A Câmara de Estarreja anunciou hoje que vai ter "mão pesada" na aplicação de coimas aos proprietários florestais que não limpem os terrenos, após a ocorrência de um incêndio numa pilha de sobrantes, em Avanca.
Em comunicado, a autarquia salienta ser "interdito o depósito de madeiras e outros produtos resultantes de exploração florestal ou agrícola nas áreas florestais".
Durante a madrugada de segunda-feira, um incêndio terá tido origem numa pilha de sobrantes no Fojo, Avanca, obrigando à mobilização dos bombeiros e do piquete de prevenção do Serviço Municipal de Proteção Civil.
No combate às chamas houve necessidade de recorrer a uma retroescavadora para impedir a propagação do fogo aos povoamentos florestais confinantes, tendo a GNR registado a ocorrência.
O combate ao fogo em tais condições é difícil, como explica a Câmara, pois a água tem dificuldade em penetrar e há forte probabilidade de reacendimentos, o que implica a exigência de vigilância contínua e rescaldo eficaz.
No comunicado, a autarquia revela ter intensificado a fiscalização para identificar concentrações de sobrantes deixados "esquecidos" em propriedades florestais, e adverte os proprietários de que serão notificados e alvo de auto de contraordenação caso a situação se mantenha, prometendo que "terá mão pesada na aplicação de coimas", que podem ir até cinco mil euros a particulares e 60 mil euros a empresas.
A Câmara Municipal de Estarreja salienta que durante os meses de julho, agosto e setembro só é permitido empilhamento em carregadouro de produtos resultantes de corte ou extração (estilha, rolaria, madeira, cortiça e resina) desde que seja salvaguardada uma área sem vegetação com um raio de dez metros.
Fonte: Porto Canal