Quarta-feira, 30.03.11
O SINAPEM vem por este meio comunicar em defesa dos TÉCNICOS OPERADORES DE TELECOMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA, dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, atingidos na sua dignidade profissional pela Auditoria de Resultados pelo Tribunal de Contas – relatório nº 47/2010 2ªS, que as recentes medidas tomadas pelo actual CONSELHO DIRECTIVO DO INEM, contrariam todas as directivas dos auditores, divergem das posições assumidas em sede de contraditório e penalizam gravemente não só todos os trabalhadores como causará maior dificuldade de acesso à linha de emergência.
Não obstante as várias tentativas de diálogo, sem sucesso, cumpre-nos informar e alertar toda a sociedade civil, das falhas que persistem ao longo dos anos no serviço de emergência médica em Portugal, com consequências gravosas para os utentes quer no acesso à emergência pré-hospitalar quer na prestação de socorro às vítimas.
A Presidente do SINAPEM
Cristina da Silva Cameira
in: BPS
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por Diário de um Bombeiro às 22:46
Quarta-feira, 30.03.11
O SINAPEM vem por este meio comunicar em defesa dos TÉCNICOS OPERADORES DE TELECOMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA, dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, atingidos na sua dignidade profissional pela Auditoria de Resultados pelo Tribunal de Contas – relatório nº 47/2010 2ªS, que as recentes medidas tomadas pelo actual CONSELHO DIRECTIVO DO INEM, contrariam todas as directivas dos auditores, divergem das posições assumidas em sede de contraditório e penalizam gravemente não só todos os trabalhadores como causará maior dificuldade de acesso à linha de emergência.
Não obstante as várias tentativas de diálogo, sem sucesso, cumpre-nos informar e alertar toda a sociedade civil, das falhas que persistem ao longo dos anos no serviço de emergência médica em Portugal, com consequências gravosas para os utentes quer no acesso à emergência pré-hospitalar quer na prestação de socorro às vítimas.
A Presidente do SINAPEM
Cristina da Silva Cameira
in: BPS
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por Diário de um Bombeiro às 22:46
Quarta-feira, 30.03.11
A população do concelho de Alandroal vai organizar um Cordão Humano, no próximo sábado dia 2 de Abril, pelas 11:00 horas, entre a Praça da República e o Centro de Saúde de Alandroal.
Esta foi a principal decisão que saiu da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Alandroal, que decorreu no Fórum Cultural de Alandroal no passado dia 25 de Março, e que teve como objectivo reunir as entidades com responsabilidade na saúde para discutir a questão das alterações ao transporte de doentes não urgentes, recentemente introduzidas pelo Ministério da Saúde.
A reunião contou com a presença dos deputados da Assembleia da República eleitos pelo círculo de Évora, João Oliveira (PCP) e Luis Capoulas (PSD), representante do Governo Civil de Évora, Renata Marques e ainda do Presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo.
Também os representantes dos Bombeiros Voluntários de Alandroal, dos taxistas e das IPSS's do concelho fizeram questão de estar presentes para debater a situação. De notar as ausências dos representantes da Saúde, sendo que nem a Administração Regional de Saúde do Alentejo, o Centro de Saúde de Alandroal ou o Agrupamento dos Centros de Saúde do Alentejo Central I se fizeram representar. A bancada do Partido Socialista (PS) esteve representada apenas por um deputado e também os dois vereadores da câmara municipal eleitos por este partido não compareceram.
Às entidades presentes juntou-se cerca de uma centena de munícipes do concelho de Alandroal, que responderam ao convite para participar na sessão, expuseram os seus casos pessoais de negação do acesso à saúde, provocadas por esta alteração nos transportes, e lamentaram ainda que os responsáveis pela saúde no concelho não tenham comparecido na reunião para ouvi-los.
Ao longo de mais de três horas as entidades presentes e os deputados municipais debateram a questão e expressaram os seus pontos de vista sobre as alterações aos transportes de doentes não urgentes.
No final da reunião ficou claro que muitos munícipes do concelho de Alandroal estão a deixar de comparecer às consultas e aos tratamentos que lhes são prescritos por falta de transporte.
A realização de um Cordão Humano foi a forma de luta encontrada por todos os presentes para demonstrar o descontentamento em relação a esta questão.
A Câmara Municipal de Alandroal lança o apelo a toda a população para que no próximo Sábado, dia 2 de Abril, saia de casa e participe nesta iniciativa. Todos juntos poderemos fazer a diferença. De referir ainda que vão estar disponíveis transportes para o Alandroal, nos locais habituais, a partir das 10:00 da manhã.
in: AlentejoPress
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por Diário de um Bombeiro às 19:58
Quarta-feira, 30.03.11
A população do concelho de Alandroal vai organizar um Cordão Humano, no próximo sábado dia 2 de Abril, pelas 11:00 horas, entre a Praça da República e o Centro de Saúde de Alandroal.
Esta foi a principal decisão que saiu da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Alandroal, que decorreu no Fórum Cultural de Alandroal no passado dia 25 de Março, e que teve como objectivo reunir as entidades com responsabilidade na saúde para discutir a questão das alterações ao transporte de doentes não urgentes, recentemente introduzidas pelo Ministério da Saúde.
A reunião contou com a presença dos deputados da Assembleia da República eleitos pelo círculo de Évora, João Oliveira (PCP) e Luis Capoulas (PSD), representante do Governo Civil de Évora, Renata Marques e ainda do Presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo.
