A Associação dos Transportadores de Doentes e Sinistrados (APTDS) ameaçou esta sexta-feira colocar 300 ambulâncias junto ao Ministério da Saúde caso o Governo não assine com as empresas do sector convenções que garantam a sua sobrevivência.
Desde o início de Setembro só podem transportar os doentes não urgentes as ambulâncias dos bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa e empresas que têm convenções com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), noticia a agência Lusa.
No entanto e segundo Luís Arsénio, dirigente da APTDS, a maioria parte das empresas particulares de transporte de doentes não tem convenção com o SNS, apesar de estarem «devidamente licenciadas» e terem os alvarás emitidos pelo INEM.
Luís Arsénio adiantou à agência Lusa que em 1992 foi dada à iniciativa privada o transporte de doentes não urgentes, mas desde 1993 que o SNS não faz convenções com estas empresas.
O dirigente da APTDS disse que ao longo deste mês entre 70 a 80 trabalhadores destas empresas já foram despedidos e se a situação não se resolver mais de metade das operadoras vão fechar as portas porque não têm trabalho.
Luís Arsénio referiu o caso de uma empresa do Norte do país que actualmente faz menos 240 transportes de doentes por dia.
«Só cinco ou seis grandes empresas é que vão sobreviver», disse.
A APTDS exige que o Ministério da Saúde assine um despacho que permita às empresas privadas fazer convenções com o SNS.
A Associação dos Transportadores de Doentes e Sinistrados realiza neste sábado uma reunião, em Lisboa, para analisar a situação no sector. Do encontro vai sair um pedido de reunião ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e a ameaça de protestos caso «não exista qualquer resposta nos próximos dias».
Luís Arsénio avançou com a colocação de 300 ambulâncias à porta do Ministério da Saúde.
A APTDS representa 80 por cento das 120 empresas de transporte de doentes com alvarás activos emitidos pelo INEM.
fonte: TVI24