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Sábado, 30.06.12

Bombeiros de Óbidos totalmente equipados

O Corpo de Bombeiros de Óbidos terminou mais um ciclo, depois do processo de investimento em Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para todo o seu corpo ativo.

Ao longo de cinco anos e depois de muito esforço, a proteção individual dos bombeiros fica assim completamente assegurada, estando os operacionais devidamente “protegidos, para proteger”. 
Todos os bombeiros estão neste momento detentores de material diferenciado, como luvas, botas, calça, casaco, capacete, cogula e peça facial, que para além das questões de segurança, proporcionam uma maior eficácia no combate aos incêndios urbanos ou florestais, ações de desencarceramento, entre outras.

Fonte: Jornal das Caldas

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por Diário de um Bombeiro às 16:09

Sábado, 30.06.12

Viatura médica de emergência e reanimação já fez 11900 saídas

Inaugurada a 15 de maio de 2002, a VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste Norte comemorou o seu 10º aniversário. Funciona 24 horas por dia e no mínimo efetua quatro saídas diariamente. A base situa-se no hospital das Caldas e a tripulação é composta por um médico e um enfermeiro. Atualmente a VMER conta com uma equipa de 17 médicos e 14 enfermeiros que se revezam em turnos. Foi no passado 15 de maio (dia da cidade), com uma exposição de fotografia, na sua sede, da autoria do fotojornalista caldense Carlos Barroso, e com um evento de convívio, que a equipa da VMER assinalou o aniversário.

A equipa tem 17 médicos e 14 enfermeiros que se revezam em turnos / foto Carlos Barroso

A VMER é um veículo de intervenção pré-hospitalar destinado ao transporte rápido de uma equipa médica ao local onde se encontra o doente. O seu principal objetivo consiste na estabilização pré-hospitalar e no acompanhamento médico durante o transporte de vítimas de acidente ou doença súbita em situações de emergência. O JORNAL DAS CALDAS falou com o seu coordenador, o médico Joaquim Urbano, que fez um balanço muito positivo destes dez anos de existência da VMER, que desde então já fez 11900 saídas, a maioria no concelho e para socorrer sobretudo casos de doença súbita e acidentes rodoviários. A sua área de influência é a do centro hospitalar (concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral e Peniche), mas vai para outros locais quando é necessário.
Joaquim Urbano disse que a vinda deste projeto para Caldas da Rainha nasceu da perceção de que havia vítimas de acidentes e de doenças súbitas que teriam um melhor prognóstico se fossem socorridas no local do acidente. Este fato levou a que um grupo de médicos e enfermeiros há mais de dez anos atrás solicitasse junto da administração do centro hospitalar caldense a criação de um serviço pré-hospitalar, que foi aceite. “Antigamente procurava-se chegar rapidamente perto da vítima e transportá-la rapidamente para o hospital. A filosofia depois mudou e verificou-se que deslocar uma equipa médica até à vítima, estabilizá-la no local e posteriormente transportá-la até o hospital era muito melhor para o doente”, explicou este médico, acrescentando que “a VMER presta socorro avançado, não transporta doentes mas permite acautelar a deslocação para os hospitais depois de prestadas as primeiras assistências, muitas vezes vitais”. Tem no seu interior medicamentos e maquinaria de eletromedicina, desfibrilhadores e equipamentos de reanimação, macas estabilizadoras, ligas, compressas e soros, conseguindo dar resposta a várias vítimas.
Joaquim Urbano recorda que em fevereiro de 2002 os médicos e enfermeiros que iam fazer parte da equipa da VMER estavam em formação nas Caldas da Rainha (Expoeste) quando foram informados de um acidente no viaduto da Fanadia, que andava a ser construído para a A15. “Curiosamente naquela manhã iria falar-se em situações de exceção de catástrofe e ela surgiu”, lembrou este responsável, acrescentando que “os formadores como tinham uma viatura completamente equipada que utilizavam para a formação dirigiram-se logo para o local acompanhados pelos médicos que estavam em formação e prestaram socorro aos feridos”. “Foi aqui que tivemos a perceção de como este serviço era fundamental vir para esta zona”, apontou Joaquim Urbano, que é o coordenador da VMER deste serviço desde o início. O enfermeiro coordenador inicial era João Gomes, mas por motivos profissionais saiu e atualmente é Luís Félix.
Os enfermeiros é que conduzem o veículo e recebem formação em condução defensiva. Segundo Joaquim Urbano, há uma preocupação muito grande na segurança. “Pretende-se conferir a quem conduz um maior índice de controlo da viatura e de segurança na sua condução, porque quando somos ativados temos uma condução diferente em relação aos restantes condutores, daí a necessidade de ter vários cuidados”, explicou este responsável, adiantando que “é fundamental a confiança que temos no enfermeiro que vai a conduzir”. “Apesar da experiência que temos há sempre uma descarga da adrenalina que nos põe em alerta. Se formos com receio da condução não chegamos em boas condições para prestar a assistência a quem necessita”, apontou o coordenador da VMER. 
Joaquim Urbano confessa que quando há um socorro a uma criança há sempre mais stress. “Nós tivemos alguns casos dramáticos relacionados com afogamentos. E quando conseguimos estabilizar a criança no local é um sentimento espetacular”, disse o médico. Setenta por cento dos casos de emergência são doença súbita e quarenta por cento são de acidentes rodoviários, quedas, afogamentos, acidentes com armas de fogo, intoxicações entre outros incidentes. “Há algumas situações de paragem cardiorespiratória em que os esforços da equipa médica e dos bombeiros é fundamental para salvar o doente”, frisou. 
Com as medidas de austeridade, Joaquim Urbano diz que a equipa da VMER, como a maioria das pessoas em Portugal, está desmotivada. “Sentimos isto também na população que socorremos, além de atendermos as vítimas também ouvimos os familiares e muitas vezes também os temos que confortar”, sublinhou o coordenador deste serviço. O médico frisou ainda “que não fazemos milagres, utilizamos os meios e conhecimentos que temos”, fazendo notar que “só faz emergência médica quem tem perfil para isso”. 
Dentro da equipa da VMER estabeleceu-se um laço de amizade. “Costumamos dizer que é a nossa segunda família”, disse Joaquim Urbano, adiantando que existe também uma ligação entre os cuidados primários de saúde e o hospital.
Passados dez anos de atividade, Joaquim Urbano continua otimista e determinado que haja mais dez anos de intervenção social. “Há medida que os anos vão passando dá-se lugar a colegas mais novos e todos passam por formação que é da responsabilidade do INEM”, disse o médico. 