Também os representantes dos Bombeiros Voluntários de Alandroal, dos taxistas e das IPSS's do concelho fizeram questão de estar presentes para debater a situação. De notar as ausências dos representantes da Saúde, sendo que nem a Administração Regional de Saúde do Alentejo, o Centro de Saúde de Alandroal ou o Agrupamento dos Centros de Saúde do Alentejo Central I se fizeram representar. A bancada do Partido Socialista (PS) esteve representada apenas por um deputado e também os dois vereadores da câmara municipal eleitos por este partido não compareceram.
Às entidades presentes juntou-se cerca de uma centena de munícipes do concelho de Alandroal, que responderam ao convite para participar na sessão, expuseram os seus casos pessoais de negação do acesso à saúde, provocadas por esta alteração nos transportes, e lamentaram ainda que os responsáveis pela saúde no concelho não tenham comparecido na reunião para ouvi-los.
Ao longo de mais de três horas as entidades presentes e os deputados municipais debateram a questão e expressaram os seus pontos de vista sobre as alterações aos transportes de doentes não urgentes.
No final da reunião ficou claro que muitos munícipes do concelho de Alandroal estão a deixar de comparecer às consultas e aos tratamentos que lhes são prescritos por falta de transporte.
A realização de um Cordão Humano foi a forma de luta encontrada por todos os presentes para demonstrar o descontentamento em relação a esta questão.
A Câmara Municipal de Alandroal lança o apelo a toda a população para que no próximo Sábado, dia 2 de Abril, saia de casa e participe nesta iniciativa. Todos juntos poderemos fazer a diferença. De referir ainda que vão estar disponíveis transportes para o Alandroal, nos locais habituais, a partir das 10:00 da manhã.
in: AlentejoPress
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por Diário de um Bombeiro às 19:58
Quarta-feira, 30.03.11
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirmou hoje que foi suspensa a criação de mais 60 grupos de prontidão, as Equipas de Intervenção Permanente, que têm um papel “fundamental” no combate a incêndios florestais.
Duarte Caldeira falava aos deputados durante uma audição hoje realizada na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.
À saída da reunião, o presidente da LBP disse à agência Lusa que, no final de 2010 havia "120 equipas constituídas e havia um plano de, até final de 2011, puderem chegar às 180, e foram suspensas devido à falta de verba da Autoridade Nacional de Protecção Civil".
Estas equipas "são fundamentais para garantir prontidão e qualidade no socorro nos corpos de bombeiros voluntários e o adiamento da sua constituição adia a resolução de um problema que está identificado e que é de reforçar o voluntariado com equipas em permanência", acrescentou Duarte Caldeira.
Em meados de Fevereiro foi publicada uma portaria visando a manutenção por mais três anos das Equipas de Intervenção Permanente das associações humanitárias de bombeiros, um modelo que foi considerado adequado.
Estas equipas resultam da congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as câmaras municipais e as associações humanitárias de bombeiros.
Cada equipa é composta por cinco bombeiros, totalizando actualmente 600 elementos, e tem como principal missão o combate a incêndios, como os florestais, e o socorro às populações em casos de acidentes e catástrofes.
Durante a audição, o presidente da Liga referiu-se a outras preocupações dos bombeiros relacionadas com o combate aos incêndios, como a necessidade de melhorar a articulação dos grupos de reforço, assim como da logística nas acções de luta contra os fogos, com a definição do papel das autarquias e da protecção civil.
Repensar o financiamento do sistema de combate a incêndios, que deve basear-se na tipificação dos grupos de bombeiros, e nos recursos que necessitam consoante a sua localização, foi outro assunto focado por Duarte Caldeira.
in: Lusa
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por Diário de um Bombeiro às 19:57
Quarta-feira, 30.03.11
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirmou hoje que foi suspensa a criação de mais 60 grupos de prontidão, as Equipas de Intervenção Permanente, que têm um papel “fundamental” no combate a incêndios florestais.
Duarte Caldeira falava aos deputados durante uma audição hoje realizada na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.
À saída da reunião, o presidente da LBP disse à agência Lusa que, no final de 2010 havia "120 equipas constituídas e havia um plano de, até final de 2011, puderem chegar às 180, e foram suspensas devido à falta de verba da Autoridade Nacional de Protecção Civil".
Estas equipas "são fundamentais para garantir prontidão e qualidade no socorro nos corpos de bombeiros voluntários e o adiamento da sua constituição adia a resolução de um problema que está identificado e que é de reforçar o voluntariado com equipas em permanência", acrescentou Duarte Caldeira.
Em meados de Fevereiro foi publicada uma portaria visando a manutenção por mais três anos das Equipas de Intervenção Permanente das associações humanitárias de bombeiros, um modelo que foi considerado adequado.
Estas equipas resultam da congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as câmaras municipais e as associações humanitárias de bombeiros.
Cada equipa é composta por cinco bombeiros, totalizando actualmente 600 elementos, e tem como principal missão o combate a incêndios, como os florestais, e o socorro às populações em casos de acidentes e catástrofes.
Durante a audição, o presidente da Liga referiu-se a outras preocupações dos bombeiros relacionadas com o combate aos incêndios, como a necessidade de melhorar a articulação dos grupos de reforço, assim como da logística nas acções de luta contra os fogos, com a definição do papel das autarquias e da protecção civil.
