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Sexta-feira, 02.03.12

Deputados e cidadãos unânimes na defesa da manutenção das especialidades existentes no hospital das Caldas


A discussão sobre a fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte com o Centro Hospitalar de Torres Vedras levou, na terça-feira de Carnaval (21 de Fevereiro), mais de 300 pessoas à Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, que decorreu no CCC.
A reunião ficou marcada pelas intervenções do público, que defendeu a importância da saúde para a cidade e a manutenção de todas as especialidades existentes actualmente no hospital.
Em discussão esteve também a petição lançada dias antes pelos partidos de esquerda, e que contava já com mais de duas mil assinaturas. Convertido em moção, pelo PS, o documento será agora analisado pela segunda comissão de modo a chegar-se a um consenso.
A discussão prolongou-se durante mais de quatro horas e, sem esgotar os pedidos de intervenção dos partidos, terá continuidade no dia 6 de Março, desta vez no auditório municipal.

O médico António Curado foi o primeiro a intervir e mostrou, em nome do Conselho da Cidade, a “extrema preocupação” pela situação a que a região chegou no que respeita aos serviços hospitalares. Considera que as notícias que têm saído a público não são esclarecedoras, prevalecendo a ideia de que as reestruturações de serviços estão a ser preparadas em “gabinetes fechados, mantendo a população no desconhecimento”. António Curado quer que os cidadãos sejam chamados à discussão, até porque depois de “enormes promessas”, a

Para José Serralheiro é preciso evitar a “descaracterização e despromoção” dos hospitais caldenses

cidade “corre o risco de ver defraudadas, mais uma vez, as suas expectativas”.
O médico lembrou que há 35 anos que se fala na necessidade de alargamento do hospital caldense e em planos directores para o efeito. Há 16 anos foi concluída uma primeira fase de ampliação e ficou-se a aguardar, “sem sucesso”, pela prometida segunda fase. Com a fusão, há três anos, dos hospitais das Caldas da Rainha, Alcobaça e Peniche (criação do CHON), “gerou-se a expectativa de que essa estrutura organizativa correspondesse ao embrião da construção de uma nova unidade hospitalar para toda a região Oeste Norte”, lembrou, acrescentando que a indecisão dos autarcas levou a que a solução fosse mais uma vez protelada.
Agora fala-se em fusão dos centros hospitalares e António Curado adverte que grande parte da população se confronta com dificuldades várias, ficando ainda mais limitada no acesso a determinados cuidados de saúde. E destacou que a falta de condições de infra-estruturas hospitalares, a dificuldade em atrair médicos de algumas especialidades e o elevado défice hospitalar não são culpa da população.

Para Teresa Serrenho o problema das Caldas é ser governada por dois senhores: o poder autárquico e o poder do hospital

António Curado exigiu responsabilidade e compromisso dos eleitos, realçando que “a troika e o momento económico presente não chegam para justificar à população o quanto vai perder”.
Para o também membro do Conselho da Cidade, esta fusão de hospitais só se poderia justificar na perspectiva de“criação de uma nova e moderna unidade hospitalar que servisse toda a região do Oeste e localizada no seu centro geográfico, que é Caldas da Rainha”. Perante uma plateia de mais de 300 pessoas deixou a exigência de que o hospital continue a ser uma instituição de referência na cidade e na região, que mantenha a sua diferenciação clínica e que não perca valências clínicas fundamentais ou serviços.
Mas caso tenha que ocorrer a união gestionária de diferentes hospitais, Caldas da Rainha “não pode perder a natural função centralizadora dos cuidados hospitalares da região” e a urgência médico-cirúrgica não deve ser perdida. Também a saúde materno-infantil deve ser “integralmente preservada”, implicando a existência de maternidade e serviço de Pediatria, acrescentou António Curado, aconselhando ainda a valorização das áreas da Reumatologia e da Medicina Física e reabilitação associadas às águas termais.

