Instalações dos bombeiros em Taveiro são actualmente usadas pela GNR
O presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Coimbra afirmou ontem que esta Associação Humanitária está há seis meses sem receber a renda das instalações da Secção de Taveiro, onde actualmente se encontra o posto da GNR.
Num ofício com data de quarta-feira, enviado por aquela associação ao presidente da Câmara de Coimbra, e cuja cópia João Silva facultou ontem aos jornalistas, é referido que desde Janeiro, e «sem qualquer explicação», o município não efectua o pagamento pela utilização das instalações da Secção de Taveiro, como vinha fazendo há longos anos, nos termos do protocolo oportunamente celebrado».
«Sem conseguir entender as razões para este procedimento, temos procurado, de forma pacífica e recatada, ultrapassar o problema junto dos serviços autárquicos. Contudo, passados seis meses e perante as imensas dificuldades com que vivemos não nos resta outra alternativa que não seja a de vir junto de V. Ex.ª solicitar o desbloqueamento urgente da situação», prossegue.
No ofício, assinado por João Silva, é referido que se está perante a corporação de bombeiros do país com piores instalações, o que em nada abona Coimbra. «Estamos portanto, confrontados com seis meses de atraso de uma “renda” para nós fundamental, sem saber porquê, no preciso momento em que temos mais necessidade de dispor de meios para suportar encargos sazonais e com projectos cruciais em curso», sublinham os bombeiros.
Dívida é de seis mil euros
De acordo com o presidente dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, a manter-se a situação, esta será analisada numa reunião marcada para o próximo dia 14.
João Silva esclareceu que o valor mensal da “renda” é de mil euros, pelo que a dívida já chegará aos seis mil euros. Referiu ainda que os bombeiros consideram a Câmara como «uma pessoa de bem» e por isso, afirmou, «estamos em crer que honrará, com a maior celeridade, os seus compromissos».
Fonte da Câmara Municipal de Coimbra, confrontada ontem à tarde com o teor do ofício, prometeu uma resposta depois de tomar conhecimento da situação.
por José João Ribeiro
fonte: DC