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Terça-feira, 29.03.11

Liga dos Bombeiros Preocupada com Diminuição de Meios para Incêndios de Verão

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) está inquieta com a época de fogos deste ano defendendo existirem "razões para preocupação" com a redução de meios, devido à crise, para o combate aos incêndios florestais.




O vice-presidente da LBP, Rui Silva, manifestou as inquietações da organização nacional de bombeiros, face às perspetivas de, a um verão "muito quente", corresponder um corte nos meios de combate aos fogos, hoje, em Viseu, durante a cerimónia de celebração do 125 aniversário do corpo de voluntários da cidade.

Presente na cerimónia, o general Arnaldo Cruz, presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, admitiu que os cortes são um facto, na casa dos 20%, com destaque nos meios aéreos usualmente disponibilizados. Mas o general asseverou estarem reunidas as condições para erguer um dispositivo igualmente eficaz este ano.



"Estamos a equacionar um dispositivo igualmente capaz mas eventualmente mais flexível. Quando não houver meios aéreos em sítios onde estariam previstos, pois encontraremos forma de aí colocar equipas terrestres de resposta imediata", disse.

Arnaldo Cruz fez ainda notar que decorre uma "análise, um trabalho, com todo o cuidado, em colaboração com todos os distritos" para procurar as melhores soluções, apontando que, havendo, "e isso é um facto", uma redução do número de meios aéreos, relativamente ao ano passado, serão encontradas soluções que possam suprir essa falta.

Insistindo nas preocupações, o representante da Liga de Bombeiros Portugueses, associando a "crise política" ao "verão quente" que se aproxima, defendeu a urgência de preparar as coisas de forma a que a crise financeira não se intrometa de forma grave no essencial do combate aos fogos nas florestas portuguesas.

Apesar das inquietações, Rui Silva garantiu que os "os bombeiros portugueses não vão deixar o país descalço" perante as adversidades, reafirmando o empenho pessoal destes na supressão das dificuldades que emergirem da diminuição de meios e verbas.

Na linha da frente das prioridades para a LBP está responder a um verão que especialistas apontam como um dos mais quentes dos últimos anos, ao que o presidente da ANPC, Arnaldo Cruz responde com a disponibilidade de, "de acordo com o risco em alguns distritos, e com a evolução climatérica, disponibilizar os meios, num esquema naturalmente mais flexível".

Autarcas da Serra da Estrela preocupados com redução de meios


Os presidentes das câmaras municipais de Seia e de Gouveia mostraram-se hoje preocupados com a redução de meios aéreos para combate aos incêndios florestais naquela região, onde se localiza o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).

A preocupação sentida "não é exclusiva em termos do território que nos está confinado mas é em termos do todo nacional, porque sabemos da importância dos meios aéreos no combate aos fogos", disse à agência Lusa Carlos Filipe Camelo, autarca de Seia (PS)

Referiu que um corte nos meios aéreos significará que a disponibilidade de ataque "no período inicial" dos incêndios ficará "penalizada".
Segundo o autarca, a Serra da Estrela necessita de meios aéreos para combater os fogos porque, devido à sua orografia, "existem zonas inacessíveis a veículos e a pessoas".
Devido a esta situação, observou, verifica-se "muito trabalho descoordenado e esforço dos bombeiros, às vezes, subaproveitado".
O PNSE abrange áreas dos concelhos de Seia, Gouveia, Guarda, Manteigas, Celorico da Beira e Covilhã.

ANMP admite ser contra redução de verbas


A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) reúne terça-feira e irá discutir a redução de verbas para o combate aos incêndios, revelou hoje o seu presidente, considerando que as autarquias podem estar contra a medida "por uma questão de princípio".

"Damos conta que é um flagelo nacional, todos os anos, com problemas complicados, e reduzir os meios não me parece bem, mas temos de aprofundar mais essa questão, ver onde é reduzido e porque é que é reduzido", afirmou Fernando Ruas, presidente da ANMP.

O também presidente da Câmara de Viseu salientou que a reunião de terça-feira "é a altura ideal" para definir uma posição perante a diminuição de 20% nos meios de combate a incêndios florestais. 

 in: SIC

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por Diário de um Bombeiro às 00:54



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