“MÁS PRÁTICAS DE GESTÃO HOSPITALAR”, ACUSA JOSÉ MARQUES SERRALHEIRO

Também presente na reunião, o administrador hospitalar José Marques Serralheiro lembrou o projecto “Hospital Oeste Norte”, do qual foi mentor e que defende desde Setembro de 2001. Falou das “más práticas de gestão do CHON, espelhadas numa dívida de cerca de 50 milhões de euros e 15 milhões de euros de défice em 2011”, para concluir que agora apenas resta minorar os prejuízos. José Serralheiro considera que é preciso garantir um perfil de valências que não provoquem a “descaracterização e despromoção” do Hospital das Caldas, que

José Carlos Faria disse que as decisões estão nas mãos de barões que não têm em vista o bem comum

garantam, pelo menos, 90 % dos empregos e não reduzam“drasticamente” a acessibilidade da população aos cuidados hospitalares actualmente existentes.
O administrador hospitalar defendeu ainda que o Oeste Norte não pode desistir da edificação de um novo hospital, agora do Oeste (HO), pois a sua necessidade existe e a justificação técnica já está, por demais, fundamentada e argumentada. Na sua opinião compete agora aos autarcas da OesteCIM “assumir a co-responsabilidade por este falhanço na defesa dos superiores interesses regionais e de 250 mil oestinos”.
Insistiu, por isso, na necessidade de adquirir o terreno para a sua implantação, com 15 hectares, localizado nas Caldas da Rainha, e na necessidade de assinar o contrato de promessa compra e venda com o objectivo de o cativar e reservar para, logo que seja possível, avançar para a sua construção.
José Serralheiro sugeriu ainda que seja encontrado um promotor privado,“nacional ou estrangeiro, que previamente assine um protocolo com o Serviço Nacional de Saúde, de forma a garantir o direito à acessibilidade às populações, nos mesmos termos dos hospitais públicos”.

“É TEMPO DE DEIXARMOS DE SER ÁGUAS MORNAS”

Mário Gonçalves quer manter nas Caldas uma unidade de saúde diferenciada com as 23 especialidades que integram o seu quadro

A caldense Teresa Serrenho, do Movimento Viver o Concelho, recuou aos anos 60 para falar do retrocesso da cidade, que outrora foi “cosmopolita, desenvolvida comercial, industrial e culturalmente”. Exemplos disso mesmo são a falta de indicação da cidade nas placas da auto-estrada, enquanto que nas localidades limítrofes de Lisboa ainda se encontram placas antigas a indicar Caldas da Rainha.
A dirigente associativa lembrou ainda que nas Caldas existem das termas mais antigas da Europa e que não tem sido aproveitado o seu incremento, tal como tem acontecido no resto do país.
“O problema da cidade é ser governada por dois senhores, por um lado o poder autárquico e, por outro, o poder do hospital, proprietário dos ex-libris da cidade”, fez notar. Teresa Serrenho lembrou o carinho com que as mães falam da cidade onde nasceram os seus filhos e considera que o poder não pode dividir o espólio e as valências hospitalares, “como se de um jogo de cartas se tratasse”.
Segundo a responsável do Movimento Viver o Concelho, não se podem colocar aspectos económicos e financeiros acima da saúde e da vida dos cidadãos, e estes devem ser ouvidos nestes assuntos. “Este é o momento de deixarmos de ser águas mornas e de tudo consentirmos, para passarmos a defender o direito à saúde e à importância das Caldas na nossa região”, concluiu.

“A INCONSCIÊNCIA DE PROPOR O ENCERRAMENTO OU A PRIVATIZAÇÃO DO HOSPITAL TERMAL”

Já José Carlos Faria, actor do Teatro da Rainha e militante da CDU, mostrou a sua apreensão quanto ao futuro do Hospital Termal. Depois de consultar duas versões da proposta de reorganização dos cuidados hospitalares da região

Mais de 300 pessoas assistiram à reunião que decorreu no CCC

Oeste (uma de Janeiro e outra de Fevereiro), percebeu que o primeiro estudo previa uma poupança de 27,5 milhões de euros e o segundo de 15,9 milhões de euros. “Há uma diferença abissal” entre os estudos, que o leva a questionar a sua credibilidade, até porque “as medidas propostas são basicamente as mesmas”.
Entre as medidas apresentadas pelo Ministério da Saúde, um dos aspectos que o chocou particularmente é a “inconsciência de propor, pura e simplesmente, o encerramento do hospital termal ou a sua privatização e entregue a concessão, por uma verba irrisória, a um particular”. José Carlos Faria denuncia que não são tidas em conta as virtudes terapêuticas do uso do termal, tanto mais que são a especificidade de uma instituição que é matriz fundadora e que lhe dá o nome à cidade.
“Parece-nos que estas decisões estão nas mãos de barões e faz-me alguma espécie que o bem comum esteja dependente de alguns milhões”, criticou o actor.