Exposição assinalou aniversário da VMER

Uma exposição de fotografia, da autoria do fotojornalista caldense Carlos Barroso na sede da VMER foi um dos pontos altos da comemoração do décimo aniversário. O autor apresentou 60 imagens dos médicos e enfermeiros em momentos de descontração, já que nos anos anteriores as imagens apresentadas são de momentos de trabalho.
“Costumo tirar as fotos quando a equipa está em socorro. Este ano achei que estava na altura da população vê-los de uma forma mais descontraída, então decidi tirar as fotos no seu local de trabalho mas onde cada um, ou em grupo, brincou um pouco com a sua ferramenta de socorro, desde o carro, à mochila, dando um pouco de ironia ao uso dos seus utensílios”, explicou. 
Carlos Barroso tem uma paixão pela fotografia na área da saúde. “Desde que a VMER entrou em funcionamento nas Caldas que tenho acompanhado de perto o trabalho destes profissionais”. As imagens capturadas pelo fotógrafo são um testemunho da coragem e força desta equipa que faz tudo para salvar vidas.

Fonte: Jornal das Caldas


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por Diário de um Bombeiro às 16:07

Sábado, 30.06.12

Incêndio em roulote faz vítima

Um incêndio deflagrou ontem à noite, pelas 23h00, numa roulote, na Sobreda da Caparica, em Almada.

O fogo provocou queimaduras a uma vítima, que teve de foi assistida no local. 

A controlar as chamas estiveram 22 bombeiros da Trafaria e de Almada com seis veículos de socorro.

O incêndio foi extinto por volta da meia noite, disse ao CM fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal.

As causas do incêndio estavam ao final da noite de sexta-feira a serem apuradas.

Fonte: CM

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por Diário de um Bombeiro às 16:03

Sábado, 30.06.12

Incêndio em hotel deflagrou ao final da manhã

Um incêndio deflagrou hoje ao final da manhã no Hotel dos Anjos, em Lisboa, estando a ser combatido por 36 elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros.

O hotel tem cinco pisos, havendo fogo no segundo andar, disse à agência Lusa fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

O edifício foi evacuado, não havendo registo de feridos até ao meio-dia.

Os bombeiros têm no local sete viaturas.

