diariobombeiro

Em meu nome pessoal, e sendo amiga  2º Comdt Alvaro Monteiro

e em nome da Administração

desejamos as rápidas melhoras

Força

O incêndio do passado sábado em Fernão Porco, no concelho de Oleiros, além de ter consumido povoamento florestal feriu também um bombeiro da corporação da Sertã. Álvaro Monteiro, primeiro Oficial Bombeiro Superior foi transportado para o Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco com queimaduras de 1º e 2º grau na face e na mão esquerdas, e queimaduras ligeiras na mão direita na sequência de um incidente numa encosta sobranceira à povoação de Fernão Porco.

Minutos depois ter abastecido o carro em que seguia, elementos da sua equipa avistaram, numa encosta virada para sul da povoação, um novo foco de incêndio numa área inclinada com erva seca e restos de madeira e rama de pinheiro e eucalipto. De forma a evitar que o incêndio voltasse a atingir as casas, Álvaro Monteiro e a sua equipa tentaram estancar as chamas mas rapidamente o fogo chegou ao local onde se encontravam. Na manobra de fuga “o carro deu de traseira, atingiu-me na cara, projectou-me para cima do fogo e eu apanhei com as labaredas”, descreveu o bombeiro que, tendo o fogo por cima de si, rodou sobre o corpo para o local onde não ardia e saiu dali, apesar de “ter havido um segundo em que pensei que ficava lá”, confessou.

Os anos de experiência pessoal e profissional foram elementares para que Álvaro Monteiro tivesse saído praticamente ileso desta situação. “É preciso ter muito sangue frio e calma para, em décimas de segundo ler a situação e reagir”, comentou este soldado da paz, confessando que “o pânico se transformou em calma e tive consciência do que estava a passar”.

Quando se dirigiu para a encosta em causa a equipa fê-lo ciente de que não havia perigo mas um pequeno espaço com pinhal basto trocou-lhes as voltas.

Neste caso, tal como em tantos outros teatros de operações, é essencial haver respeito pelo fogo. As inconstantes são uma constante e porque com o fogo não se brinca “tem que se estar sempre preparado para um imprevisto”, finalizou.

Álvaro Monteiro ainda permanece no hospital, está a recuperar bem e terá alta amanhã.

Recorde-se que em setembro de 2009 este bombeiro atingiu o topo da carreira quando foi nomeado primeiro Oficial Bombeiro Superior.

As palavras do bombeiro sapador, ontem proferidas, são um desabafo perante a sucessão de incêndios registados no mês em curso, comparativamente aos meses anteriores. E são igualmente fruto do cansaço que se apoderou dos soldados da paz.
Ontem, os incêndios mais significativos registaram-se em Vila Verde (distrito de Braga) e em Afife (Viana do Castelo).

Depois de terem dominado o incêndio que, se iniciou cerca das 20 horas de sábado, numa zona de mato em Pedralva, os Sapadores Bombeiros de Braga foram chamados para Preias, em Gualtar.
O incêndio deflagrara às 7,50 horas de ontem, numa área de mato e esteve a ser combatido até às 10 horas.
Arderam cerca de 1 000 metros quadrados de mato.

Sapadores e Voluntários de Braga voltaram depois às freguesias de Cunha e Escudeiros para apagar pequenos reacendimentos.
Também estiveram, desde a madrugada de ontem, os Bombeiros Voluntários de Guimarães e das Taipas, no combate a um incêndio que, por volta das 5,20 horas, deflagrou no Monte de S. Pedro, na freguesia de Fermentões.
Durante a noite, os de Guimarães viram-se apoiados pelos seus colegas de Vizela, no combate ao incêndio em Abação.


O incêndio em Afife, iniciado ao princípio da noite de sábado, apenas foi dominado às 11,22 horas de ontem.
Com a frente de mato que progredia em local de difícil acesso, foi combatido por 79 bombeiros e três outros, apoiados por 22 veículos operacionais.
Às 9,57 da manhã de ontem o incêndio apresentava-se com duas frentes activas em mato. O primeiro grupo de reforço, vindo de Coimbra, chegou ao teatro de operações cerca da uma da da madrugada.

Às 10 horas foram accionados para o local dois grupos de reforço do GRIF de Lisboa e uma Equipa de Reconhecimento e Avaliação da Situação (ERAS) da Força Especial de Bombeiros
No seu combate estiveram 97 bombeiros e outros meios.
Mas, saídos de Afife, eis que os bombeir os são confrontados com sinistro idêntico em S. Mamede, entre Carreço e Areosa, a cerca de 5 quilómetros da cidade de Viana do Castelo.

O incêndio em S. Mamede foi detectado às 15,24 horas e até ao princípio da noite continuava a ser combatido por 38 bombeiros apoiados por 11 viaturas, com a participação do Grupo de Reforço de Incêndios Florestais de Lisboa que, entretanto, tinha terminado a sua função em Afife.
Entretanto, na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi detectado às 7,50 horas em Cabeço do Fitório, no concelho de Montalegre.

O sinistro foi combatido por 16 GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro) da GNR e cinco sapadores florestais, apoiados por cinco veículos operacionais e ainda um helicóptero bombardeiro pesado.
O incêndio foi considerado dominado às 10,26 horas de ontem.
O de S. Mamede foi extinto cerca das 17,15 horas.
Na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, vários incêndios registaram-se na área do concelho de Montalegre.

Chamas ameaçam várias casas

Um incêndio que ao princípio da tarde de ontem deflagrou numa área de mato, pinheiros e eucaliptos, na freguesia de Portela das Cabras, em Vila Verde, colocou em perigo várias casas de Paçô e Marrancos. Foi dominado às 20,20 horas.