Repensar o financiamento do sistema de combate a incêndios, que deve basear-se na tipificação dos grupos de bombeiros, e nos recursos que necessitam consoante a sua localização, foi outro assunto focado por Duarte Caldeira.
in: Lusa
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por Diário de um Bombeiro às 19:57
Quarta-feira, 30.03.11
Ondjiva - O vice-ministro do Interior para Protecção Civil e Bombeiros, Eugénio Laborinho, disse hoje, quarta-feira, em Ondjiva, capital da província do Cunene, que foram adoptadas medidas de emergência, a curto prazo, para acudir os sinistrado e atenuar os efeitos das cheias que se registam em algumas províncias de Angola.
Segundo o dirigente, estas medidas cingem-se em capacitar as Comissões Provinciais de Protecção Civil com meios técnicos e força humana, no sentido de puderem localmente minorar os efeitos deste fenómeno natural e dar a devida assistência à população vítima destas inundações.
Disse que tem se registado fortes chuvas em várias regiões do país, o que torna genérica a realidade que se vive no Cunene e nas províncias da Huíla, Malanje, Namibe, Bié e Uíge.
Informou que está garantida a assistência imediata da população já afectada pelas cheias nestas províncias. No Cunene, as localidades críticas começaram a receber ajuda da comissão de Protecção Civil e em outras que vão sendo inundadas pelas águas das cheias nesta região sul de Angola.
Eugénio Laborinho disse que a assistência vai desde alimentos, medicamentos, tendas, chapas, roupa, mosquiteiros e realojamento dos sinistrados em locais seguros para que não passem por certas privações.
Apesar da situação estar controlada, o vice-ministro sublinhou ser imperioso o redobrar de esforços para que os sinistrados estejam bem alojados e assistidos.
Por seu turno, Eugénio Laborinho aconselhou a população a manter-se em zonas seguras e abanador as áreas consideradas de risco.
Eugénio Laborinho, que tem o seu regresso a Luanda previsto para quinta-feira, visitou as localidades consideradas criticas no município do Cuvelai, Kwanhama e Namacunde.
Este é o quarto ano consecutivo que se registam cheias no Cunene. Em 2010, a Comissão de Protecção Civil estima em 22 mil pessoas desalojadas.
in: AngolaPress
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por Diário de um Bombeiro às 19:55
Quarta-feira, 30.03.11
A partir de 19 de Julho último, Portugal foi assolado por um fenómeno de características meteorológicas de uma adversidade tal, que originou uma vaga de incêndios florestais perfeitamente excepcional, um rasto de destruição avassalador, quer para a vida e bens da população das áreas atingidas, quer para o património florestal e, consequentemente para a economia do País
Entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, os dados provisórios sobre a área ardida indicam que arderam 390.146 hectares, dos quais 262.909 hectares são de povoamentos florestais e 127.237 hectares de matos, sendo o distrito de Castelo Branco o mais atingido com 89.709 hectares.
"Estávamos preparados e organizados para uma campanha normal de combate aos incêndios, já de si bastante exigente, pois consumiram em média, nos últimos cinco anos, cerca de 104 mil hectares. Quando a catástrofe começou a anunciar-se mobilizámos de imediato meios excepcionais: para além dos 3.344 bombeiros e 802 veículos do dispositivo sazonal permanente, todos os restantes meios dos distritos atingidos, mais 93 grupos de reforço no total de 1860 bombeiros por turno."
A violência dos incêndios registados nos distritos de Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Viseu, teve graves consequências do ponto de vista humano, havendo a lamentar 20 vítimas mortais, de entre as quais dois bombeiros e dois técnicos florestais chilenos.
A primeira constatação é o carácter absolutamente excepcional do Verão de 2003. A partir do momento em que a excepção ocorre, porém, forçoso é que a encaremos como passível de reproduzir-se. A preparação tem, pois, agora de ser feita para um patamar mais elevado de dano e risco possível, ou seja, tem de prever-se o que era até agora imprevisível. Tem de considerar-se igualmente, a possibilidade de a excepção se converter, num prazo não muito longínquo, em regra.
Areas de responsabilidade:
Funcionou a prevenção da responsabilidade do SNBPC, cujas verbas foram, globalmente aumentadas em cerca de 44%.
Falhou a campanha da informação ao público, que deve ser consubstanciada em programas permanentes de educação pública, nomeadamente dirigidas ao ensino básico.
Falhou o accionamento dos planos de emergência civil locais e distritais, por falta de actualização e da verificação da sua eficácia através de exercicios periódicos.
Parte dos grupos de reforço foram constituídos sem terem em conta todas as normas que os regem, quer quanto à qualidade dos veículos que os integraram, quer quando à experiência e à formação do pessoal para este tipo específico de ocorrências.
A implantação dos serviços municipais de protecção civil não era uniforme em todo o País, para o que contribuiu o facto de não existir na altura qualquer regulamentação.
Em alguns casos, verificou-se algum conflito de competências entre o coordenador distrital e o comando das operações. Nas grandes ocorrências o coordenador distrital terá sempre de privilegiar o exercício da coordenação a partir do CDOS.
No combate
Constatou-se o empenho e a abnegação dos bombeiros portugueses e outras forças intervenientes. A protecção às povoações foi eficaz na maior parte dos casos, obtendo a preciosa colaboração das populações, cuja participação ao lado dos bombeiros foi notória em grande parte dos incêndios.