Fonte: RTP

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por Diário de um Bombeiro às 15:56

Sábado, 30.06.12

Obama visita área atingida por incêndio no Colorado e polícia procura vítimas

O presidente americano, Barack Obama (C),
conversa com bombeiros durante visita
a àrea afetada por incêndio em
Colorado Springs
(AFP, Brendan Smialowski)
COLORADO SPRINGS, EUA — O presidente americano, Barack Obama, visitou nesta sexta-feira os restos de um vasto incêndio no Colorado (oeste), que deixou um morto e queimou centenas de casas, enquanto polícia e bombeiros procuravam vítimas em meio às cinzas.

O incêndio, que teve início no sábado e chegou esta terça-feira à cidade de Colorado Springs, destruiu 346 moradias, forçou a evacuação de 36.000 pessoas e deixou pelo menos um morto, segundo autoridades. O fogo ainda ameaça 20.000 casas e 160 prédios comerciais.

O presidente foi ao Colorado para avaliar danos e incentivar os bombeiros após ter declarado a região afetada "área de desastre".

Enquanto isso, equipes de resgate e emergência buscavam restos humanos em meio às cinzas das casas destruídas no incêndio, denominado Waldo Canyon Fire, surgido inicialmente em uma área florestal nos arredores de Colorado Springs.

A caravana presidencial percorreu ruas com casas completamente incendiadas e tubulações derretidas por onde jorrava água.

O presidente, que se mostrou impressionado com os danos, apontou três casas que estavam de pé em meio à destruição: "O que fizeram para proteger estas casas?", perguntou a um grupo de bombeiros.

Um dos homens explicou que encharcou as casas com água, mas que precisou tomar a decisão de deixar que algumas queimassem.

"Digo-lhes uma coisa, vocês fizeram uma grande diferença na vida destas famílias", disse Obama aos bombeiros.

Na quinta-feira, o prefeito da cidade, Steve Bach, declarou que as chamas reduziram a cinzas 346 residências.

O chefe de polícia de Colorado Springs, Peter Carey, disse à imprensa na noite de quinta-feira que um corpo havia sido encontrado entre os escombros provocados pelas chamas nos arredores desta cidade, deixando uma primeira vítima fatal desde que começou este incêndio voraz, no sábado.

A polícia procura agora pelo menos 10 desaparecidos.

O incêndio, que arrasou 6.700 hectares, é o pior desastre que Colorado sofreu em sua história em termos de residências destruídas.

Na sexta-feira, as causas do desastre continuavam desconhecidas e o incêndio estava controlado em 15%, segundo o Sistema Nacional de Informação de Incidentes.

Cerca de 40 incêndios afetam atualmente o oeste dos Estados Unidos, submetido a temperaturas de calor extremo. Os mais importantes se observam nos estados de Colorado, Utah, Montana, Novo México e inclusive o Alasca. 
 
Copyright © 2012 AFP

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por Diário de um Bombeiro às 13:52

Sábado, 30.06.12

Google testa ferramenta que alerta para fogos florestais

Os recentes fogos florestais no estado do Colorado, Estados Unidos, serviram de teste para o Google e a Esri – empresa especializada em informações geográficas –, testarem uma nova ferramenta que alerta e actualiza para os fogos florestais.

Para além de servir como importante fonte para as autoridades serem informadas do que se está a passar em tempo real, a ferramenta – um mapa – ajudar a prever para onde o fogo se vai deslocar, ajudando a população local nos programas de evacuação.

“A principal utilização [desta ferramenta] é para os residentes que estão à espera de informações sobre para onde se desloca o fogo, se terão de ser evacuadas ou não”, explicou ao Huffington Post Michael Goodchild, geógrafo da Universidade da Califórnia. Segundo o responsável, os cidadãos costumam utilizar mapas online para descobrir os abrigos mais próximos da sua casa ou até preparar percursos para conduzir até pontos de evacuação.

Segundo Michael Goodchild, as pessoas confiam mais nesta ferramenta que nas informações oficiais. O geógrafo diz que os mapas não-oficiais podem ser actualizados assim que a informação é recebida, enquanto os mapas do Governo têm de esperar pela confirmação de uma determinada informação.

A ferramenta da Esri e Google combina dados oficiais e de fontes não-governamentais. O Google Maps mostra os locais onde os fogos estão activos, o seu perfil, os locais de abrigo ou evacuação e fotos tiradas na última hora. Os dados combinam informações do estado do Colorado, do serviço geográfico norte-americano, imagens de satélite da NASA e da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Para as fotos, o Google utiliza o webcams.travel.

