diariobombeiro

Os laboratórios de investigação da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) vão hoje estar abertos à comunidade, como forma de comemorar os 20 anos de existência desta instituição ligada à Universidade de Coimbra.

As comemorações decorrem no Laboratório de Aerodinâmica Industrial (LAI), na Rua Pedro Hispano, com recepção aos convidados às 9h30, visita ao laboratório às 10h00, e sessão solene às 14h30, no auditório do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), onde estarão presentes nomeadamente o governador civil, um representante do reitor, o actual e antigos directores da FCTUC e o fundador do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM), terminando o programa com uma visita e “cocktail dinatoire”, às 17h00, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

Uma nota de imprensa divulgada pela FCTUC refere que a ADAI, «pioneira na criação de nichos de investigação, reconhecida internacionalmente especialmente nas áreas da engenharia automóvel, da detónica (explosivos) e dos incêndios florestais», surgiu em 1990 por iniciativa de um grupo de investigadores do Departamento de Engenharia Mecânica.

Domingos Xavier Viegas, um dos grandes impulsionadores e presidente da instituição, recorda que o objectivo era criar um «pólo de excelência científica e tecnológica nas áreas da energia e do ambiente para fazer a interface entre a Universidade e a indústria».

Equipa de 80 investigadores

A ADAI tem actualmente uma equipa de 80 investigadores, 22 dos quais doutorados, e engloba três centros de investigação especializada: o Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF), único na Europa, o Laboratório de Aerodinâmica Industrial (LAI) e o Laboratório de Energética e Detónica (LEDAP) – o único laboratório nacional de investigação e desenvolvimento universitário a trabalhar com explosivos.

«Focada na dinamização de redes de conhecimento, a actividade da ADAI ao longo das duas décadas de existência tem-se distinguido pela inovação e pela promoção de formação científica avançada, investigação e desenvolvimento e prestação de serviços à comunidade», sublinha a FCTUC.

Xavier Viegas diz que «empresas e instituições perceberam os benefícios e potencialidades inerentes à transferência tecnológica e, por isso, procuram os centros de investigação da ADAI para realizar diversos estudos e ensaios nas áreas do ambiente, energia e detónica», dando o exemplo de estudos e ensaios de desempenho de automóveis, emprego de novos combustíveis, elaboração de mapas de ruído para autarquias, estudos de níveis de conforto em locais de trabalho e em meios de transporte, comportamento extremo do fogo e segurança no combate aos incêndios florestais.

Destaca ainda, na área da pirotecnia, os estudos para a melhoria da segurança dos paióis, o desenvolvimento de novos produtos pirotécnicos e a investigação no âmbito das denominadas armas não letais.

A instituição assume também uma forte vertente educativa. Contribuiu para a realização de mais de duas dezenas de doutoramentos e é responsável pela formação de técnicos da Direcção Geral de Viação, elementos da Escola Nacional de Bombeiros e técnicos das autarquias e da Protecção Civil.