Jorge Matos Silva afirmou existir comadrio” entre algumas funcionárias do Hospital de Arganil e a funcionária administrativa da Associação dos Bombeiros Voluntários de Arganil.
A convocação da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coja (AHBVC), que reuniu no passado dia 26 de Março, antevia uma sessão morna já que da ordem de trabalhos "apenas" constava a Discussão e Votação do Relatório, Balanço e contas de Gerência do ano anterior e do Parecer do Conselho Fiscal; e o ponto habitual em qualquer ordem de trabalhos (outros assuntos de interesse).
Quem o assim pensou, enganou-se.
Jorge Manuel Matos da Silva, Presidente da AHBVC, aquando do uso da palavra, afirmou que "não é fácil tecer grandes considerações no momento actual, em que uma crise económica se instalou no país e há entidades da área de bombeiros, que não olhando a meios para atingir fins, fins esses, que nos prejudicaram e prejudicam ainda". Estava lançado o mote para uma assembleia geral polémica.
Na base desta afirmação está, no entendimento do presidente Jorge Matos, o facto de ter sido "constatado um decréscimo anormal de serviços, que posteriormente foi comprovado pelo Director Executivo do ACES e pelo Coordenador do SUB, de Arganil, que tendo feito o diagnóstico da situação, propôs um protocolo, em tudo semelhante a outros existentes nos concelhos limítrofes, onde existem duas ou mais Associações de Bombeiros, tendo o mesmo sido recusado, com argumentos sem ética e cobardemente, por quem, embora reconhecendo a justeza da proposta de protocolo, se negou a assiná-lo, com argumentos, que mais não são, senão por ter medo da reacção dos associados da Associação de Bombeiros de Arganil".
"As descontinuidades no transporte de doentes, da origem até ao hospital de Arganil, e por vezes encaminhados para Coimbra nas Ambulâncias da Associação de Arganil, tem que ser resolvido, acabando com o “comadrio” entre algumas funcionárias do hospital e a funcionária administrativa da associação, vamos continuar a insistir no estabelecimento de normas justas, transparentes, de igualdade e que não fiquem ao arbítrio de cada um" apelou Jorge Silva.
No que às contas diz respeito, a AHBVC teve, em 2010, uma receita de 255,168.45 € contra 212,583.89 € de despesa o que representa um lucro no valor de 42 584,56 €.
por Baptista Alves
fonte: Arganil.eu