Falhou a organização dos teatros de operações, nomeadamente na utilização eficaz do sistema de comando operacional, com repercussões graves a nível da logística, da recepção e enquadramento dos meios de reforço na rentabilização de pessoal e veículos. Faltaram quadros de comando para provimento das diferentes funções na organização dos teatros de operações.
Notou-se falta de formação específica para o combate a incêndios florestais, incluindo a não utilização de equipamento de protecção individual, a utilização abusiva da extinção por água em detrimento do uso de ferramentas manuais e/ou máquinas pesadas e a deficiente consolidação dos rescaldos, que originaram demasiados reacendimentos
Utilizaram-se linhas de mangueiras de 25 mm, independentemente da dimensão da frente de fogo. Houve equipas compostas por bombeiros em fase de instrução preparatória.
A rede rádio de comunicações funcionou com deficiências, o que teve efeitos negativos na organização do teatro de operações. Também, por este motivo houve abandono do teatro de operações para alimentação e abastecimento de combustível.
Medidas a tomar
Aprofundamento da organização, funcionamento e modelo de gestão do SNBPC, tendo em conta o seu papel fundamental enquanto serviço com o objectivo da protecção e socorro de pessoas e bens, no âmbito do sistema nacional de protecção civil.
Reavaliação das valências de formação da Escola Nacional de Bombeiros.
Plano de reequipamento de meios de combate a incêndios florestais, incluindo meios aéreos
Actualização do Plano Nacional de Emergência, melhorando a articulação entre os diferentes níveis
Realização de uma auditoria técnica aos corpos de bombeiros, através de equipas integradas do SNBPC (agora ANPC) e da Liga dos Bombeiros Portugueses, de modo a clarificar as necessidades nos domínios dos equipamentos, formação e recursos humanos.
Fonte: "Livro Branco dos Incêndios Florestais Ocorridos no Verão de 2003"
Tudo isto foram conclusões a que se chegaram, após a análise cuidada do dispositivo envolvido no combate aos incêndios durante o ano de 2003. É certo que se notaram algumas melhorias, no entanto, foi aprofundado o cerne da questão? Foram tidas em conta as necessidades do "braço armado" da protecção civil (os Bombeiros). Foram realizadas as tais auditorias técnicas previstas? Foram analisados os registos do RNBP, por forma a se verificaram de que forma se estão a utilizar as mais valias técnicas existentes nos corpos de bombeiros, bem como se os registos reflectem na realidade o que se passa nos corpos de bombeiros.
Sabendo de antemão que a crise está instalada no País. Sendo já uma realidade os cortes existentes ao nível do transporte de doentes, bem como ao nível do dispositivo de combate a incêndios florestais, como será a epoca crítica de incêndios que se aproxima.
Será que os Bombeiros Portugueses vão ter capacidade logística para "suportarem" todo o dispositivo operacional no terreno.
por Chefe BVSPS
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por Diário de um Bombeiro às 13:44
Quarta-feira, 30.03.11
A partir de 19 de Julho último, Portugal foi assolado por um fenómeno de características meteorológicas de uma adversidade tal, que originou uma vaga de incêndios florestais perfeitamente excepcional, um rasto de destruição avassalador, quer para a vida e bens da população das áreas atingidas, quer para o património florestal e, consequentemente para a economia do País
Entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, os dados provisórios sobre a área ardida indicam que arderam 390.146 hectares, dos quais 262.909 hectares são de povoamentos florestais e 127.237 hectares de matos, sendo o distrito de Castelo Branco o mais atingido com 89.709 hectares.
"Estávamos preparados e organizados para uma campanha normal de combate aos incêndios, já de si bastante exigente, pois consumiram em média, nos últimos cinco anos, cerca de 104 mil hectares. Quando a catástrofe começou a anunciar-se mobilizámos de imediato meios excepcionais: para além dos 3.344 bombeiros e 802 veículos do dispositivo sazonal permanente, todos os restantes meios dos distritos atingidos, mais 93 grupos de reforço no total de 1860 bombeiros por turno."
A violência dos incêndios registados nos distritos de Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Viseu, teve graves consequências do ponto de vista humano, havendo a lamentar 20 vítimas mortais, de entre as quais dois bombeiros e dois técnicos florestais chilenos.
A primeira constatação é o carácter absolutamente excepcional do Verão de 2003. A partir do momento em que a excepção ocorre, porém, forçoso é que a encaremos como passível de reproduzir-se. A preparação tem, pois, agora de ser feita para um patamar mais elevado de dano e risco possível, ou seja, tem de prever-se o que era até agora imprevisível. Tem de considerar-se igualmente, a possibilidade de a excepção se converter, num prazo não muito longínquo, em regra.
Areas de responsabilidade:
Funcionou a prevenção da responsabilidade do SNBPC, cujas verbas foram, globalmente aumentadas em cerca de 44%.
Falhou a campanha da informação ao público, que deve ser consubstanciada em programas permanentes de educação pública, nomeadamente dirigidas ao ensino básico.
Falhou o accionamento dos planos de emergência civil locais e distritais, por falta de actualização e da verificação da sua eficácia através de exercicios periódicos.
Parte dos grupos de reforço foram constituídos sem terem em conta todas as normas que os regem, quer quanto à qualidade dos veículos que os integraram, quer quando à experiência e à formação do pessoal para este tipo específico de ocorrências.
A implantação dos serviços municipais de protecção civil não era uniforme em todo o País, para o que contribuiu o facto de não existir na altura qualquer regulamentação.
