Uma partilha de experiências e criação de pontos de encontro entre jornalistas e bombeiros foram estes os objectivos do seminário que ontem decorreu no Padrão dos Descobrimentos.
A iniciativa da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais contou com a participação dos jornalistas Sandra Cardoso (DN Madeira), António Pereira Neves (Agência Lusa), Celso Paiva Sol (Rádio Renascença) e Rita Marrafa de Carvalho (RTP). O debate foi moderado pela jornalista Filomena Barros.
Ao longo de três horas os oradores partilharam as experiências vividas no teatro das operações com agentes de protecção civil, e relataram episódios que ilustram as dificuldades de acesso à informação imediata e rigorosa. A questão das novas tecnologias ao serviço dos órgãos de comunicação, o acesso e protecção das fontes e o estabelecimento das relações de confiança entre jornalista e o bombeiro foram temas levados a debate.
A necessidade de formação dos profissionais de jornalismo em protecção civil foi um dos desafios lançados pelo público, maioritariamente composto por bombeiros.
Esta iniciativa contou com a presença de André Barbosa, em representação do Secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’Ávila, da Directora Nacional de Bombeiros da ANPC, Susana Silva, do Comandante Distrital de Operações de Socorro, Elísio Oliveira e com o Comandante do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, Coronel Joaquim Leitão.
(saiba tudo na próxima edição do jornal Alto Risco de Fevereiro)
por ANBP

Os Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves procuram novos elementos entre os 16 e 44 anos para receber formação nas novas instalações da corporação já em Março e juntar-se ao corpo activo no socorro à população. Ser voluntário tem vantagens e regalias.
Até final deste mês de Fevereiro, os Bombeiros Voluntários de Salvação Pública (BVSP) de Chaves estão a recrutar novos elementos masculinos e femininos. O único requisito é ter entre 16 e 44 anos e gosto em ajudar o próximo. “Estamos com um défice grande de bombeiros, as pessoas não aderem tanto ao voluntariado e vimo-nos mesmo na necessidade de lançar esta campanha em busca de voluntários”, admite Ricardo Rebelo, oficial de bombeiro. Com uma média de 35 elementos no quadro activo, “o ideal era recrutar mais cerca de 20 bombeiros”.
Quem responder a este desafio, irá iniciar em Março, nas próprias instalações dos BVSP, um curso de Instrução Inicial de Bombeiro com duração de meio ano, seguido de um estágio de mais seis meses integrado na vida activa da corporação. Em Julho, os voluntários serão submetidos a exame a nível distrital e, uma vez aprovados, adquirem o estatuto de bombeiro voluntário.
Ser voluntário tem vantagens e regalias. Entre elas, Ricardo Rebelo destaca que “são pagas as propinas aos estudantes num valor até ao ordenado mínimo, tanto no ensino público como no privado, há isenções de taxas moderadoras nos cuidados básicos e serviços que advêm das consultas, como os exames, e o Fundo Social de Bombeiros vai começar a fazer rastreio médico dos bombeiros”. Além disso, acrescenta, ao ser bombeiro, “o voluntário vai tirar vários cursos que poderão ser úteis na sua vida profissional e pessoal”, como o de socorrismo e de desencarceramento.
Aos voluntários são actualmente exigidas 270 horas anuais, o que “é irrisório”, sendo totalmente compatível com outra actividade profissional, garante Ricardo Rebelo. Nos meses de Verão, é ainda dada uma pequena compensação às equipas de combate a incêndios, sendo que o Governo se prepara para isentar os bombeiros do pagamento de IRS sobre esse rendimento.
Para angariar o máximo de voluntários, os bombeiros estão a colar cartazes nas escolas, ginásios, bares da cidade e aldeias vizinhas, sendo que a iniciativa também está a ser divulgada nas redes sociais e a nível nacional através do portal bombeiros.pt. Com “instalações, viaturas e mentalidades novas, a causa torna-se mais aliciante” até para as mulheres, acredita Ricardo Rebelo, notando que os BVSP contam já com cerca de 18 elementos femininos, quase metade do quadro activo.
“Ser bombeiro é um vício. Gosta-se e é aliciante. Infelizmente, ainda é um pouco mal visto, mas cada vez mais há mais formação e qualidade dentro dos bombeiros. Ao estarem cá, não saem daqui! É mesmo viciante”, conclui Ricardo Rebelo, assegurando que a maior compensação desta actividade é mesmo “sentir-se útil para a sociedade e poder ajudar o próximo”.

por Diário@ctual

Depois dos bombeiros galegos terem ajudado a evitar o despejo de uma octogenária na Corunha, os seus colegas catalães e madrilenos juntam-se à atitude solidária com as vítimas da crise.
Na passada terça-feira, o despejo de Aurelia Rei, por atraso de um mês no pagamento da renda, foi evitado por uma manifestação com cerca de duzentas pessoas, convocadas pela Plataforma Stop Despejos e com a presença do eurodeputado do Bloco Nacionalista Galego e dos porta-vozes no município da Corunha pela Esquerda Unida e BNG. Houve alguns empurrões com os agentes policiais locais e nacionais presentes, mas os manifestantes ganharam ânimo após a chegada dos bombeiros chamados para abrir caminho ao despejo e forçar a entrada da casa da octogenária.
Mesmo ameaçados disciplinarmente, os bombeiros recusaram-se a abrir a porta da casa. Segundo o Diario Vasco, um deles empunhou uma pancarta da Plataforma Stop Despejos, em solidariedade com o protesto. Mais tarde, outro bombeiro acabou mesmo por cortar uma corrente, mas o acesso continuou impedido pelas pessoas que se encontravam do lado de dentro. Tanto este bombeiro como os polícias presentes ouviram uma vaia monumental.
Solidariedade madrilena e catalãApós ser divulgada a notícia do despejo galego falhado, os bombeiros da Comunidade de Madrid afirmaram o "total apoio" à atitude dos colegas galegos e a recusa em colaborar com futuros despejos em Madrid. A secção das Comisiones Obreras dos bombeiros madrilenos sublinhou que eles não são "fantoches da banca nem dos seus servidores no Governo" e que o seu dever é "prestar serviço à cidadania".
Do lado dos bombeiros catalães, a secção sindical da UGT anunciou que os representantes sindicais estão de acordo em "apenas realizar a abertura de casas em situações de emergência, como diz a lei".
por esquerda.net