“UMA OFENSA GRAVE E UM ULTRAJE À NOSSA COMUNIDADE”

Os deputados municipais vão continuar a discutir o assunto no dia 6 de Março

O caldense e ex-administrador do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, Mário Gonçalves, considera a possibilidade de encerramento do Hospital Termal uma“ofensa grave e um ultraje à nossa comunidade”, devendo este ser defendido pelos eleitos.
Referindo-se à possibilidade de fusão dos dois centros hospitalares, com a criação do CHO, Mário Gonçalves considera que quem deveria estar preocupado não seria a Caldas da Rainha, mas sim Torres Vedras porque tem perto de si hospitais sobredimensionados que lhe fazem concorrência (como é o caso de Loures e Vila Franca de Xira).
“Nesta competição entre instituições não está em causa a sua competência, mas o histórico, o número de valências que têm e o trabalho que tem sido executado em favor da população abrangida”, disse o responsável, que defende para as Caldas uma unidade de saúde diferenciada, com respeito pelas 23 especialidades que integram o seu quadro.
Mário Gonçalves defendeu ainda a permanência do Conselho de Administração do novo Centro Hospitalar nas Caldas da Rainha.

PETIÇÃO NÃO REÚNE CONSENSO ENTRE OS DEPUTADOS

O presidente da Câmara, Fernando Costa, começou por dizer que não possui qualquer documento formal da ARS sobre a proposta de fusão dos centros hospitalares. No entanto, face às notícias que foram saindo na comunicação social, solicitou há quatro semanas uma reunião com esta entidade, na qual lhe explicaram que apenas existe uma base de trabalho e que ainda pretendem reunir com todos os autarcas e deputados eleitos pela região.
O edil rebateu a ideia de que a decisão esteja a ser feita em gabinetes fechados, destacando que o assunto está a ser partilhado com mais ou menos conhecimento por autarcas, deputados e administrações hospitalares.
Aos presentes deixou a garantia de que a administração do futuro CHO não sairá das Caldas, assim como a Urgência médico-cirúrgica e a Maternidade. Já a Cirurgia de Ortopedia e outras cirurgias programadas vão para Torres Vedras.
Fernando Costa propôs um acrescento na petição – lançada após o debate promovido pelo PS, CDU e BE no passado dia 15 de Fevereiro -, onde constasse a fundamentação de que Caldas é uma cidade termal, a necessária ampliação da segunda fase do hospital e, no futuro, quando houver verba, a construção de uma nova unidade.
O PS não reagiu bem a esta proposta, até porque a petição já possui mais de duas mil assinaturas. “Só num fim-de-semana conseguimos mais de mil assinaturas na Rua das Montras”, afirmou o deputado socialista Jorge Sobral, acusando o edil de nada fazer e de não ter “moral” para alterar o documento.
A petição original viria a ser entregue na mesa sob forma de moção e será agora debatida na segunda comissão, de forma a obter um consenso que permita a todos os partidos assinarem o documento.
Jorge Sobral lembrou ainda que esta reunião foi feita porque o PS escreveu, no dia 6 de Fevereiro, ao presidente da Assembleia Municipal a solicitar um encontro o mais cedo possível para debater este assunto. O deputado socialista considera também um desrespeito pelas instituições, que os deputados não tivessem sido informados pelo autarca das reuniões e garantias que estava a ter por parte da ARS.
Jorge Sobral quer também que haja caldenses no Conselho de Administração do novo CHO, dando como exemplo os nomes dos médicos António Curado, António Martins ou José Ferreira.
A sua colega de bancada, Luísa Arroz, considera que a proposta de extinção do CHON “só pode ser lida na linha de pensamento do processo de desestruturação e de desinvestimento nos serviços públicos do actual governo”. A deputada socialista, numa intervenção irónica e crítica da situação actual do país, fez mesmo comparações à Espanha de Franco e disse que“passámos da claustrofobia democrática para a claustrofobia autoritária”.
O deputado António Ferreira (PS) ficou ainda mais preocupado depois de ler o documento da ARS, destacando que “as exigências da rentabilidade financeira estão a pôr em causa os direitos fundamentais do acesso à saúde”.
António Ferreira questiona onde ficará, com a fusão, o INEM e a VMER, e perguntou se, por exemplo, houver um acidente num jogo de futebol na Mata o jogador terá que ir para Torres Vedras. Além disso, o deputado explicou ainda que o hospital é um serviço público de forte empregabilidade e que o abaixamento de serviços do hospital das Caldas trará mais crise à cidade.
Na sua opinião, a saúde para as Caldas é uma questão de identidade, lembrando que a cidade já perdeu a cerâmica e está a deixar de ser a capital do comercio a céu aberto.