Em alguns casos, verificou-se algum conflito de competências entre o coordenador distrital e o comando das operações. Nas grandes ocorrências o coordenador distrital terá sempre de privilegiar o exercício da coordenação a partir do CDOS.
No combate
Constatou-se o empenho e a abnegação dos bombeiros portugueses e outras forças intervenientes. A protecção às povoações foi eficaz na maior parte dos casos, obtendo a preciosa colaboração das populações, cuja participação ao lado dos bombeiros foi notória em grande parte dos incêndios.
Falhou a organização dos teatros de operações, nomeadamente na utilização eficaz do sistema de comando operacional, com repercussões graves a nível da logística, da recepção e enquadramento dos meios de reforço na rentabilização de pessoal e veículos. Faltaram quadros de comando para provimento das diferentes funções na organização dos teatros de operações.
Notou-se falta de formação específica para o combate a incêndios florestais, incluindo a não utilização de equipamento de protecção individual, a utilização abusiva da extinção por água em detrimento do uso de ferramentas manuais e/ou máquinas pesadas e a deficiente consolidação dos rescaldos, que originaram demasiados reacendimentos
Utilizaram-se linhas de mangueiras de 25 mm, independentemente da dimensão da frente de fogo. Houve equipas compostas por bombeiros em fase de instrução preparatória.
A rede rádio de comunicações funcionou com deficiências, o que teve efeitos negativos na organização do teatro de operações. Também, por este motivo houve abandono do teatro de operações para alimentação e abastecimento de combustível.
Medidas a tomar
Aprofundamento da organização, funcionamento e modelo de gestão do SNBPC, tendo em conta o seu papel fundamental enquanto serviço com o objectivo da protecção e socorro de pessoas e bens, no âmbito do sistema nacional de protecção civil.
Reavaliação das valências de formação da Escola Nacional de Bombeiros.
Plano de reequipamento de meios de combate a incêndios florestais, incluindo meios aéreos
Actualização do Plano Nacional de Emergência, melhorando a articulação entre os diferentes níveis
Realização de uma auditoria técnica aos corpos de bombeiros, através de equipas integradas do SNBPC (agora ANPC) e da Liga dos Bombeiros Portugueses, de modo a clarificar as necessidades nos domínios dos equipamentos, formação e recursos humanos.
Fonte: "Livro Branco dos Incêndios Florestais Ocorridos no Verão de 2003"
Tudo isto foram conclusões a que se chegaram, após a análise cuidada do dispositivo envolvido no combate aos incêndios durante o ano de 2003. É certo que se notaram algumas melhorias, no entanto, foi aprofundado o cerne da questão? Foram tidas em conta as necessidades do "braço armado" da protecção civil (os Bombeiros). Foram realizadas as tais auditorias técnicas previstas? Foram analisados os registos do RNBP, por forma a se verificaram de que forma se estão a utilizar as mais valias técnicas existentes nos corpos de bombeiros, bem como se os registos reflectem na realidade o que se passa nos corpos de bombeiros.
Sabendo de antemão que a crise está instalada no País. Sendo já uma realidade os cortes existentes ao nível do transporte de doentes, bem como ao nível do dispositivo de combate a incêndios florestais, como será a epoca crítica de incêndios que se aproxima.
Será que os Bombeiros Portugueses vão ter capacidade logística para "suportarem" todo o dispositivo operacional no terreno.
por Chefe BVSPS
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por Diário de um Bombeiro às 13:44
Quarta-feira, 30.03.11
A situação é «catastrófica» e representa uma «inconsciência total» que pode vir a culminar em «situações de calamidade». Jaime Soares, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra não tem “papas na língua” e responsabiliza o Ministério da Administração Interna por tudo o que possa acontecer caso o “prognóstico” dos cortes nos meios de combate aos fogos florestais se confirme. Todavia, para este responsável, o cenário é mais negro do que o “desenhado” pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. Com efeito, ao invés do corte de cerca de 20 por cento nos meios aéreos, anunciado no passado domingo pelo presidente daquela estrutura, Jaime Soares garante ter «informação fidedigna» que estes «serão de cerca de 50 por cento». Um «desastre», no entender do também comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares.
Mais, numa altura em que os concursos já deveriam ter sido lançados e estar tudo praticamente em fase de ultimação para preparar a época de fogos, Jaime Soares afirma que estes «ainda não foram lançados e o que está sobre a mesa, para análise, é uma redução de 50 por cento e não de 20», como tem sido anunciado. Contas feitas, se no ano passado, em todo o território nacional «havia 53 meios aéreos disponíveis», este ano a tutela estará, garante a «fonte fidedigna» do presidente da Federação de Coimbra, a preparar-se para “adjudicar” apenas «27 meios aéreos».
Mas o «drama», para os bombeiros e, sobretudo, «para as populações», não se fica por aqui. Isto porque, faz notar Jaime Soares, os «cortes relativamente aos meios terrestres são de cerca de 30 por cento». Significa, resume, «menos equipas de primeira intervenção». Conjugando a redução dos meios aéreos com os cortes nos meios terrestres, «podermos ter uma situação dramática, que pode pôr em causa a própria mobilidade das equipas de apoio». E exemplifica com cenários de grandes fogos, como aconteceu no ano passado em Viana do Castelo, para onde foram mobilizadas corporações de praticamente todo o país e que podem estar em causa. «Estes cortes põem em causa até a mobilidade das corporações para situações de ajuda e reforço ao combate», afirma.
