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diariobombeiro



Sábado, 22.12.12

ACTUALIDADE – Integração das SIV nos serviços de urgência: do modelo à realidade

Passava pouco da hora de almoço quando o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) accionou a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Torres Novas. O enfermeiro João Bartolomeu soube rapidamente do que se tratava: um senhor com cerca de 60 anos que necessitava de ser transferido do Hospital de Abrantes para o serviço de Nefrologia do Hospital de Torres Novas. Já no sentido inverso da A23, o enfermeiro preocupa-se em tranquilizar o senhor António, que há pouco mais de 10 horas havia sofrido uma paragem cardiorrespiratória.

O transporte de doentes críticos entre unidades de saúde é uma das actividades mais beneficiadas pela integração das equipas das ambulâncias SIV nos serviços de urgência, refere a enfermeira Mécia Calado, coordenadora da SIV de Torres Novas. De janeiro a novembro de 2012, as equipas SIV de todo o país apoiaram o transporte de 1200 doentes críticos entre hospitais. Com este modelo os doentes são rapidamente transportados para outras unidades de saúde, sem que seja necessário que a equipa médica providencie ambulância de transporte e equipa para acompanhar o doente. Este benefício é também sublinhado pelo Enfermeiro Tiago Dias, que desempenha funções na ambulância SIV de Odemira, já que "a gestão integrada dos transportes secundários, entre o CODU e os hospitais, permite não só ganhos de eficácia e eficiência, mas principalmente uma maior segurança e qualidade para os doentes". Mas a mudança implementada na organização das SIV trouxe outros proveitos. Para Catarina Aranha, enfermeira-chefe do serviço de urgência do hospital de Elvas e coordenadora das SIV da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (Elvas e Ponte de Sor), a principal vantagem é o aproveitamento dos conhecimentos dos profissionais do pré-hospitalar que veio permitir uma melhor intervenção junto dos doentes críticos. A formação específica em emergência médica, ministrada pelo INEM aos enfermeiros das unidades de saúde, trouxe aos hospitais mais competências para intervir neste tipo de doentes. De igual forma, em alturas de "picos" de trabalho, as equipas do hospital sentem-se naturalmente mais apoiadas.

Também os doentes ficam a ganhar com esta integração, pois são acompanhados pelo mesmo profissional desde o local da ocorrência até ao interior do serviço de urgência. Por outro lado, permite ao serviço de urgência saber de antemão que tipo de doente dará entrada no hospital, já que essa informação é conhecida assim que a ambulância é activada. A este propósito, a enfermeira Catarina Aranha acredita que a integração das equipas SIV no serviço de urgências veio beneficiar a comunicação entre os serviços do pré-hospitalar e hospitalar. Às 15h55 toca a campainha da sala de emergência do hospital de Torres Novas. O enfermeiro João Bartolomeu e o Técnico de Ambulância de Emergência (TAE) Igor Sá dirigem-se às urgências para saber no que podem ajudar. "Foi falso alarme...! Podemos continuar a conversa", informa o enfermeiro.

A função do TAE neste modelo de integração é definida consoante o critério de cada hospital. Igor Sá, TAE na SIV de Torres Novas, está sempre disposto a ajudar no serviço de urgência, em colaboração com o Enfermeiro da SIV, e reconhece que trabalhar na SIV o permite aprofundar e aumentar os seus conhecimentos. Já em Elvas, os TAE entendem o serviço de urgência como o seu espaço de trabalho, no qual podem e devem intervir, nomeadamente quando se tratam de situações de trauma, assumindo uma atitude de colaboração com os enfermeiros. Em Odemira, Tiago Dias opta por destacar "a proximidade e o contacto contínuo do TAE com o doente urgente/emergente, promovendo e desenvolvendo assim a sua experiência profissional". Às portas de Espanha, apesar do frio intenso, quase todos os profissionais que compõem a equipa da SIV e do serviço de urgência do hospital de Elvas marcavam presença junto à SIV do INEM. Filomena Correia, enfermeira, e Vicência Fialho, TAE, contam que acabavam de gravar uma música de Natal para o INEM, ali bem perto das muralhas da cidade! Também para estas profissionais, o trabalho é cada vez mais um prazer porque é único o espírito de equipa que se conseguiu criar nesta SIV. Neste concelho alentejano, os profissionais não parecem ter dúvidas: a SIV é entendida como mais um posto de trabalho, integrado no serviço de urgência, pelo que a prioridade dos profissionais escalados na SIV é a atividade do pré-hospitalar, sendo sempre bem-vinda a sua colaboração nos restantes postos de trabalho. Catarina Aranha conta que existiu uma boa aceitação por parte dos enfermeiros do hospital, que encaram os profissionais da SIV como parte integrante da sua equipa. Já no hospital de Torres Novas, a equipa SIV apoia a equipa do serviço de urgência em locais onde é "possível deixar o que se está a fazer" para sair para uma emergência, sem prejudicar tanto o pré-hospitalar como o hospitalar, conta a enfermeira Mécia Calado. Há uma óptica de ajuda entre ambas as equipas, mas realizada de forma a que os doentes não fiquem prejudicados caso o enfermeiro da SIV tenha de sair para mais uma ocorrência no exterior. Com esta postura de complementaridade os doentes e o próprio serviço de urgência ficam a ganhar. 
 