Uma carpintaria de Portela das Cabras correu mesmo muito perigo, dada a proximidade das chamas. O alerta chegou aos Bombeiros Voluntários de Vila Verde às 14,30 horas, deslocando-se para essa área 30 elementos do corpo activo da corporação, apoiados por sete viaturas.

Este novo incêndio deu, praticamente, continuidade a um outro registado durante a madrugada e que fora declarado extinto como extinto por volta das 10,15 horas da manhã.
No combate ao incêndio registado na freguesia de Paçô esteve presente um helicóptero.
Fonte dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde chamou ontem a atenção para a falta de limpeza em áreas habitadas próximas das zonas florestais.

 

 

Bombeiros cortam carro no socorro

Os bombeiros da Ribeira Brava tiveram de cortar um carro para libertar o condutor num despiste, ontem, de manhã, no último túnel de ligação àquela vila. Por razões que se desconhecem, embora tudo aponte para o excesso de velocidade, a viatura despistou-se e capotou na via, deixando o condutor e único ocupante com ferimentos e sem condições de se libertar. A vítima foi ainda assistida no local pela EMIR e transportada ao hospital numa ambulância dos bombeiros da Ribeira Brava. A Polícia e a Vialitoral tomaram conta da ocorrência.

Suspeitas de incêndio em prédio devoluto na Rua de São Pedro

Suspeitas de incêndio num dos prédios devolutos da Rua de São Pedro, no Funchal, sexta-feira, pelas 21.30 horas, uma zona considerada pelos bombeiros de alto risco, fez mobilizar um forte dispositivo das duas corporações do Funchal para uma acção de reconhecimento ao local.
Com efeito, as acções de reconhecimento entre as portas 21 e 23 daquela rua, motivadas pelas informações de transeuntes de cheiro a queimado, resultaram infrutíferas. O largo dispositivo de bombeiros para este serviço, segundo dados recolhidos, justifica-se como medida de prevenção tendo em conta a densidade de prédios antigos e devolutos ao longo daquela rua.

Colisão provoca elevados danos

O choque entre dois veículos, um deles de alta gama, ontem, pelas 5 horas, na Rua Dom Carlos I, no Funchal, deixou elevados danos materiais.
Em princípio não há feridos a registar, mas os bombeiros (BVM) acabaram por transportar ao hospital uma pessoa em estado de choque. 

Os bombeiros do Porto Santo apagaram ontem, pelas 17 horas, um pequeno fogo em mato no sítio do Pé do Pico, abaixo do Pico Castelo, eventualmente provocado pelo negligente arremesso de uma beata de cigarro junto da estrada.
O mato seco terá contribuído para a fácil propagação do fogo rasteiro.
A corporação voluntária do Porto Santo mobilizou para o local um pronto-socorro pesado.
Ainda assim, no local já se encontrava a Polícia Florestal e mais alguns populares para ajudar a apagar o incêndio.

Miguel Andrade, 54 anos, acusa o INEM de não ter prestado socorro à sua mulher, no dia 30 de Setembro, tendo esta acabado por se deslocar pelo seu pé para o hospital, onde lhe foram detectados dois tumores na cabeça. A mulher, de 48 anos, começou a sentir-se mal e a perder o controlo de parte do corpo quando estava na casa dos sogros, na Av. da República, em Lisboa, acompanhada pelo filho, de 18 anos.

Miguel Andrade, que estava em Ponta Delgada, Açores, onde a família reside, conta que eram 09h56 quando foi feita a chamada para o 112 a pedir uma ambulância. "O meu filho ligou para o 112 e o INEM disse-lhe que não mandava uma ambulância e que tinha de ligar para os bombeiros. Ele ligou para os Bombeiros Voluntários deCampo de Ourique, de onde disseram que tinha de pagar 30 euros. No entanto, nem a minha mulher nem o meu filho tinham dinheiro", conta Miguel Andrade.

A mulher não teve outra alternativa se não deslocar-se a pé, cerca de 800 metros, até ao Hospital Curry Cabral: "Quando chegou, foi logo transferida para São José, onde lhe detectaram dois tumores no cérebro." Miguel Andrade sente "uma grande revolta", até porque já foi bombeiro. "A família ficou muito abalada. A prioridade agora é a saúde da minha mulher, mas quero denunciar a situação porque pode acontecer a outros".

O INEM afirma que neste caso "não havia critérios clínicos para activação de uma ambulância de emergência". "As ambulâncias de emergência são para situações de risco de vida iminente, quando há necessidade de actuação ainda no local ou durante o transporte. A informação sobre a situação clínica da senhora é posterior, naquele momento estava consciente e não estava em risco de vida", explicou ao CM fonte oficial do INEM. O comandante dos Bombeiros de Campo de Ourique, Paulo Alfar, afirma que "se o INEM não considerou urgente, é normal que os bombeiros cobrem 30 euros pelo transporte".

Vinte e três incêndios lavravam às 20h30 de hoje em Portugal continental, segundo o sítio da Protecção Civil na internet.

Do total de incêndios, apenas três eram de maiores dimensões e todos na zona norte: um em Bustelo, um em Meirinhos e outro em Roriz. Todos os fogos deflagraram hoje e consumiam mato.

Em Bustelo, no concelho de Chaves, distrito de Vila Real, as chamas estavam a ser combatidas por 32 bombeiros, auxiliados por 11 veículos, embora àquela hora se encontrassem dominadas.

Em Meirinhos, no concelho de Mogadouro, distrito de Bragança, 19 homens, auxiliados por nove veículos, combatiam as chamas.

Já em Roriz, as chamas mobilizavam 13 bombeiros, auxiliados por quatro viaturas.