julho de 1982, é inaugurada a Torre Auxiliar de Exercícios da ABM, com a denominação de TORRE YOKOHAMA, em homenagem aos Bombeiros Japoneses daquela Cidade, que contribuíram para o êxito do convênio Brasil-Japão.
1984- Em 2 de julho de 1984, é inaugurada a Torre Principal de Exercícios da ABM, denominada TORRE TÓKIO, em homenagem aos Bombeiros daquela cidade japonesa, que também contribuíram para o êxito do convênio Brasil-Japão. Em meados daquele mesmo mes de julho, chega a Brasília, a Primeira Missão Japonesa, com o intúito de repassar técnicas de Busca e Salvamento para os Instrutores e Monitores da Academia de Bombeiro Militar.
1985- Em meados de agosto, chega a Brasília, a Segunda Missão Japonesa, com o intuito de repassar técnicas de Combate a Incêndios, para os Instrutores e Monitores da ABM.
1989- Têm início novos estudos, com o intuito de firmar convenio de cooperação técnica com o Japão na área de Perícia de incêndio e análise de amostras orgânicas e inorgânicas; com a vinda de uma missão japonesa em julho de 1989.

fonte: EMT

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por Diário de um Bombeiro às 10:28



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