“O QUE SE PRETENDE É FAZER NEGÓCIO COM A SAÚDE”

O deputado Vítor Fernandes (CDU) realçou que neste caso não está apenas em causa as Caldas, mas todos os municípios abrangidos pelo CHON. “O hospital de Alcobaça está em risco de encerrar e ser entregue à Misericórdia, passando vários serviços para o centro de saúde, e o de Peniche também tem uma proposta de redução financeira”, denunciou.
Vítor Fernandes criticou também a possibilidade do Hospital Termal passar para privados e questionou para que foi feito um estudo sobre o seu futuro (por um especialista do ISCTE) que custou 75 mil euros, se depois não serve para nada. Preocupa-o ainda o facto do documento da ARS não fazer qualquer referência ao Serviço Nacional de Saúde e de falar num plano de negócios que permite ao novo CHO desenvolver uma nova gestão de cariz empresarial. “O que se pretende é fazer negócio com a saúde e nós estamos completamente contra”, sustentou Vítor Fernandes, lembrando que esta fusão também trará desemprego.
Fernando Rocha (BE) disse que querem “transformar o hospital num centro de saúde de segunda classe”. E porque é muito teimoso, como o próprio reconheceu, voltou a ler a intervenção que fez na iniciativa promovida pela esquerda no CCC.
“Esta questão do hospital representa a hipocrisia da direita sem escrúpulos, princípios e valores”, disse o deputado bloquista, apelando à mobilização do povo na rua contra a extinção deste centro hospitalar.
Dirigindo-se a Manuel Isaac, Fernando Rocha referiu que o deputado e vereador centrista não gostou da sua última intervenção (a 15 de Fevereiro no debate que decorreu no CCC) mas considera que o CDS/PP é cúmplice do que se está a passar porque está no governo, pelo que “se não concordam que se desmarquem”.

“EMBORA O ASSUNTO SEJA PREOCUPANTE NÃO É URGENTE”

Duarte Nuno (CDS/PP) considera que ainda não era tempo de se discutir esta situação. “Embora o assunto seja preocupante, não é urgente e estamos a subverter a mecânica normal dos acontecimentos”, disse, acrescentando que o assunto devia ser estudado e decidido em gabinete e, só depois debatido, pois nesta altura não há nenhum anúncio formal sobre o que vai acontecer.
O deputado centrista considera que o PS agiu mal ao não ter pedido a união de todos os partidos e ter organizado um debate apenas com os partidos de esquerda. Para além disso, não “deixaram falar a única pessoa que teria alguma coisa para dizer”, disse, referindo-se ao deputado da Assembleia da República, Manuel Isaac, que abandonou a sala nesse mesmo debate, depois de ter sido insultado por um dos elementos do público.
Duarte Nuno falou ainda do silêncio de Jorge Sobral (PS) relativamente a estas matérias quando estava no Governo Civil e lembrou que o Plano para o Oeste, assinado por José Sócrates e os autarcas da região, previa a construção de um novo hospital, e que nada foi feito.
O deputado centrista propôs que se criasse uma comissão da Assembleia com a participação de todos os partidos para se chegar a um acordo de texto e alertou que, se continuarem com a teimosia, “Caldas vai aparecer dividida junto do governo”.
A deputada Fernanda Machado (PSD) explicou que a necessidade de concentração dos serviços entre Caldas e Torres Vedras é justificada numa tentativa de resolução da grave situação financeira dos hospitais da região. No entanto, espera que a Maternidade, Pediatria e Obstetrícia se mantenham na cidade e deseja que “esses serviços tenham a actualidade que todos merecemos”. Já a sua colega de bancada, Filomena Rodrigues, lembrou o facto de o hospital ter cumprido uma missão “importantíssima de participação na formação dos jovens” e considera importante que a cidade promova as condições para que não se perca a qualidade que tem existido.

