A direção dos bombeiros de Monção admitiu hoje que o pagamento do subsídio de Natal foi feito em dias diferentes para "premiar" a disponibilidade dos profissionais da corporação que participaram nos peditórios realizados desde setembro.
"Os 20 mil euros angariados permitiram regularizar tudo dentro dos prazos previstos na Lei. O pagamento do subsídio de Natal em dias diferentes foi uma forma de premiar a disponibilidade dos bombeiros que contribuíram com a sua presença nestas ações", explicou à agência Lusa Jorge Almeida.
O presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção reagia desta forma às denúncias tornadas públicas pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP).
Em comunicado conjunto, acusaram aquela direção de ter definido como "critério" para o pagamento do subsídio de Natal a participação destes peditórios.
"Não consigo perceber porque é que os sindicatos tomam esta posição, quando, desde 14 de dezembro. que temos tudo pago, entre salários e subsídios a 22 funcionários. Apesar de todos sabermos que existem associações que, infelizmente, ainda nem o salário pagaram", criticou Jorge Almeida.
Acrescentou que, como forma de "premiar" os cerca de dez bombeiros que participaram, fardados, nos peditórios semanais realizados em todas as freguesias de Monção, desde setembro, a direção estabeleceu três datas de pagamento dos subsídios.
O grupo de bombeiros que "mais assiduamente" participou nestas 15 ações recebeu o subsídio a 04 de dezembro, seguindo-se outro pagamento no dia 09.
O último grupo, com elementos que "praticamente" não participaram nesta recolha de fundos, recebeu o subsídio, segundo a direção, a 14 de dezembro, um dia antes do prazo legal limite.
"Se não fosse este peditório, hoje teríamos um salário e um subsídio em atraso. Infelizmente, nem todos quiseram ajudar, o que se acontecesse implicaria apenas duas participações, mas assim sobrecarregaram os restantes. Quisemos premiar a disponibilidade, mas tudo foi pago integralmente", rematou o dirigente.
Esta decisão foi considerada pelas duas associações representativas dos bombeiros profissionais, ANBP e SNBP, como "lamentável e humilhante", tendo em conta que "o direito de auferir este subsídio é igual para todos os trabalhadores de uma instituição, que cumprem horário e têm um contrato de trabalho com a mesma".
No mesmo comunicado afirmam "não compreender" como é que "uma ação de benevolência, que contou com a participação da população, pode depois terminar numa ação discriminatória dos bombeiros em nome dos quais se fez este peditório".
As organizações representativas dos bombeiros acusam a direção da corporação de Monção de "humilhar" aqueles profissionais, ao condicionar o pagamento dos subsídios de Natal à participação em vários peditórios.
Em comunicado conjunto, a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) afirmam que aquela direção reconheceu que "não tem dinheiro para pagar o subsídio de Natal aos seus bombeiros profissionais", motivo pelo qual "organizou peditórios para angariar fundos".
"No entanto, o pagamento deste subsídio não será feito a todos, porque a direção da instituição estabeleceu como critério de atribuição a participação no peditório", lê-se no comunicado.
A agência Lusa tentou recolher uma posição junto da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção, mas tal ainda não foi possível.
No mesmo comunicado, enviado à agência Lusa, e alegando um comunicado interno da direção dos bombeiros, as duas organizações sindicais afirmam que os trabalhadores assalariados da corporação foram informados de que o critério utilizado para o pagamento "foi o número de participações nos peditórios, de três e quatro vezes".
"Pelo que, todos os outros, não foram contemplados com estes valores. Uma situação que a ANBP/SNBP considera lamentável e humilhante, tendo em conta que o direito de auferir este subsídio é igual para todos os trabalhadores de uma instituição, que cumprem horário e têm um contrato de trabalho com a mesma", acrescentam.
Os órgãos representativos daqueles profissionais dizem ainda "não compreender" como é que "uma ação de benevolência, que contou com a participação da população, pode depois terminar numa ação discriminatória dos bombeiros em nome dos quais se fez este peditório".
