Em algumas situações de emergência, a corporação tem que recorrer ao pessoal directivo.
Os Bombeiros de Mourão, no distrito de Évora, estão com graves dificuldades financeiras. A redução nos transportes de doentes não urgentes provocou um rombo no orçamento das corporações de todo o país.
Em Mourão, a operacionalidade dos bombeiros voluntários está comprometida: dos 26 bombeiros da corporação, 14 já foram despedidos.
O presidente dos Bombeiros Voluntários, Alexandre Mendonça, refere que com os despedimentos ficaram sem operacionalidade: “O voluntariado nestes meios pequenos é escasso e a forma de assegurarmos a operacionalidade era com os assalariados”.
Funcionário dos bombeiros há mais de 30 anos, nunca viu a corporação com tantas dificuldades como agora. Salienta Alexandre Mendonça que “em situações de emergência, tocamos a sirene para aparecer algum voluntário, outras vezes nem os voluntários aparecem porque estão a trabalhar”.
“Temos tido aqui situações que são feitas pelo pessoal directivo”, desabafa este responsável e deixa um alerta: “No dia em que houver uma situação de morte, não sei quem é que vai ser responsável por isto”.
Fonte: RR