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diariobombeiro



Terça-feira, 13.03.12

Câmara suspende bombeiros que recusaram limpar sala em dia de greve e serviços mínimos

A Câmara do Porto aprovou hoje, com os votos contra da oposição, aplicar processos disciplinares aos bombeiros Sapadores que foram convocados para cumprir serviços mínimos em dia de greve mas recusaram limpar a sala das máquinas.

Para a CDU, os 20 dias de suspensão "com perda salarial" hoje aprovados para 12 bombeiros do Batalhão de Sapadores do Porto são uma "forma de intimidar os trabalhadores que fazem greve e dar o exemplo a outros trabalhadores".

"Os 12 bombeiros foram trabalhar para cumprir os serviços mínimos mas, quando chegaram, perceberam que a ordem de serviço era para limpar a sala das máquinas. Negaram por considerarem que não eram serviços mínimos", explicou o vereador da CDU, Pedro Carvalho, no fim da reunião do executivo.

O comunista alerta que "não foram estabelecidos serviços mínimos pelo STAL [Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local], nem pelo comandante do Batalhão de Sapadores" para a greve de 06 de novembro de 2011.

Para além disso, observa Pedro Carvalho, "estes trabalhadores, que em anos anteriores receberam louvores da Câmara do Porto pelos serviços prestados, foram penalizados na avaliação de 2011".

"Há aqui, claramente, uma intenção punitiva".

Manuel Correia Fernandes, vereador socialista, explicou o voto contra do PS, considerando que "não se justifica a sanção imposta".

"Há um conjunto de circunstâncias que nos fazem crer que existem responsabilidades maiores da parte do comando. Não foi suficientemente avaliado o comportamento da estrutura do comando", observou Correia Fernandes, em declarações aos jornalistas.

O vereador da CDU alertou ainda para a proposta, hoje aprovada, de demitir um funcionário com "163 faltas injustificadas".

No processo, a Comissão de Trabalhadores (CT) alertou que "a demonstração de desinteresse por parte do arguido" se deve "à imensa instabilidade psicológica, conferida por disfuncionalidade da sua vida pessoal e familiar".

A CT alertou ainda que "manter o emprego" será um "fator crucial na sobrevivência do trabalhador" e "na mudança comportamental positiva", se o mesmo for "devidamente acompanhado".

"O número de faltas relativo a este caso até é abusivo, mas a questão é que a Câmara tem recorrido a processos disciplinares, alguns com penas de demissão, relativamente a trabalhadores com problemas sociais graves", observou.

Entre estes problemas estão, diz o comunista, "situações de alcoolismo, problemas familiares, perturbações psíquicas", entre outras.

"A Câmara, em vez de atuar tentando ajudar o trabalhador, contribui para o agravamento da situação social do trabalhador", critica Pedro Carvalho.

A Lusa tentou, sem sucesso até ao momento, ouvir a maioria PSD/CDS sobre este assunto.

Fonte: RTP

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por Diário de um Bombeiro às 18:59



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