“Que S. Pedro nos ajude”
Jaime Soares faz notar que já nos inícios de Fevereiro a Federação de Coimbra questionou a tutela relativamente ao significado real dos cortes aprovados em Conselho de Ministros, muito embora sublinhasse que esta era uma «decisão tão preocupante como perigosa». A resposta nunca chegou e em vez de cortes assiste-se, agora a verdadeiras “machadadas”. «Estes cortes são cegos, não têm em conta a gravidade das situações que podem implicar, são de uma irresponsabilidade total», sublinha. E, para aqueles que não conhecem a “realidade”, lembra que a «floresta está cada vez menos planeada e mais suja», representando um «risco acrescido». Significa que a prevenção, que, defende, deveria ser «uma aposta», não tem tido êxito. Bem pelo contrário e isso retira consistência à máxima “Os fogos evitam-se, não se combatem”, faz notar o presidente da Federação. Perante a “realidade real”, «quando se deveriam reforçar os meios de combate para colmatar o mau planeamento e o abandono crescente da floresta, o que acontece é precisamente o contrário: reduzem-se os meios de combate», critica.
Para Jaime Soares estamos num “beco sem saída”. «A situação é grave», diz, apreensivo. «Resta-nos esperar que S. Pedro continue a ser nosso amigo». Se não for? «Vai arder tudo, pois não temos capacidade de intervenção!», remata.
Federação responsabiliza tutela pelo que possa acontecer
«Os bombeiros e o país não resolvem os seus problemas, no que concerne ao combate aos fogos florestais, com informações ou discursos mais ou menos velados», afirma Jaime Soares, num comunicado ontem divulgado, onde a Federação dos Bombeiros de Coimbra exige «saber com o que pode contar». «É nosso dever informar as populações, de forma a que se previnam para possíveis situações de calamidade, que possam surgir e para as quais podemos não estar preparados», diz ainda o documento, garantindo que «não será por falta de recursos humanos dos bombeiros» que isso poderá acontecer, mas «outrossim por falta de equipamentos, isto é, das ferramentas necessárias para poder evitar situações cuja gravidade não nos atrevemos sequer a dimensionar».
Reiterando o seu compromisso com as populações - «nunca nos demitiremos das nossas responsabilidades» - e garantindo que «tudo faremos para garantir a segurança das suas vidas e haveres», o presidente da federação responsabiliza a Autoridade Nacional de Protecção Civil e o Ministério da Administração Interna, enquanto decisor político, «por todas as situações graves que possam vir a surgir no distrito de Coimbra».
in: DC
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por Diário de um Bombeiro às 10:02
Quarta-feira, 30.03.11
A situação é «catastrófica» e representa uma «inconsciência total» que pode vir a culminar em «situações de calamidade». Jaime Soares, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra não tem “papas na língua” e responsabiliza o Ministério da Administração Interna por tudo o que possa acontecer caso o “prognóstico” dos cortes nos meios de combate aos fogos florestais se confirme. Todavia, para este responsável, o cenário é mais negro do que o “desenhado” pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. Com efeito, ao invés do corte de cerca de 20 por cento nos meios aéreos, anunciado no passado domingo pelo presidente daquela estrutura, Jaime Soares garante ter «informação fidedigna» que estes «serão de cerca de 50 por cento». Um «desastre», no entender do também comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares.
Mais, numa altura em que os concursos já deveriam ter sido lançados e estar tudo praticamente em fase de ultimação para preparar a época de fogos, Jaime Soares afirma que estes «ainda não foram lançados e o que está sobre a mesa, para análise, é uma redução de 50 por cento e não de 20», como tem sido anunciado. Contas feitas, se no ano passado, em todo o território nacional «havia 53 meios aéreos disponíveis», este ano a tutela estará, garante a «fonte fidedigna» do presidente da Federação de Coimbra, a preparar-se para “adjudicar” apenas «27 meios aéreos».
Mas o «drama», para os bombeiros e, sobretudo, «para as populações», não se fica por aqui. Isto porque, faz notar Jaime Soares, os «cortes relativamente aos meios terrestres são de cerca de 30 por cento». Significa, resume, «menos equipas de primeira intervenção». Conjugando a redução dos meios aéreos com os cortes nos meios terrestres, «podermos ter uma situação dramática, que pode pôr em causa a própria mobilidade das equipas de apoio». E exemplifica com cenários de grandes fogos, como aconteceu no ano passado em Viana do Castelo, para onde foram mobilizadas corporações de praticamente todo o país e que podem estar em causa. «Estes cortes põem em causa até a mobilidade das corporações para situações de ajuda e reforço ao combate», afirma.
“Que S. Pedro nos ajude”
Jaime Soares faz notar que já nos inícios de Fevereiro a Federação de Coimbra questionou a tutela relativamente ao significado real dos cortes aprovados em Conselho de Ministros, muito embora sublinhasse que esta era uma «decisão tão preocupante como perigosa». A resposta nunca chegou e em vez de cortes assiste-se, agora a verdadeiras “machadadas”. «Estes cortes são cegos, não têm em conta a gravidade das situações que podem implicar, são de uma irresponsabilidade total», sublinha. E, para aqueles que não conhecem a “realidade”, lembra que a «floresta está cada vez menos planeada e mais suja», representando um «risco acrescido». Significa que a prevenção, que, defende, deveria ser «uma aposta», não tem tido êxito. Bem pelo contrário e isso retira consistência à máxima “Os fogos evitam-se, não se combatem”, faz notar o presidente da Federação. Perante a “realidade real”, «quando se deveriam reforçar os meios de combate para colmatar o mau planeamento e o abandono crescente da floresta, o que acontece é precisamente o contrário: reduzem-se os meios de combate», critica.
