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Uma cortina de fumo foi visível na zona da praia de Faro durante o dia de ontem |
Apesar de controlado, o incêndio que, desde segunda-feira, está a consumir o material de construção (madeira e plástico) para reciclagem na empresa Inertegarve, na zona do Ludo, em Loulé, ainda não parou, e o fumo está a causar receios.
"Tenho a roupa a cheirar a plástico queimado e tenho medo que me esteja a fazer mal à saúde", queixou-se ao CM Mário Barros, que mora a poucos quilómetros da Inertegarve. Mas as queixas não se resumem à zona circundante, pois o fumo tem chegado – por causa da proximidade e dos ventos - à praia de Faro, Gambelas, Montenegro ou Patacão, já no concelho de Faro.
"As pessoas têm mostrado preocupação em relação ao fumo", reconheceu Steven Piedade, presidente da Junta de Freguesia de Montenegro, garantindo que a Protecção Civil assegurou não haver perigo.
Luís Nunes, docente de Engenharia do Ambiente na Universidade do Algarve, alertou, no entanto, que a "exposição prolongada ao fumo constitui riscos para os bombeiros, pessoas com problemas respiratórios, idosos ou crianças".
Fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), garantiu que não foi lançado qualquer alerta pelo medidor da qua-lidade do ar em Faro, pelo que "não há perigo para a saúde".
O incêndio está circunscrito e tem sido acompanhado de perto pelas corporações de bombeiros de Loulé, Faro e Olhão, esperando-se que continue por mais alguns dias.
Por Tiago Griff com Lusa
fonte: CM