ABERTA EXCEPÇÃO PARA AS EXPLICAÇÕES DOS VEREADORES

Fernando Costa pediu para os vereadores e deputados na Assembleia da República, Manuel Isaac e Maria da Conceição Pereira usarem da palavra para completar as explicações da Câmara. O pedido não foi bem acolhido pela bancada do PS, que ameaçou abandonar a reunião se o seu vereador presente, Rui Correia, não pudesse também usar da palavra. Fernando Costa cedeu “à chantagem”, como o próprio fez questão de dizer, permitindo assim que todos os vereadores usassem da palavra sobre o assunto em debate.
O vereador Rui Correia escusou-se a responder a “todas as posições insultuosas” do presidente da Câmara, lembrando que as primeiras informações que tinham eram imprecisas e que, por isso, realizaram as iniciativas para obter mais respostas.
Referindo-se à petição que deverá ser entregue na Assembleia da República, o vereador informou que o texto do documento não é do PS e que tudo fizeram para que este tivesse a “maior abrangência e que fosse o menos politizado possível”. 
Já o vereador e deputado da Assembleia da República, Manuel Isaac, soube da possibilidade de fusão dos centros hospitalares pela comunicação social e desde então tem tentado saber o que se está a passar. Informaram-no [no Ministério da Saúde] que está a ser feito um estudo que, depois de completo, seria discutido por todos os que têm responsabilidade nesta matéria.
No caso da petição, considera que pior recado que podem dar é ela não ter a unanimidade de todos os partidos. “É o primeiro sinal que podemos dar a quem nos governa que estamos unidos”, disse, apelando à colaboração de todos.
A sua colega na Assembleia da República, Maria da Conceição Pereira (PSD), informou que já na anterior legislatura teve a preocupação de fazer alguns requerimentos ao Ministério da Saúde, nomeadamente sobre a ausência de nomeação do Conselho de Administração, que atrasou vários meses.
A também autarca lembrou que já no dia 1 de Fevereiro a maternidade esteve encerrada e houve partos que foram desviados para Torres Vedras, e nesse mesmo dia teve o cuidado de perguntar ao Ministério da Saúde o que se passava.
Reunida a 2 de Fevereiro com o responsável da ARS, Maria da Conceição Pereira fez-lhe ver que Caldas da Rainha tinha a sua génese na saúde e no Hospital Termal, pelo que “muito dificilmente” os caldenses aceitariam perder este equipamento.

CÂMARA QUER CONSELHO DA CIDADE NA GESTÃO DO PARQUE E MATA

O presidente da Câmara já reuniu duas vezes com a direcção do Montepio para saber do seu interesse em explorar o Hospital Termal caso seja impossível este continuar no Serviço Nacional de Saúde. Fernando Costa disse ainda que o Ministério da Saúde nunca se poderia desligar totalmente do Hospital Termal, mantendo uma parceria ou contrato, e fiscalizando o que ali se passa.
Nas reuniões que teve com a administração hospitalar o autarca foi informado que estes não têm dinheiro para aplicar no parque e na mata. Fernando Costa já transmitiu ao ministro da Saúde e ao presidente da ARS que a Câmara estaria disponível para comparticipar com 50% das despesas, desde que o parque e a mata continuassem na alçada do ministério.
Por outro lado, caso a sua gestão seja entregue à autarquia, o edil quer que o Conselho da Cidade seja convidado para participar e que o governo garanta a candidatura da autarquia a fundos comunitários, de forma a permitir a reabilitação e preservação de todo aquele espaço. “É uma verba que nunca custará menos de cinco a sete milhões de euros”, disse Fernando Costa.


Fonte: Fátima Ferreira gazetacaldas

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por Diário de um Bombeiro às 21:09

Sexta-feira, 02.03.12

Bombeiros de Mangualde recebem ambulância

Bombeiros de Mangualde receberam na sexta-feira, a ambulância de transporte de doentes que venceram no projeto quartel eletrão…uma iniciativa da Ambe 3 E, Associação de Recolha de residuos eletricos e eletronicos em fim de vida.
Recordo que os voluntários mangualdenses participaram durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro, no concurso de recolha de resíduos e conquistaram o primeiro lugar, ao recolherem cerca de 115 toneladas de lixo.
Na iniciativa participou mais de uma centena de corporações do país.
Para João Soares, o presidente da direção dos bombeiros voluntários de Mangualde, a participação no concurso foi um desafio para ganhar
A par da entrega da ambulância de transporte de doentes, os bombeiros de Mangualde assinaram também com a Ambe 3, um protocolo para o quartel ser um ponto de receção de equipamento elétrico e elétronico em fim de vida.
Por cada tonelada de resíduos recolhidos os bombeiros mangualdenses recebem uma verba.
Presente na cerimónia esteve também o presidente do município de Mangualde…João Azevedo mostrou-se satisfeito pelos voluntários mangualdenses terem vencido o concurso quartel eletrão e ao mesmo tempo o facto do concelho ter ficado mais limpo desses resíduos elétricos e elétronicos.

