Quinta-feira, 20.09.12
O céu ficou vestido de negro, o mesmo tom escuro, carregado e sombrio que vestiu ontem, que veste hoje e vestirá durante muito tempo o coração e alma dos Bombeiros Portugueses.
Rostos imensamente tristes, expressões de cansaço, de impotência perante a tragédia, mas também de uma solidariedade muito forte abalaram os Bombeiros de Coja, da Lousã, do Distrito e do País.
Perante o cenário de vários incêndios florestais, em Arganil e Oliveira do Hospital, em Coimbra, em Condeixa-a-Nova, em Penela, novamente em Arganil e confrontados com tantas adversidades, os Bombeiros, apesar de tudo, souberam estar à altura das suas responsabilidades e mobilizaram-se de uma forma tão voluntária, altruísta e solidária, só possível num sistema organizacional com esta dimensão humanista.
Como não podia deixar de ser, os Bombeiros do distrito estiveram em todos os teatros de operações com todos os meios de que puderam dispôr, partilharam e partilham a mesma dor, a mesma amargura dos Companheiros de Coja, que viram partir uma Jovem de 25 anos e que têm ainda dos dos Seus, um dos Nossos, com prognóstico clinico reservado.
Apesar disso, os Bombeiros têm que continuar a ser iguais a si próprios, a ser sensíveis face aos momentos de aflição vividos pelas pessoas mais desprotegidas e vulneráveis, a lutar como sempre pela salvaguarda das Vidas, dos bens e dos haveres de todos os cidadãos, mas não se podem deixar influenciar por quaisquer pressões mediáticas, pela manutenção das estatísticas da menor área ardida, ou quantas vezes pela pressão da população ou de muitos responsáveis, que não cuidaram da limpeza no tempo que deviam e deixam agora a responsabilidade na mão dos Bombeiros, como se nestas circunstâncias, de múltiplos incêndios, Estes pudessem ter um carro junto a todas e a tantas casas disseminadas pela floresta sem qualquer espaço de proteção.
Face à quase generalizada falta de limpeza e à seca severa que abala o nosso território, o índice de risco de incêndio é cada vez maior, o fogo propaga-se com violência extrema, a população rural fica mais vulnerável e os Bombeiros enfrentam riscos acrescidos.
Há poucos dias, foram os Colegas dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, agora os Municipais da Lousã e, com maior gravidade, os Voluntários de Coja. Nada nem ninguém apagará esta tristeza, esta angústia que nos aperta peito, mas ao menos que a memória desta Companheira, e de todos os que já partiram, nos possa fazer refletir, a todos, aos Bombeiros, aos responsáveis e à população em geral, de que nenhum pinheiro ou eucalipto, ou porventura a mata mais importante, valem o sacrifício da própria vida.
Comandante António Simões
Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra
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por Diário de um Bombeiro às 17:58
Quinta-feira, 20.09.12
Informação estatística sobre áreas ardidas e ocorrências 01 de Janeiro a 31 de Agosto de 2012
Elaborado pela Direção de Unidade de Defesa da Floresta
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por Diário de um Bombeiro às 17:56
Quinta-feira, 20.09.12
Postado por: Emanuel Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira
Após a leitura do artigo publicado no
Público online, de 18.09.2012, titulado «
Bombeiros dizem que abandono florestal e clima tornam fogos “menos previsíveis”», cujas declarações e opiniões são da exclusividade de Jaime Soares, Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), pelo que discordando com a natureza das justificações relativamente aos acidentes que vitimaram mortalmente, neste verão, três combatentes, cumpre-me esclarecer algumas questões para o bem de todos os combatentes e responsáveis pelo combate.
Apesar de concordar com a situação crítica da gestão florestal pública, comunitária e privada, completamente subvalorizada, não podemos desresponsabilizarmos-nos das nossas responsabilidades como coordenadores de combate, principalmente quando temos a cargo vidas de terceiros que voluntariamente dão a sua vida por uma causa de todos.
A floresta com elevada densidade e disponibilidade de combustível associada a uma meteorologia favorável a incêndios é um meio hostil que qualquer combatente de incêndios conhece e respeita. Todo o combustível vegetal presente na floresta portuguesa, associado às monoculturas, principalmente, de pinheiro-bravo e de eucalipto, têm características altamente inflamáveis que com um extenso período de seca, temperaturas elevadas, humidade relativa baixa e vento forte, vão ser incrementadas.