Os mapas da Esri mostram a localização do fogo, áreas queimadas, direcção do vento, precipitação e áreas em perigo. Recolhe também todos os tweets sobre o assunto e vídeos do YouTube.
 
 
por GreenSavers

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por Diário de um Bombeiro às 13:50

Sábado, 30.06.12

Incêndios: "Fase Charlie" do DECIF 2012 inicia-se a 1 de julho

Vai ter início no domingo, 1 de julho, a Fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para o corrente ano, informou hoje a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Esta fase contará, até ao dia 30 de setembro, com o empenhamento de 9324 operacionais e 1982 veículos pertencentes aos Corpos de Bombeiros, Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), Força Especial de Bombeiros “Canarinhos” da ANPC, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e AFOCELCA, apoiados por 44 meios aéreos. Saliente-se que a GNR assegurará, ainda, o funcionamento de 237 postos de vigia.

A ANPC releva o empenho de todas as forças e instituições que integram o Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), e que diariamente cooperam na luta contra o flagelo dos incêndios florestais, relembrando todavia o enorme papel do cidadão - que deve evitar assumir comportamentos de risco - para que o objetivo de redução da área ardida anual seja uma constante.


fonte: DiáriOnline

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por Diário de um Bombeiro às 13:47

Sábado, 30.06.12

Lisboa: Incêndio em hotel deflagrou ao final da manhã

Um incêndio deflagrou hoje ao final da manhã no Hotel dos Anjos, em Lisboa, estando a ser combatido por 36 elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros.

O hotel tem cinco pisos, havendo fogo no segundo andar, disse à agência Lusa fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

O edifício foi evacuado, não havendo registo de feridos até ao meio-dia.


Diário Digital / Lusa

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por Diário de um Bombeiro às 13:46

Sábado, 30.06.12

Bombeiros de Monção já têm nova direção, após vazio que durava desde fevereiro

Monção, 29 jun (Lusa) - A associação dos bombeiros de Monção elegeu hoje a nova direção, depois de quatro tentativas falhadas por falta de listas candidatas, devido às dificuldades financeiras que a corporação atravessa.

"Sempre que precisámos de ajuda, os bombeiros estão lá. Desta vez, sentimos que eram os bombeiros que precisavam da nossa ajuda", explicou Jorge Almeida, eleito hoje à noite presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção.

A este ato eleitoral concorreu uma única lista e participaram na votação cerca de 50 associados.

"Temos a missão de tentar equilibrar a situação financeira da associação, tarefa que sabemos ser gigantesca. No entanto, o sentido de responsabilidade falou mais alto", acrescentou o novo presidente da direção, que deverá tomar posse na próxima semana.

A 21 de fevereiro, a direção anterior apresentou a demissão, um mês depois de vencer as eleições, alegando a situação financeira herdada da gestão anterior e que afirmaram desconhecer quando se candidataram

Só a divida a fornecedores da corporação ascendia, no início do ano, a mais de 280 mil euros, mas foi entretanto reduzida em 100 mil euros.

Uma assembleia-geral eletiva chegou a ser marcada para 20 de março, mas não se concretizou devido à falta de listas candidatas, o mesmo acontecendo com a segunda, agendada para 04 de maio e igualmente uma semana depois.

A 26 de abril, a direção, então demissionária, avançou para a renúncia efetiva ao cargo, o que obrigou à nomeação de uma comissão de gestão, que tem vindo a assegurar o funcionamento da corporação.

Apesar do passivo total de 180 mil euros, os bombeiros de Monção afirmam ser credores em cerca de 100 mil euros do ministério da Saúde, relativos a transportes e serviços efetuados ainda em 2011.

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por Diário de um Bombeiro às 13:44

Sábado, 30.06.12

Helder Amaral: «Quem Salva os Bombeiros Municipais»

O deputado do CDS-PP, eleito por Viseu, Hélder Amaral, deixa aqui a sua opinião.
 

Quem salva os Bombeiros Municipais
 

«Não consigo calar esta revolta. Deixo uma declaração inicial: ninguém dos Bombeiros Municipais de Viseu (BMV) me encomendou o “sermão”; este resulta de uma conversa com elementos do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, que me relataram como são tratados os Bombeiros Municipais da minha terra, e como quem não se sente não é filho de boa gente, não posso calar o que me foi contado.
 