Fonte: Rádio Mangualde


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por Diário de um Bombeiro às 21:04

Sexta-feira, 02.03.12

Bombeiros: é "muito importante" que Cavaco Silva esteja atento

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses considera "muito importante" que o presidente da República esteja atento aos problemas das corporações, que atravessam graves dificuldades financeiras.
"O presidente da República disse que estava atento a estas questões. É mais do que suficiente. O mais alto magistrado da nação ouvir da forma que nos ouviu e com a atenção que nos ouviu para nós é muito importante", afirmou esta sexta-feira Jaime Marta Soares, no final de uma audiência com Cavaco Silva.
O conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) esteve reunido com o presidente da República, a quem transmitiu as dificuldades financeiras que muitas corporações de bombeiros estão a passar "fruto da incompreensão do Ministério da Saúde", no que toca ao transporte de doentes não urgentes em ambulâncias.

Jaime Soares adiantou que os cortes neste tipo de transporte estão a colocar muitas corporações de bombeiros "numa situação difícil e de ruptura económico-financeira", podendo estar em causa a capacidade operacional em termos de protecção civil, nomeadamente combate aos incêndios florestais e prestação de socorro.

Sobre o regulamento do transporte não urgente de doentes, o presidente da LBP afirmou que não vê "horizontes muito felizes, nem luz ao fundo túnel, tais são ainda as diferenças que há com o Ministério da Saúde".

Jaime Soares sublinhou que os bombeiros ainda podem encontrar uma solução para a tabela de preços, mas estão contra ao que chamam "transporte low cost".

A proposta do Ministério da Saúde contempla a possibilidade das viaturas ligeiras serem autorizadas a fazer o transporte não urgente de doentes, desde que os motoristas façam uma rápida formação em suporte básico de vida e que as viaturas possuam um alvará conferido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)".

"Será tudo ao molho e fé em deus, é assim que querem transportar os doentes portugueses e nós isso não aceitamos", sustentou o presidente da LBP, acrescentando que os bombeiros fazem um transporte "de qualidade e altamente qualificado".

Jaime Soares disse ainda que terá que ser resolvido o problema da dívida de cerca de 22 milhões de euros do MS aos bombeiros no sector de transportes de doentes.

"Não estamos disponíveis para receber em prestaçõezinhas, admitimos que podemos receber em prestações, mas não em prestaçõezinhas como efectivamente está em cima da mesa", realçou.

A LBP estabelece o dia 12 de Março como prazo de compilação de todas as contas e apresentação de toda a regulamentação relacionada com o transporte não urgente de doentes.

"Esta situação com o Ministério da Saúde arrasta os bombeiros para a falência e depois faltarão na área da protecção civil", concluiu.

Fonte: CM

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por Diário de um Bombeiro às 21:00

Sexta-feira, 02.03.12

Artigo de Opinião: Outro Livro Branco?

Camaradas;
 
Não tendo total conhecimento das suspeitas feitas ao Cmdt Gil Martins, nem conhecimento das suas defesas, permitam-me divagar um pouco por algumas ideias ou pensamentos que tenho, desde o conhecimento até a nível de "suspeitas" fundamentadas.
 
Do titulo que acompanha a foto do Cmdt Martins, fala em alimentação, um valor algo considerável. Por certo, quantos de nós não foram intervenientes em um qualquer T.O, e que não foi atribuída alimentação! pois o n.º de horas não justificava tal. 
 
Por certo sabemos que é feito o registo de homens e viaturas intervenientes, quantos dos Sr.s Comandantes enviaram o n.º certo para receber as ajudas da alimentação? quantos não apresentaram o n.º de homens real?
 
Tendo conhecimento de tantos, que desde materiais danificados, viaturas "avariadas" em T.O, alimentações que em nada correspondem a n.ºs reais foram enviadas em relatório nos finais dos meses...
Quantos já se alimentaram de uma sande mista e uma água, e no final é apresentado relatório de uma "sande de presunto" e um "sumo sem gás e nutriente".
 