No entanto, as metodologias adotadas pelas várias unidades de saúde têm algumas diferenças: na ambulância SIV de Torres Novas os profissionais fazem notar a quebra que pode existir no trabalho dentro do serviço de urgência, já que quando um enfermeiro recebe um doente deve acompanhar o seu percurso no hospital, tornando-se responsável por ele até à sua alta. Estando igualmente afecto à SIV, o enfermeiro pode ter de sair repentinamente do serviço de urgência para uma emergência médica pré-hospitalar, e terá de passar todas as informações sobre o doente a outro colega. Já no hospital de Elvas, para evitar as interrupções nos tratamentos que podem surgir quando a ambulância SIV é accionada, a equipa da SIV está afecta a funções de triagem no serviço de urgência. Ou seja, o enfermeiro da SIV pode colaborar com os colegas da equipa de serviço, sem no entanto assumir responsabilidade sobre o doente. No hospital de Elvas, a integração dos profissionais é vista numa óptica de complementação e entreajuda não havendo lugar à substituição de postos de trabalho. Vera Escoto, directora do serviço de urgência, vê a integração da SIV no hospital como uma oportunidade para a partilha de conhecimentos entre todas as classes profissionais. A médica garante que a integração funciona a 100%, saindo beneficiado o hospital, mas principalmente os doentes. Vera Escoto deixa ainda o mote para que sejam realizadas mais acções de formação do INEM no hospital de Elvas, para que todos os profissionais, de todas as classes, possam "falar a mesma língua", beneficiando-se o doente. 
 
Caminhando para dois anos de integração das primeiras SIV do INEM nos serviços de urgência dos hospitais, e já com 64% destes meios a funcionar de acordo com este modelo, há já números que mostram a profunda mudança sentida na organização da rede nacional de urgência e emergência. Esta reorganização das SIV veio permitir que este meio de emergência fique direccionado para o âmbito do doente grave, melhorando e aumentando desta forma a resposta a este tipo de ocorrências. Se em outubro de 2010, 30% dos accionamentos das ambulâncias SIV envolviam doentes críticos, em novembro de 2012 os accionamentos para estas situações situam-se nos 94%. A integração de meios de emergência pré-hospitalares nos serviços de urgência dos hospitais nasceu da hipótese de se aliar três forças: a formação e a experiência dos profissionais do INEM no socorro pré-hospitalar; a necessidade real dos profissionais de saúde manterem competências técnicas de elevado grau de complexidade e especificidade; e a margem potencial de ganhos de eficiência e de gestão tanto nos serviços de urgência como no pré-hospitalar. O objectivo desta medida é um: garantir uma capacidade de resposta acrescida e mais adequada às necessidades dos utentes emergentes.


por Gabinete de Marketing e Comunicação INEM

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por Diário de um Bombeiro às 14:58

Sábado, 22.12.12

40 Pais Natais em Bicicleta visitaram os Bombeiros Tavira

Os Bombeiros Municipais de Tavira foram visitados esta manhã por 40 Pais Natais vestidos a rigor e deslocados em bicicletas a pedal.

De uma forma ecológica prática e desportiva os Pais Natais pararam no CBM Tavira visitaram o nosso presépio tiraram algumas fotografias para a posterioridade e seguiram rumo ao centro da Cidade.


por FIRESHELTER52

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por Diário de um Bombeiro às 14:39

Sábado, 22.12.12

Rio Tinto: Incêndio acaba em rixa

Os Bombeiros da Areosa, em Rio Tinto, estiveram ontem à tarde envolvidos em confrontos com alguns moradores, durante o combate a um incêndio numa habitação na rua da Vila da Cova, em Rio Tinto. 

Ao CM, o comandante dos bombeiros confirmou a existência de confrontos, mas não houve feridos. 


por CM

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por Diário de um Bombeiro às 12:15


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