Miúdos da escola de recrutas recolheram um total de 1.242 artigos
Os elementos da recruta de infantes dos Bombeiros Voluntários de Almeirim (BVA) recolheram cerca de 750 quilos de bens alimentares, mais precisamente 1.242 artigos com um valor de comercialização superior a mil euros, numa acção que decorreu este fim-de-semana, dias 15 e 16 de Dezembro, no Intermarché da cidade.
O bens recolhidos já foram entregues à Junta de Freguesia de Almeirim, que será responsável pela sua distribuição junto das famílias mais carenciadas da freguesia, no âmbito da campanha de solidariedade "Almeirim Ajuda".
É com bastante preocupação que o presidente da Junta de Freguesia de Almeirim, Joaquim Sampaio, encara o aumento do número de casos sinalizados em situação de carência económica e alimentar, explicando que o número de famílias que vão receber cabazes de alimentos sofreu um aumento de 49, em 2011, para 70, este ano.
"De certa forma, é a prova que há mais famílias em dificuldades, e isto sem contar com os casos de quem tem vergonha em assumir que precisa de ajuda", disse Joaquim Sampaio à Rede Regional, explicando que a realização desta campanha tem precisamente a ver com o aumento do número de munícipes que batem à porta da Junta de Freguesia.
No caso dos cabazes de Natal, este órgão vai ainda completá-los com avios de carne e bacalhau, antes de proceder à sua distribuição.
A campanha "Almeirim Ajuda" iniciou-se no mês passado com dois espectáculos no cineteatro de Almeirim, onde as entradas foram feitas à troca de alimentos, e com a colocação de alguns cestos para recolha de bens em estabelecimentos do comércio local, o que tem superado as expectativas.
Feitas as contas, os alimentos recolhidos já deverão ter chegado às três toneladas, adiantou Joaquim Sampaio, explicando que a Junta aguarda ainda a entrega do que foi recolhido num convívio solidário organizado por militantes e simpatizantes do PSD local.
O autarca acrescentou ainda que a ajuda da Junta às famílias carenciadas "estende-se ao longo de todo o ano" e agradeceu à colaboração dos BVA nesta iniciativa.
"Nós que vivemos da solidariedade dos outros, também queremos ser solidários sempre que podemos", disse à Rede Regional o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, Pedro Ribeiro, acrescentando que "os bombeiros estão disponíveis para colaborar neste tipo de iniciativas, até mesmo noutras alturas do ano que não o Natal".
Esta acção em concreto teve a particularidade de "também tentar incutir o espírito da solidariedade nos mais novos, uma vez que envolveu crianças e jovens dos sete aos 16 anos", afirmou ainda Pedro Ribeiro.
Centenas de profissionais dão todos os dias o melhor que sabem para fazer do INEM uma luz sempre presente na vida dos portugueses.
São 365 dias por ano, 24 horas por dia, milhões de quilómetros percorridos, tudo isto para procurar fazer a diferença. E chegámos agora ao Natal, altura em que é perdoável o extravasar algumas emoções.
E por isso aqui vai: o nosso vídeo de Natal, uma forma bem-disposta de lhe agradecermos o apoio que nos tem dado!
Corporação da Ribeira Brava deixa de assegurar serviço nocturno. Falta de pagamento de vencimentos põe em risco serviço nocturno.
É mais um duro revés nas contas dos bombeiros da Ribeira Brava e na prestação dos primeiros socorros. Depois do serviço de urgências do Centro de Saúde, agora são “os serviços mínimos nocturnos” que “poderão estar em causa”. É desta forma, seca mas preocupada, que Marcelino Pereira, presidente da direccção da corporação dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Brava reage quando o DIÁRIO tenta obter a confirmação de uma eventual recusa do contingente de permanente ao serviço nocturno.
“Hoje (dia 12 de Dezembro”) temos um grupo de três bombeiros, mais o comandante e o adjunto de comando, mas poderá haver dias em que isso poderá não suceder”, declara o dirigente, acrescentando que o “Serviço Regional de Protecção Civil está ao corrente da situação”, numa eventualidade de ser preciso prestar auxílio às populações da Ribeira Brava e da Ponta do sol, dois concelhos cuja ára geográfica compete àquela unidade socorrer em primeira instância.