Tenho o maior respeito pelas opções políticas de quem foi eleito de forma tão clara, mas a cidade merece uma explicação da parte do Município: os Bombeiros Municipais são para acabar ou não? Que falha ou crime cometeram para serem, como parece, completamente esquecidos pela Autarquia? Tem a Autarquia alternativa para os serviços que os Bombeiros Municipais oferecem? Convém recordar que o Presidente da Câmara é o responsável da proteção civil, e que o que pode estar em causa é a segurança de pessoas e bens…
 
Estava eu a teclar estas desajeitadas palavras quando sou assaltado por um sinal de mensagem acabadinha de entrar no meu telemóvel. Pensei aguardar, mas a curiosidade falou mais alto e fui ver. Em boa hora alguém, que não consigo identificar, mas a quem presto aqui o meu agradecimento, alertava – e vou citar: “os BMV têm desde Janeiro o único carro urbano do concelho capaz de combater incêndios em altura na oficina. O orçamento de reparação são de 3 mil euros. Se houver fogo acima do quarto andar, só pedindo ajuda fora do concelho”. 

Pedir ajuda não envergonha ninguém, mas alguém consegue perceber que não haja 3 mil euros para este efeito, mas existam 25 mil euros para a criação de um circuito de manutenção “medicalizado”, dando a possibilidade aos utilizadores de efetuarem alguns exames à sua condição física? O que deve ter prioridade: a segurança e prevenção do risco da população, principalmente numa altura em que o perigo de incêndio aumenta à velocidade do mercúrio, ou uma redundante oferta de exames físicos? Nada me opõe, por princípio, aos exames à condição física de cada um: é bom manter a saúde sob vigilância.
Mas existem vários empresários que investiram muitos euros e oferecem hoje com rapidez e qualidade todos os meios complementares de diagnóstico. Bem sei que não faltam voluntários para as referidas análises: basta uma passagem em ritmo de joking pelos blogues da cidade para ver que não faltam especialistas em toque retal ou apalpação mamária.
 
De regresso à seriedade que o tema obriga, sugiro que se compare, por exemplo, Viseu e o Município de Coimbra. Este último oferece uma Unidade de Bombeiros Sapadores com valências que passam por incêndios urbanos e Industriais, socorro em cheias, inundações e tempestades, acidentes com risco ambiental ou materiais perigosos, acidentes em meio aquático, deslizamento e colapso de estruturas, entre outras mais triviais, como fogos florestais, etc.. O quadro de pessoal é composto por 138 efetivos. Percebe-se a diferença. Será que Coimbra é assim tão diferente de Viseu?

O concelho de Viseu tem uma área geográfica bastante grande, com uma vasta área florestal desordenada e um centro histórico com elevada carga térmica (dada a antiguidade da construção). O tecido empresarial do concelho cresceu ao longo dos últimos anos, existindo cada vez mais indústria que utiliza máquinas e aparelhos complexos que, em caso de utilização imprudente e desinformada, podem conduzir a acidentes. A rede rodoviária que faz parte integrante deste Município é constituída por várias estradas nacionais, municipais e ainda por estradas de grande volume de tráfego, como são os casos da A 24, a A 25 ou do IP 3. Os nossos Bombeiros Municipais têm mais de 100 anos, têm património e história que importa preservar e mostrar, mas parecem precisar que desta vez sejamos nós a ligar o 112.
 
Os BMV têm um forte deficit de pessoal, apenas 8 bombeiros por piquete. Um estudo levado a cabo pela ANBP/SNBP aconselha um aumento urgente do número que meios humanos, dado que nos próximos 2 anos se vão aposentar 15 elementos da corporação. A Câmara Municipal de Viseu procedeu à abertura de um concurso (Outubro de 2008) com vista à admissão de 7 bombeiros; contudo, em Janeiro de 2011 os apurados nas provas de admissão foram informados que o respetivo concurso tinha sido cancelado. O Decreto-Lei n.º247/2007 diz, sobre a organização dos corpos de bombeiros, o seguintes:

“a) São criados, detidos e mantidos na dependência direta de uma câmara municipal; 
b) São exclusivamente integrados por elementos profissionais; 
c) Detêm uma estrutura que pode compreender a existência de regimentos, batalhões, companhias ou secções, ou pelo menos, de uma destas unidades estruturais; 
d) Designam-se bombeiros sapadores.”.
 
Os nossos, até à data, não foram merecedores dessa “honra”. É urgente saber o que se quer para o
futuro destes Homens da Paz.
 
Hélder Amaral – Deputado CDS-PP – Viseu, 29 de Junho de 2012»


fonte: ViseuMais

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por Diário de um Bombeiro às 13:44

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