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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) manifestou-se “radicalmente contra” a decisão de os bombeiros deixarem de avisar a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) sobre a saída das suas ambulâncias, alertando que, em caso de uma emergência que obrigue à mobilização de várias ambulâncias, nenhum organismo da ANPC conhecerá a posição destes veículos, o que atrasará o socorro.

As ambulâncias dos bombeiros vão deixar de ser controladas pela Protecção Civil e apenas as que estão ao serviço do INEM, cerca de 10% da frota, terão a posição conhecida. A ANPC justificou a decisão com a necessidade de “rentabilizar” os recursos humanos dos comandos distritais, que controlam o socorro prestado pelos bombeiros.

Por outro lado, a ANPC é a única entidade que tem o registo de toda a missão de intervenção dos corpos de bombeiros, o que significa que vai deixar de assinalar 70% da actividade operacional em todo o país. Para a LBP, esta situação conduzirá à “ausência de uma inventariação correcta dos serviços” e “não irá permitir uma caracterização exacta de cada corpo de bombeiros”.