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diariobombeiro



Terça-feira, 11.09.12

Declaração de Paulo Fonseca a Propósito do Incêndio no Concelho

Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém, deu a conhecer uma declaração direccionada a fazer um ponto de situação relativa ao incêndio que tem alastrado no concelho desde domingo último e que fica na história, infelizmente, como dos mais devastadores da região, para além, claro está, da trágica morte de um cidadão que tentava defender o seu armazém das chamas.

Eis, na íntegra, o texto elaborado por Paulo Fonseca:



«Vivemos nos últimos dias momentos particularmente difíceis no nosso concelho. Gostaria de, em nome da Câmara, apresentar um voto de condolências à família da vítima mortal deste incêndio, lamentando a perda de uma vida humana nas condições trágicas que são conhecidas. Em 2º lugar, lamentar também as perdas materiais e os danos afetivos e emocionais, que, infelizmente, atingiram proporções tão elevadas em muitas famílias. Deixo uma palavra de agradecimento às populações que desde a 1ª hora foram proactivas e estiveram na frente de combate numa demonstração de grande cidadania e solidariedade. O Povo do Concelho teve uma postura heróica que registamos. Uma vez mais, aproveito para manifestar o nosso apreço a todos os elementos do dispositivo de combate e de apoio logístico: Bombeiros, Protecção Civil, Guarda Nacional Republicana, Exército, Juntas de Freguesia, Insignare, dirigentes e funcionários da Câmara e empresas municipais, EDP, Veolia, PT, instituições particulares de solidariedade social. A todos o nosso agradecimento, tal como às empresas de diversas áreas, lares, etc.

É justo que refira a mobilização da população, empresas e instituições, quer aqui do concelho quer de concelhos vizinhos para uma resposta positiva à campanha de solidariedade e de apoio com bens de 1ª necessidade, que teve tão grande significado. A estratégia de intervenção que esteve no terreno para combater o incêndio vai agora voltar-se para a reposição das condições essenciais à normalização da vida das populações atingidas.

Apresento-vos sumariamente o ponto da situação:

1. Temos a noção de que os danos são muito elevados.
2. Estamos a fazer o levantamento dos danos materiais através de duas equipas do Município (ainda por concluir). O Serviço Municipal de Protecção Civil e as forças de segurança também já iniciaram o levantamento da área ardida.
3. Os danos florestais também são elevados (há necessidade de apoio à reflorestação e combate à erosão dos solos) - eventual disponibilização de fundos do PRODER.
4. Há imensas despesas que a Câmara Municipal não sabe como há-de assumi-las, designadamente a alimentação, combustível, aluguer de máquinas, aquisição de sinais rodoviários, reparação de estradas e infra-estruturas, face à Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso. Ainda muito provisoriamente aponta-se um valor de 200 mil euros (valor a confirma até final da tarde) só com as despesas da responsabilidade mais direta do município;
5. Considera-se muito importante a criação de linha de apoio às pequenas empresas, pequenas explorações agrícolas, na generalidade de âmbito familiar, onde se incluem pequenos anexos habitacionais, edificações de apoio, alfaias agrícolas, culturas e animais.
6. Há necessidade de apoiar os 35 desempregados que trabalhavam numa das empresas que ardeu.

Depois do levantamento dos prejuízos, aguardamos a marcação de reuniões com o Sr. Secretário de Estado da Segurança Social e com o Sr. Ministro da Administração Interna, que já manifestaram toda a disponibilidade para estudar connosco as formas de apoio possível».

 
fonte: radiohertz

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por Diário de um Bombeiro às 12:38



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