As dificuldades financeiras dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, agravadas com o aumento dos encargos e diminuição dos apoios, forçaram este mês a instituição a contrair um empréstimo bancário para pagar os salários aos seus oito funcionários.
O presidente da associação de bombeiros, João Silva espera que uma campanha há uma semana lançada aos cidadãos, pedindo “5 euros solidários”, assegure alguma liquidez para o mês de agosto, e que a Câmara Municipal de Coimbra possa transferir o apoio financeiro concedido, de 40 mil euros, “que se mantêm igual há vários anos”.
A associação aguarda também que a autarquia tenha condições para disponibilizar os 15 mil euros adicionais que recentemente atribuiu para equipamentos.
Segundo o responsável, este apoio adicional vem minimizar o desgaste que apresentam os equipamentos de proteção individual, que deixam os 77 elementos do corpo ativo “menos bem protegidos” nas missões a que são chamados.
João Silva realça que a situação difícil da associação de Bombeiros Voluntários de Coimbra já se arrasta há vários anos, atingindo agora uma maior gravidade pela conjugação de um conjunto de fatores numa altura de crise do país, de aumento dos encargos, de diminuição das receitas e de atrasos nos apoios.
Os sócios, que atualmente são da ordem dos “sete mil pagantes” de quotas, têm diminuído, muito pela crise do comércio na Baixa de Coimbra. Muitos donativos vinham das empresas que, também “pela crise económica e pela conjuntura, agora não dão contributos”.
Sobre a adesão dos cidadãos à campanha lançada há pouco mais de uma semana, João Silva diz não dispor de dados atualizados, mas refere que três dias depois do seu lançamento apenas tinham entrado dois donativos na conta que abriram na Caixa Geral de Depósitos (NIB 003502550001090883230).
Fonte: Notícias em Revista