O Presidente da LBP da sua larga experiência com ligação aos bombeiros, desde a sua juventude, também se deve recordar que até à década de 80 os bombeiros apoiavam o combate aos incêndios florestais, o qual era realizado por experientes equipas – as brigadas florestais - dirigidos pelos então designados mestres florestais do Corpo Nacional da Guarda Florestal da Direcção Geral das Florestas (actualmente incorporados na GNR com funções de fiscalização). O combate até então era realizado com pouco uso de água e muito trabalho de ferramenta manual e baseado na observação do comportamento do fogo. Muitas corporações de bombeiros ganharam esse conhecimento empírico e experiência junto das brigadas florestais, detendo hoje respeitáveis combatentes.
A chegada das “autobombas” e o consequente uso abusivo da água, acompanhado do abandono das técnicas manuais levou à perda do conhecimento do comportamento do fogo.A “violência dos incêndios e pela imprevisibilidade da sua progressão no terreno” está relacionada única e exclusivamente com o comportamento do fogo e a imprevisibilidade é tanto maior quanto o seu desconhecimento e interpretação. Hoje mais do que nunca, já não se admite no século XXI que incêndios florestais no Sul da Europa sejam combatidos unicamente com água, sem o devido acompanhamento técnico para documentação e análise, de modo a assessorar o COS, permitindo um combate mais eficaz, sem excesso de meios e de custos e, principalmente, reduzindo os riscos de vítimas em combate.
Se os bombeiros que foram vítimas dos incêndios florestais deste ano “
não actuaram por aventureirismo, nem falta de conhecimentos”, então o que falhou? Se antes a "culpa" era da mudança do vento, hoje a "culpa" parece ser do abandono florestal e da mudança climática. Esta questão abre um conjunto de questões essenciais, tais como:
Foi estabelecido o Protocolo LACES? Todos os combatentes respeitaram as 10 Regras de Segurança e tiveram em consideração as 18 Situações de Risco? Conheciam e sabiam que trabalhavam na ZHM (Zona do Homem Morto)?
Exemplos como os do seguinte link demonstram falta de conhecimento e de interpretação do comportamento do fogo, pelo que arriscam-se vidas importantes com situações que campanha após campanha se repetem:
Incêndio em Arganil obrigou à evacuação da aldeia da Aveleira - País - Notícias - RTP
Não podemos nem devemos de julgar quem voluntariamente sacrifica a sua própria vida, mas a sociedade e principalmente,
todos os combatentes têm o direito de saber a causa real e as condições em que se deu um acidente, com o fim de evitarmos a repetição de situações de risco semelhantes. A documentação, a análise de incêndio e os respectivos relatórios de acidentes associados são obrigatórios para uma melhoria da segurança de quem tanto dá.Cabe-me como técnico, preocupado com o problema dos incêndios florestais e com a segurança dos combatentes, alertar o para o facto de que o combate aos incêndios não pode ser assumido como a opinião do Presidente da Liga quanto à causalidade dos incêndios florestais, pois é uma opinião baseada na sua estimativa pessoal, sem qualquer fonte que a suporte. Hoje importa, como no passado, mas recorrendo às novas tecnologias e técnicas, assessorar a importante tomada de decisão do responsável pelo combate, com base em dados registados no ambiente de fogo, na análise ao comportamento do fogo e no estrito cumprimento dos protocolos de segurança. Os incêndios florestais cada vez vão ser maiores e mais destrutivos, mas a perda da vida humana deve ser evitada a todo o custo.
"Não podemos evitar os riscos, mas podemos preveni-los."
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por Diário de um Bombeiro às 17:54
Quinta-feira, 20.09.12
Um homem foi atropelado mortalmente na madrugada desta quinta-feira na A2, em Alcácer do Sal, por uma ambulância da Cruz Vermelha de Tavira, disseram fontes da GNR e do Comando Distrital Operacional de Socorro (CDOS) de Setúbal à Lusa.
De acordo com fonte do CDOS, "o homem, de 58 anos, era residente em Alcácer e teria problemas de alcoolismo", tendo sido atropelado quando circulava a pé na auto-estrada.