Para Jaime Soares estamos num “beco sem saída”. «A situação é grave», diz, apreensivo. «Resta-nos esperar que S. Pedro continue a ser nosso amigo». Se não for? «Vai arder tudo, pois não temos capacidade de intervenção!», remata.
Federação responsabiliza tutela pelo que possa acontecer
«Os bombeiros e o país não resolvem os seus problemas, no que concerne ao combate aos fogos florestais, com informações ou discursos mais ou menos velados», afirma Jaime Soares, num comunicado ontem divulgado, onde a Federação dos Bombeiros de Coimbra exige «saber com o que pode contar». «É nosso dever informar as populações, de forma a que se previnam para possíveis situações de calamidade, que possam surgir e para as quais podemos não estar preparados», diz ainda o documento, garantindo que «não será por falta de recursos humanos dos bombeiros» que isso poderá acontecer, mas «outrossim por falta de equipamentos, isto é, das ferramentas necessárias para poder evitar situações cuja gravidade não nos atrevemos sequer a dimensionar».
Reiterando o seu compromisso com as populações - «nunca nos demitiremos das nossas responsabilidades» - e garantindo que «tudo faremos para garantir a segurança das suas vidas e haveres», o presidente da federação responsabiliza a Autoridade Nacional de Protecção Civil e o Ministério da Administração Interna, enquanto decisor político, «por todas as situações graves que possam vir a surgir no distrito de Coimbra».
in: DC
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por Diário de um Bombeiro às 10:02
Quarta-feira, 30.03.11
Durante parte da tarde, uma ambulância avariada bloqueou o único acesso a este lugar da freguesia de Eixo. Os moradores alertam para o perigo desta situação
O acesso ao lugar da Horta ficou bloqueado ontem à tarde sem que os automobilistas pudessem entrar ou sair daquele lugar da freguesia de Eixo, concelho de Aveiro, porque uma ambulância avariou na estrada e, até ser rebocada, impediu a circulação pela Rua da Capela. Esta é a única estrada que permite sair e entrar do lugar, mas o presidente da Junta de Freguesia de Eixo, Carlos Anileiro, contactado ontem pelo Diário de Aveiro, disse que não há motivos para dizer que Horta ficou isolada. O autarca explica que, perante a estrada bloqueada, existe um caminho e uma estrada florestal que podem ser duas alternativas. “Todas as pessoas de Horta sabem disso”, embora digam que “não é prático”, afirma. De qualquer forma, Carlos Anileiro revela que haverá um novo acesso a Horta, com ligação à estrada EN230, “muito em breve”, admitindo que tal se verifique ainda este ano.
Mas, pelo menos, enquanto a ambulância bloqueou o acesso à localidade e se mantinha um grupo de habitantes no local, nenhum se referiu a estas duas alternativas apontadas pelo autarca. Entre os que assistiam ao trânsito interrompido, um dos moradores, Altino Pinho, lamentava que esta seja “a única saída de Horta”. O problema é que“não se sabe o que fazer se houver uma emergência”, caso ela aconteça numa altura em que a estrada esteja bloqueada, como aconteceu ontem.
in. DA
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por Diário de um Bombeiro às 09:58
Quarta-feira, 30.03.11
Durante parte da tarde, uma ambulância avariada bloqueou o único acesso a este lugar da freguesia de Eixo. Os moradores alertam para o perigo desta situação
O acesso ao lugar da Horta ficou bloqueado ontem à tarde sem que os automobilistas pudessem entrar ou sair daquele lugar da freguesia de Eixo, concelho de Aveiro, porque uma ambulância avariou na estrada e, até ser rebocada, impediu a circulação pela Rua da Capela. Esta é a única estrada que permite sair e entrar do lugar, mas o presidente da Junta de Freguesia de Eixo, Carlos Anileiro, contactado ontem pelo Diário de Aveiro, disse que não há motivos para dizer que Horta ficou isolada. O autarca explica que, perante a estrada bloqueada, existe um caminho e uma estrada florestal que podem ser duas alternativas. “Todas as pessoas de Horta sabem disso”, embora digam que “não é prático”, afirma. De qualquer forma, Carlos Anileiro revela que haverá um novo acesso a Horta, com ligação à estrada EN230, “muito em breve”, admitindo que tal se verifique ainda este ano.
Mas, pelo menos, enquanto a ambulância bloqueou o acesso à localidade e se mantinha um grupo de habitantes no local, nenhum se referiu a estas duas alternativas apontadas pelo autarca. Entre os que assistiam ao trânsito interrompido, um dos moradores, Altino Pinho, lamentava que esta seja “a única saída de Horta”. O problema é que“não se sabe o que fazer se houver uma emergência”, caso ela aconteça numa altura em que a estrada esteja bloqueada, como aconteceu ontem.
in. DA
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por Diário de um Bombeiro às 09:58
Quarta-feira, 30.03.11
As mortes por Acidente Vascular Cerebral estão a diminuir, mas Portugal continua a ter a incidência mais alta da União Europeia. Por hora, morrem dois portugueses devido a esta doença "prevenível e tratável", alertam especialistas.
Na véspera do Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) e o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) falaram à agência Lusa sobre esta doença responsável por mais de 25 mil internamentos por ano.
