Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

diariobombeiro



Segunda-feira, 30.07.12

Paralisação não afecta combate aos fogos

O presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, esclareceu esta segunda-feira que a "paralisação total" anunciada para Setembro está restricta ao transporte de doentes não urgentes, mantendo-se os profissionais em alerta para combater eventuais incêndios.


Jaime Marta Soares diz que o combate
 aos fogos está garantido e que só o
transporte de doentes será afectado 
Em declarações à Lusa, Jaime Marta Soares precisou que quer a manifestação convocada para Lisboa, Coimbra, Porto e Faro, a 18 de Agosto, quer a paralisação entre 4 e 6 de Setembro, estão restrictas ao serviço de transporte de doentes não urgentes, mantendo-se o socorro contra os incêndios.

"[Faremos] uma paralisação em quatro cidades, em Lisboa, Coimbra, Porto e Faro, com viaturas exclusivamente da saúde, só desse sector, de transporte de doentes não urgentes. Manteremos todo o socorro nos fogos florestais, e em tudo quanto é socorro os bombeiros estarão a 100 por cento", assegurou Jaime Marta Soares.

Em causa está a luta por uma "sustentabilidade financeira" que permita manter tripulações e equipamentos ao serviço, e são medidas nesse sentido que a liga dos bombeiros vai esta segunda-feira começar a negociar com o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Saúde, em reuniões que decorrem esta tarde.

Com as novas regras para o serviço de transporte de doentes não urgentes, que retiram a exclusividade do serviço aos bombeiros, e passam a permitir que o transporte se faça em viaturas ligeiras autorizadas para o efeito, a Liga teme que se assista a milhares de despedimentos.

"Entrando essa viatura em funcionamento, pode, a curto prazo, num espaço de 120 dias, levar a que várias centenas de ambulâncias, senão mesmo milhares, sejam postas de parte e a que centenas ou milhares de bombeiros assalariados sejam despedidos", avançou Jaime Marta Soares.

Os bombeiros dizem que "não aceitam" ser tratados como "meros transportadores de doentes", afirmando que prestam um serviço em "ambulâncias de qualidade, com serviço especializado e com tripulações com formação adequada".

Daí que se preparem para exigir ao ministério da Saúde a instituição de um "período de carência, que pode ir de três a cinco anos", e que terá o propósito de permitir uma "adaptabilidade das estruturas" dos bombeiros e uma avaliação dos benefícios em continuar a prestar esse serviço.

"Espero que da reunião de hoje saiam efectivamente conclusões que permitam chegar a uma negociação final sem ter que recorrer a situações extremas. Nós, bombeiros, não as queremos, estamos a ser empurrados para elas pelo ministério da Saúde, pelas dívidas que têm para connosco", afirmou Jaime Marta Soares.

"Também queremos com o MAI uma discussão muito séria sobre a lei do financiamento, mas também alterações fiscais em relação aos bombeiros voluntários e que seja revisto e avaliado o apoio mensal que não é actualizado há cinco anos e devia ter uma actualização de 2,5 por cento ao ano", acrescentou.

O presidente da Liga de Bombeiros apelou ainda à adesão da população ao protesto de Agosto, porque, defendeu, "este é um problema que não é só dos bombeiros", que recusam que as populações possam ficar "entregues à sua sorte.

Fonte: CM

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

por Diário de um Bombeiro às 12:40



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Pesquisar no Blog  





Tags

mais tags