Na base deste novo desentendimento está a falta de pagamento dos vencimentos dos bombeiros. Marcelino Pereira diz que ontem (dia 12 de Dezembro) mesmo chegou a garantir dinheiro para poder pagar os vencimentos, todavia a “intransigência” da maioria dos bombeiros permanentes não aceitou continuar assegurar o serviço nocturno exigindo que a Associação passe a pagar o subsídio de turno.
Segundo o que foi possível apurar, no passado recente ficou estabelecido entre a direcção e o corpo de bombeiros permanentes que estes prestariam o serviço nocturno em troca de uma compensação de 125 euros desde que não excedessem as seis noites. Em contrapartida a Associação não pagaria o subsídio de turno como estipula a legislação laboral.
“Era um acordo que beneficiava ambas as partes. Os bombeiros recebiam mais um extra e nós não víamos as despesas acrescidas. Com esta reviravolta, obviamente que fica em causa o serviço porque não temos voluntários disponíveis e acarreta mais custos”, explica Marcelino Pereira. O também autarca confidencia que já ninguém se recorda que “antes de ter entrado para a direcção, a corporação tinha 300 mil euros de dívidas (à banca e fornecedores) e quatro meses de salários em atraso”, remata.
Independentemente desse desabafo, os pagamentos em atraso têm sido uma denúncia constante dos bombeiros e nos últimos dias houve mesmo uma reunião alargada justamente para anunciar o fim do serviço nocturno. Essa pretensão acabou por não avançar de imediato mas agora, como admite o presidente da corporação, a decisão está tomada e o Serviço Regional de Protecção Civil está em alerta para a eventualidade de ter de enviar para a Ribeira Brava ou a Ponta do Sol recursos humanos e materiais afectos a corporações de outros concelhos.
José Rolim, presidente da associação, mostra-se “muito preocupado com os bombeiros da corporação e sobre o que os espera em 2013”
Hoje, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águeda (AHBVA) comemora 78 anos de actividade (ver programa em caixa). A bênção de uma nova ambulância será um dos pontos altos das celebrações, mas José Rolim, presidente da associação, diz que as suas atenções no presente e futuro próximo estão antes centradas no corpo activo de bombeiros. “Neste momento, confesso que já não estamos preocupados nem com os carros, nem os restantes equipamentos, estamos sim centrados e preocupados com aquilo que podem ser as reais carências dos nossos bombeiros”, referiu ao Diário de Aveiro o dirigente.
Segundo confessou José Rolim, “estamos à espera de um ano de 2013 muito difícil para as pessoas e queremos acautelar e tudo fazer para que nenhum dos nossos bombeiros tenha necessidades mais básicas como a alimentação, por isso queremos ter uma almofada que nos permita socorrer os nossos homens, se de nós precisarem ”, desabafou José Rolim, visivelmente agastado com o panorama que se vislumbra.
O dirigente recorda que estas preocupações resultam da conjuntura que se vive, e das consequências que já se vão notando: “Durante este ano, já tivemos que ofertar alguns cabazes alimentares a alguns dos nossos homens da paz, e agora o que pretendemos fazer é realizar um levantamento exaustivo das reais necessidades, para podermos satisfazer minimamente as dificuldades que possam enfrentar”, refere, dando conta que, foi com esse propósito que, durante este ano, a associação constituiu uma espécie de loja social, para estar preparada para acudir aos bombeiros de Águeda.
Uma viatura despistou-se, este domingo, na A17, entre Mira e Tocha, causando um ferido grave e três ligeiros, disse uma fonte da GNR.
A fonte do Destacamento de Trânsito da GNR de Coimbra disse que o automóvel circulava no sentido norte-sul e que o acidente ocorreu às 7.40 horas, ao quilómetro 76,3.
Os feridos foram assistidos no local e depois, segundo uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra (CDOS), transportados pelos Bombeiros Voluntários de Cantanhede para os Hospitais da Universidade de Coimbra.