Chefes de equipas de bombeiros das diversas corporações da Madeira foram, ontem, postos à prova nas serras de Gaula, concelho de Santa Cruz, numa simulação de combate a fogos florestais, no final de um Curso de Combate a Incêndios Florestais, com a participação de dois elementos coordenadores da Escola Nacional de Bombeiros.
Este curso, cofinanciado pelo Programa CINFORI, com a carga horária de 32 horas, foi essencialmente destinado a elementos das várias corporações de bombeiros da RAM, num total de 24, e ainda com dois elementos afectos à Direcção Regional de Florestas, no âmbito do Plano de Formação do Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC), dando continuidade ao protocolo celebrado com a Escola Nacional de Bombeiros.
Luís Neri, presidente do SRPC, considera este curso importante para «estarmos todos sintonizados daquilo que possa ser o trabalho em conjunto, entre uns e outros numa intervenção de combate a incêndios florestais». Na sua opinião, assevera, «é importante fazermos esta acção conjunta», até porque «já o fizemos na semana passada, com formadores espanhóis, num curso deste género, porque é uma área, apesar de estar devidamente trabalhada, há módulos específicos que há algum tempo não eram desenvolvidos».
«Temos cá uma formadora-chefe do Centro de Incêndios Florestais da Lousã, mais um adjunto, o que traduz num refrescar de muitas matérias de algumas áreas, que já estariam uma ou outra mais esquecida», reforça Luís Neri. Este responsável exemplifica o trabalho específico com cartas topográficas, e alguns equipamentos de material sapador, «com a devida importância para ser utilizado neste tipo de intervenções».
A este propósito, Luís Neri, recorda o plano de «aquisição de um conjunto de 150 fatos para reforçar e distribuir pelos bombeiros para que as corporações estejam todas dotadas, principalmente de equipamentos de protecção individual e de emprego no terreno na área dos fogos florestais».
Por seu turno, Verónica Catarino, formadora de combate a incêndios florestais da Escola Nacional de Bombeiros e coordenadora neste momento também do Centro de Formação Especializada em incêndios florestais, situado na Lousã, incansável na coordenação e disposição no terreno no exercício de combate a um fogo florestal simulado, ontem, de manhã, nas serras de Gaula, reforça a importância neste tipo de formação. «Nós transmitimos os conceitos de base e recordamos os conselhos sobre a segurança, os métodos de combate que utilizamos em incêndios florestais e sobre as outras matérias como interpertar o terreno, fazer o reconhecimento e o planeamento numa situação do género para chefes de equipas de bombeiros», adianta.
A formação prossegue agora a um universo de 26 bombeiros, a um outro nível, de todas as corporações da Madeira, tendo uma carga horária de cerca de 52 horas, teóricas e práticas.
in: BPS
foto: BPS