Bem hajam a todos os membros deste fantástico Grupo DIARIO DE UM BOMBEIRO e também àqueles que nos dão prazer da sua visita....
Tenho a altiva Honra, de iniciar hoje, este desafio que me foi proposto pelo nosso grande amigo Marco António Francisco, responsável máximo deste espaço. Que ao fim e ao cabo também é de todos nós, não tenho o dom da escrita pr isso peço-vos desde já desculpa se algo correr menos bem.
Com a ajuda de todos aqueles gostam e amam ser bombeiros e aqueles que por algum motivo não foram ou não poderam ser Bombeiros, mas que em contra partida, tiveram como experiência vivida na pele, por estarem ligados por laços familiares ou até por pura admiração, toda a ansiedade e preocupação pela nossa segurança e bem estar!.
Vamos levar a bom porto este desafio.
Neste espaço temos ainda a sublime Honra de contar com as seguintes participações:
- Senhor Comandante António Carvalho do CB de Póvoa de Stª Iria
- Senhor Comandante Vitor Espirito Santo do CB de Almada
E aguardamos a contar ainda com a colaboração do senhor Comandante Francisco Rosado
- Senhor Ajudante do Q.H Alberto Brito do CB de Oeiras.
Depois de explanar esta apresentação, a primeira crónica a mencionar ocorreu há precisamente 23 anos em Lisboa.
INCÊNDIO DO CHIADO: 23 anos depois
Na madrugada de 25 de Agosto de 1988, um acontecimento mudou por completo a face da Baixa Pombalina em Lisboa, foi descrito ao longo destes anos com o "inferno do Chiado".
Grave incêndio começara nos Grandes Armazéns do Chiado, que veio a reduzir a cinzas toda a Rua Nova do Almada, parte da Rua Garrett, mais de 90% da Rua do Carmo e quase na totalidade a Rua do Crucifixo.
Uma trágica experiência que muitos camaras ainda hoje, felizmente vivos têem para contar ás camadas mais jovens que venham a ingressar nos Bombeiros.
Na altura bombeiro de 1ª Classe, estive em várias coberturas da Rua Ivens, na detecção e prevenção de pequenos focos de incêndio gerados pela projeções.
Ao cair da noite e até ao nascer do dia estive na Rua do Crucifixo a iluminar as fachadas com o nosso Auto-Projector a iluminar as fachadas e dar apoio ao então Batalhão de Sapadores Bombeiros, aqui assisti ao alastramento das chamas por quse todo o quarteirão devido a várias explosões. Ainda hoje tenho na memória essas imagens que consumiram os prédios de mais de metade desta Rua.
Não querendo menosprezar o trabalho dos Bombeiros Profissionais, que muito respeito, este desastre ocorrido em Lisboa, foi acima de tudo uma prova de que nada assusta os Bombeiros Voluntários e que muitas más linguas tinham por hábito dizer que quem está para a floresta não percebe nada de urbano e vice versa.
Reparem que estou a descrever algo ocorrido há 23 anos atrás, toda a família BOMBEIROS mostraram que não era assim, e que foi feito um tabalho em conjunto em que não se evitou o desastre mas seguramente evitou-se a catástofre.
Registaram-se duas vítimas mortais e 73 pessoas ficaram feridas na sua esmagadora maioria Bombeiros.
Envolvidos no combate ao incêndio estiveram cerca de 1150 com 275 viaturas de diversos Corpos de Bombeiros.