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A “partilha de recursos humanos e materiais e ganhos de eficiência” são as palavras de ordem no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). A certeza foi expressa ontem pelo presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, na cerimónia de assinatura de um conjunto de protocolos para criação de novos Postos de Emergência Médica em corporações de bombeiros e de novas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida em Serviços de Urgência Básica (SUB) da região.

Com a assinatura dos protocolos, que decorreu ontem nas instalações da delegação regional do Centro do INEM, a região passa a contar com mais oito ambulâncias, que reforçam a capacidade de resposta a situações de emergência médica. Assim, as corporações de bombeiros de Oleiros, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Vila Velha de Ródão e Góis passam agora a ser Postos de Emergência Médica do INEM já a partir da próxima segunda-feira, 1 de outubro. Ou seja, passam a ter uma ambulância de Suporte Básico de Vida do INEM para dar resposta a situações de emergência médica pré-hospitalar, equipada com desfibrilhador automático externo. E para isso, elementos das corporações de bombeiros receberam formação em emergência médica.

“O INEM tem apostado, nos últimos anos, numa parceria com os bombeiros, que não é um discurso retórico mas uma efetiva aproximação”, afirmou Miguel Soares de Oliveira. Sinónimo dessa parceria, frisou, é o facto de o INEM, desde o ano passado, estar “a equipar as ambulâncias atribuídas às corporações com desfibrilhadores automáticos externos”, criando condições para que estes equipamentos sejam utilizados pelos bombeiros.

Quanto às ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), estas vão funcionar junto dos SUB de Águeda e Arganil, a partir de 1 de novembro, num “modelo de partilha de recursos humanos entre os serviços de urgência básica e o INEM”.

Na sessão, o presidente do INEM frisou também que, neste modelo de partilha de recursos, está a avançar a integração das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) nos serviços de urgência dos respetivos hospitais. Já está concluída a integração das VMER dos hospitais da Figueira da Foz e de Viseu e o processo avança agora nos hospitais de Aveiro e de Castelo Branco.

Na prática, “INEM e serviços de urgência vão partilhar os seus recursos”, referiu Miguel Soares de Oliveira. Lembrando que a VMER de Castelo Branco tem, em média, uma saída por dia, o presidente do INEM sublinhou que, com esta integração, os profissionais escalados para as VMER passam a apoiar os serviços de urgência nos períodos entre as chamadas para as saídas de emergência.

Com este processo, que vai agora estender-se aos outros hospitais da região com VMER, “obtêm-se ganhos de eficiência dos meios e assegura-se uma ligação entre o pré e o intra-hospitalar”, destacou.

Cerca de meia centena de empresas e entidades da região marcou presença no seminário sobre segurança contra incêndios em edifícios, promovido, em Torres Novas, pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant).

A formação abordou temas relacionados com a obrigatoriedade de implementação de medidas de autoproteção e de organização de segurança em todos os edifícios já existentes e novos e contou com João Faria, técnico da Autoridade Nacional de Proteção Civil e do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém e Nuno Oliveira, Comandante dos Bombeiros Municipais de Santarém.

As medidas de segurança contra incêndios têm como principais objetivos reduzir os riscos de eclosão de incêndios, limitar a propagação do fogo, fumo e gases de combustão, promover a evacuação rápida e segura de todos os ocupantes e por fim, facilitar a intervenção dos bombeiros, em segurança.

Cada edifício (empresa ou entidade) deverá assim apresentar à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), as medidas de autoproteção (antigamente designado Plano de Emergência Interno) de acordo com a categoria onde se encontra inserida (utilização-tipo).

O comandante dos Bombeiros Municipais de Santarém alertou os presentes que a legislação vem responsabilizar as pessoas, civil e criminalmente, pela não aplicação das medidas de autoproteção. Segundo explicou, o responsável da empresa, considerado perante esta legislação o responsável máximo pela segurança, pode ser responsabilizado criminalmente pelos danos materiais e humanos causados por algum incêndio que deflagre na sua empresa.