Por certo muitos têm presente em realidade que os Comandantes têm representações várias, reuniões, etc; quantos deles se deslocam em viatura própria para diminuir os gastos das Associações?, sim certo, aumentariam os seus, mas os bombeiros, têm direito a essas mesmas viaturas para Formação, deslocações a seminários, colóquios, etc?
 
Quantos fardamentos possuímos nos corpos de bombeiros? Quantas verbas foram dadas para aquisição de material, capacetes florestais, cógulas, etc; e as mesmas foram utilizadas para outras finalidades?
Por certo isto é uma realidades passada em tantos pontos do nosso País, depois não poderemos ficar admirados quando outras forças são colocadas no terreno efectuando o mesmo que os "bombeiros".
 
Uma pergunta apenas que faço a mim próprio tantos dias.....
" porquê de novo o Cmdt Gil Martins? 2003 já não passou? Tenho a sensação de que "alguém" gosta de um Livro Branco ou de outras cores, mas apenas que a pessoa desocupe o cargo que lhe faz "falta", enfim..."
 
Desculpem o explanar estas ideias, sei que em tantos, muitos não terão a mesma opinião, mas quem sabe...parecida.
 
Cumprimentos
 
 
Autor: Devidamente Identificado@Direitos Reservados do DB

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por Diário de um Bombeiro às 10:16

Sexta-feira, 02.03.12

Fafe: Protecção Civil aposta nas escolas

Os cerca de 500 alunos da Escola EB 2/3 de Arões Santa Cristina, em Fafe, ficaram a conhecer, durante a manhã de ontem, como funcionam as várias instituições que compõem da Protecção Civil (INEM, Cruz Vermelha, bombeiros, GNR e Sapadores Florestais). A acção destinou-se a assinalar o Dia da Protecção Civil, que decorre a 1 de Março.

“Todos somos Protecção Civil. mesmo as crianças, e estas actividades visam dar maior visibilidade à Protecção Civil, Mostram como agir em caso de catástrofe”, disse ao ‘Correio do Minho’. Pedro Valente, comandante operacional da Protecção Civil em Fafe.
Uma mensagem que passou para a comunidade escolar.

“Os alunos e os professores estão sensibilizados para a questão da protecção civil e temos na escola um Clube de Protecção Civil, com professores e alunos, que incentiva a isso mesmo”, explicou ao ‘CM’, Isabel Gonçalves, directora da Escola EB 2/3 de Arões Santa Cristina.
Além de ficarem a conhecer os vários meios, os alunos tiveram oportunidade de participar em algumas actividades, tais como palestras sobre como salvar vidas, prevenir acidentes, e descida através de cabos. Foi feita, também, uma demonstração de comportamento de um cão da GNR, treinado para manter a ordem pública. No final, um dos alunos disse ao ‘CM’ que ficou com “vontade de servir como voluntário nos bombeiros, logo que seja possível e os meus pais me deixem”, disse o jovem.

Fonte: Correio do Minho 

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por Diário de um Bombeiro às 09:42

Sexta-feira, 02.03.12

Festival de música angaria receitas para os bombeiros voluntários de Lagos


A The Quintessence International Band vai organizar uma vez mais o seu Festival de Música, iniciativa de cariz solidário e cuja receita reverte na totalidade a favor dos Bombeiros Voluntários de Lagos. 

Esta 9.ª edição do festival, que decorre no dia 10 deste mês, a partir das 21:00 horas, no centro cultural de Lagos, tem um preço único de ingresso de 10 euros, podendo adquirir-se na bilheteira deste equipamento cultural. 

O programa do evento conta este ano com as atuações dos grupos Quintessence (jazz e música latino-americana), The Teds (rock n’ roll) e Nem Truz Nem Muz, com Amélia Janes (música tradicional portuguesa). 

Recorde-se que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos comemorou, no ano passado, o seu 125º aniversário, tendo recebido duas das mais importantes distinções honoríficas nacionais: a Fénix de Honra Grau Ouro 125 anos e a Medalha de Mérito de Proteção e Socorro, no Grau Ouro e distintivo azul. 