"O acidente ocorreu pouco depois da meia-noite, ao quilómetro 87,5 da A2, no sentido Sul-Norte, na zona de Alcácer do Sal, causando uma vítima mortal", confirmou fonte da GNR.
Questionada sobre as circunstâncias em que se deu o acidente, a mesma fonte da guarda disse apenas que "até ao momento não são conhecidos mais pormenores sobre o que esteve na origem desta situação".
No local estiveram uma ambulância dos bombeiros de Grândola, dois bombeiros, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano e a GNR.
Fonte: Correio da Manhã
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por Diário de um Bombeiro às 17:47
Quinta-feira, 20.09.12
Uma forte explosão num posto de transformação (PT) da EDP na manhã de quinta-feira, 20 de Setembro, deixou a Tapada, no concelho de Almeirim, sem fornecimento de electricidade.
O rebentamento provocou também um incêndio no equipamento que obrigou à intervenção dos bombeiros voluntários de Almeirim e de uma equipa de descontaminação, devido aos óleos que escorriam para a rede de saneamento pública.
Segundo o relato de vários moradores à Rede Regional, foi sentida uma primeira explosão por volta das 9 horas, que deixou logo a aldeia sem luz.
Poucos minutos depois, um segundo rebentamento, bem mais forte, deixou o PT em chamas e a emanar uma espessa coluna de fumo negro.
Na primeira abordagem, os bombeiros apagaram o fogo apenas com recurso a extintores, mas, após um reacendimento que ocorreu por volta das 11h30, foram obrigados a recorrer à espuma.
Além dos voluntários de Almeirim, estão no local várias equipas de piquete da EDP para repor o fornecimento de energia eléctrica e para fazer uma avaliação dos danos.
Para já, são desconhecidas as causas da explosão.
Fonte: Rede Regional
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por Diário de um Bombeiro às 16:10
Quinta-feira, 20.09.12
FORÇA !! LUTA PELA VIDA !!

Foto:@Flavio Oliveira autorizou a publicação da foto de
PEDRO BRITO - BV Coja, que continua internado no Hospital de Coimbra
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por Diário de um Bombeiro às 16:07
Quinta-feira, 20.09.12
FORÇA !! LUTA PELA VIDA !!

Foto:@Flavio Oliveira autorizou a publicação da foto de
PEDRO BRITO - BV Coja, que continua internado no Hospital de Coimbra
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por Diário de um Bombeiro às 16:07
Quinta-feira, 20.09.12
O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores alertou para a manutenção das condições meteorológicas de tempestade tropical no arquipélago durante as próximas 24 horas, devido à passagem da tempestade Nadine.
Ao início da madrugada de hoje, esta tempestade tropical estava «estacionária» cerca de 270 quilómetros a Sul da ilha das Flores, mas deverá deslocar-se nas próximas horas para Sueste, estimando-se que esteja a cerca de 255 quilómetros do Faial às 12:00 (13:00 em Lisboa).
A previsão do Instituto de Meteorologia aponta para chuva forte, ventos até 65 km/h, com rajadas que podem atingir 95 km/h, e ondas entre sete e oito metros nas ilhas do Grupo Ocidental (Corvo e das Flores) e, posteriormente, no Grupo Central (Faial, Pico, S. Jorge, Graciosa e Terceira).
A Protecção Civil alertou ainda que «existe a possibilidade desta tempestade tropical afectar também as ilhas do Grupo Oriental (S. Miguel e Santa Maria) a partir de sábado», acrescentando que esta região do arquipélago «está sob alerta». Na sequência da manutenção das condições meteorológicas de tempestade tropical, é recomendado à população que «guarde todos os objectos soltos junto às habitações, limpe os sistemas de drenagem e consolide telhados, portas e janelas».
Fonte: Lusa/SOL
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por Diário de um Bombeiro às 11:17
Quinta-feira, 20.09.12
Adjunta do comando dos Voluntários locais já teve alta
Não consta de mais informações nesta noticia que foi publicada ontem no facebook
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por Diário de um Bombeiro às 10:32
Quinta-feira, 20.09.12
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por Diário de um Bombeiro às 10:29