Fonte: Diarioonline


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por Diário de um Bombeiro às 09:37

Sexta-feira, 02.03.12

Ex-bombeiro condenado por difamação

Berardo Polónio, antigo bombeiro dos voluntários de Mangualde foi condenado pelo tribunal a uma pena de multa e indemnização por difamação ao comandante daquela instituição.
O ex-bombeiro em finais de 2008 em declarações à comunicação social, tornou público alegadas irregularidades e cenas de sexo no quartel, o que levou a que fosse aberto um processo de difamação por parte da direcção dos bombeiros.

Berardo Polónio tinha dito á Rádio Mangualde, MangualdeOnline e a outros órgãos de comunicação social, regionais e nacionais, que durante o tempo em que pertencia á corporação tinha conhecimento de viaturas inoperacionais por falta de assistência, também viaturas com deficiências na travagem e viaturas pesadas conduzidas por elementos sem habilitação para tal.

Sobre as cenas de sexo protagonizadas em pleno quartel, o antigo bombeiro disse que eram do conhecimento do comandante e que este favorecia alguns elementos, sendo sempre os mesmos a frequentar os cursos nacionais.

Levado a tribunal, o antigo bombeiro foi condenado pela prática de um crime de difamação agravada com pena de multa de 240 dias á taxa diária de nove euros, num total de 2160 euros.
Berardo Polónio foi também condenado a pagar uma indemnização ao comandante Carlos Carvalho no valor de 1750 euros, pelos danos causados.

Fonte: Mangualdeonline

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por Diário de um Bombeiro às 09:29

Sexta-feira, 02.03.12

Morreram seis mil portugueses nas duas últimas semanas

Mortalidade "por todas as causas" atingiu na semana passada 3080 óbitos, subindo para 6110 a cifra das duas últimas semanas. Principais vítimas são os idosos.

Em declarações à agência Lusa, Baltazar Nunes, técnico do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), disse que na última semana, de 20 a 26 de fevereiro, a mortalidade "por todas as causas", com valores acima do esperado e observada principalmente entre idosos com 75 ou mais anos, fixou-se nos 3080 óbitos.

Na semana anterior, de 13 a 19 de fevereiro, o número de óbitos, em idênticas circunstâncias, situou-se nos 3030, fundamentalmente entre idosos, adiantou a fonte, ressalvando que os dados estão sujeitos a constantes alterações, uma vez que são atualizados permanentemente.

Semanalmente, todas as quintas-feiras, o INSA divulga no seu portal o boletim da gripe, com estatísticas sobre a mortalidade "por todas as causas", com valor acima do esperado.

De acordo com os dados publicados na quinta-feira, a atividade gripal passou, na semana passada, de moderada para alta, com tendência crescente.

Segundo o boletim, foram identificados, entre 20 e 26 de fevereiro, 24 casos onde foi detetado o vírus gripal do tipo A, 16 dos quais do subtipo H3. A taxa de incidência mais elevada registou-se nos idosos com 65 ou mais anos.

Na segunda-feira, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge anunciou, em comunicado, uma investigação "em profundidade" aos motivos associados ao excesso de mortalidade, em articulação com a Direção-Geral da Saúde.

Muito embora, admitiu que o aumento da mortalidade "está muito possivelmente associado ao período de frio e à circulação de agentes infeciosos respiratórios que ocorreu em simultâneo".

O período para o "apuramento epidemiológico e estatístico mais exaustivo" dos óbitos registados é estimado pelo INSA em pelo menos seis meses, por estar "condicionado à disponibilidade da mortalidade por causa específica".

O diretor-geral da Saúde, Francisco George, informou na quinta-feira que está a ser investigada uma eventual mutação do vírus da gripe que possa explicar o aumento recente da mortalidade.

Para o responsável, os atuais valores de mortalidade são muito semelhantes àqueles que se verificaram nas épocas gripais de 2008/2009 e de 1998/1999.

Fonte: DN

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Sexta-feira, 02.03.12

Federação dos Bombeiros não aceita “trocos” da ANPC

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) informou ontem as associações de bombeiros que ia efectuar o pagamento do montante de Dezembro do Plano Permanente de Cooperação (PPC) em Março para que os bombeiros pudessem fazer face às despesas extra devido aos fogos fora de época. 

Para o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, esta atitude da ANPC não passa de um “embuste”. “Esta situação é uma mentira, não vai pagar as despesas extra. No mês de Março vão receber o que deviam receber em Dezembro e, me Dezembro, já não recebem nada”, criticou Joaquim Rebelo Marinho.

Fonte: Diário de Viseu

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