"A situação tem vindo a melhorar em Portugal, mas continuamos a ter uma incidência muito alta, a mais alta da União Europeia", disse o presidente da FPC, observando que tem "havido uma redução de cerca de um por cento ao ano, o que é muito significativo".
Como razões para esta melhoria, Manuel Carrageta aponta o "maior controlo da hipertensão arterial, uma acção muito meritória dos médicos de família" e a redução do consumo de sal para o qual contribuiu a legislação que obrigou à diminuição deste condimento no pão, "uma medida de grande alcance na saúde pública".
"Até há pouco tempo, um em cada quatro portugueses morria de AVC. Neste momento é um em cada cinco, mas ainda é um número muito elevado", realçou.
Para o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, os portugueses estão mais atentos: "Hoje as pessoas falam mais, sabem o que é o AVC e temem-no porque continua a ser a primeira causa de morte e de incapacidade em Portugal", apesar de "haver progressos na taxa de mortalidade".
Os progressos devem-se aos esforços de alertar a população em dias como o que se assinala na quinta-feira, disse Castro Lopes.
"É preciso que a população saiba que ainda é uma catástrofe, mas é uma catástrofe prevenível e tratável", adiantou o neurologista, referindo que os números da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para que uma em cada seis pessoas tenha um AVC ao logo da vida.
Castro Lopes adiantou que, apesar de ser uma doença "prevenível", continua a ter um "peso muito grande": "Além da taxa de mortalidade, sabemos que ao fim do primeiro mês cerca de 20% dos doentes falecem e ao fim de um ano 30% dos sobreviventes ainda podem morrer".
Por outro lado, acrescentou, cerca de metade dos que sofrem um AVC ficam com alguma incapacidade para as actividades da vida diária. E a recuperação destes doentes tem de ser assegurada: "A recuperação não é uma esmola que se dê a um doente, é um direito que o doente tem para toda a vida".
Castro Lopes salientou que "hábitos de vida modificados contribuem extraordinariamente para prevenir um AVC e não custa nada ao Estado e aos doentes".
Os especialistas alertam ainda para os riscos que uma crise pode ter no desencadeamento de um AVC.
"O AVC acontece muitas vezes em situações de preocupação com a vida diária, como um choque emocional ou uma preocupação grande familiar", disse Castro Lopes, acrescentando que "uma vida económica equilibrada é muito importante para uma boa sanidade mental".
Manuel Carrageta partilha da mesma opinião: "A crise influencia porque as pessoas andam preocupadas e isso desencadeia mecanismos que conduzem à subida da tensão arterial e a maior frequência cardíaca", os grandes responsáveis pelos AVC.
in: JN
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por Diário de um Bombeiro às 09:53
Quarta-feira, 30.03.11
As mortes por Acidente Vascular Cerebral estão a diminuir, mas Portugal continua a ter a incidência mais alta da União Europeia. Por hora, morrem dois portugueses devido a esta doença "prevenível e tratável", alertam especialistas.
Na véspera do Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) e o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) falaram à agência Lusa sobre esta doença responsável por mais de 25 mil internamentos por ano.
"A situação tem vindo a melhorar em Portugal, mas continuamos a ter uma incidência muito alta, a mais alta da União Europeia", disse o presidente da FPC, observando que tem "havido uma redução de cerca de um por cento ao ano, o que é muito significativo".
Como razões para esta melhoria, Manuel Carrageta aponta o "maior controlo da hipertensão arterial, uma acção muito meritória dos médicos de família" e a redução do consumo de sal para o qual contribuiu a legislação que obrigou à diminuição deste condimento no pão, "uma medida de grande alcance na saúde pública".
"Até há pouco tempo, um em cada quatro portugueses morria de AVC. Neste momento é um em cada cinco, mas ainda é um número muito elevado", realçou.
Para o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, os portugueses estão mais atentos: "Hoje as pessoas falam mais, sabem o que é o AVC e temem-no porque continua a ser a primeira causa de morte e de incapacidade em Portugal", apesar de "haver progressos na taxa de mortalidade".
Os progressos devem-se aos esforços de alertar a população em dias como o que se assinala na quinta-feira, disse Castro Lopes.
"É preciso que a população saiba que ainda é uma catástrofe, mas é uma catástrofe prevenível e tratável", adiantou o neurologista, referindo que os números da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para que uma em cada seis pessoas tenha um AVC ao logo da vida.
Castro Lopes adiantou que, apesar de ser uma doença "prevenível", continua a ter um "peso muito grande": "Além da taxa de mortalidade, sabemos que ao fim do primeiro mês cerca de 20% dos doentes falecem e ao fim de um ano 30% dos sobreviventes ainda podem morrer".
Por outro lado, acrescentou, cerca de metade dos que sofrem um AVC ficam com alguma incapacidade para as actividades da vida diária. E a recuperação destes doentes tem de ser assegurada: "A recuperação não é uma esmola que se dê a um doente, é um direito que o doente tem para toda a vida".
Castro Lopes salientou que "hábitos de vida modificados contribuem extraordinariamente para prevenir um AVC e não custa nada ao Estado e aos doentes".
Os especialistas alertam ainda para os riscos que uma crise pode ter no desencadeamento de um AVC.
"O AVC acontece muitas vezes em situações de preocupação com a vida diária, como um choque emocional ou uma preocupação grande familiar", disse Castro Lopes, acrescentando que "uma vida económica equilibrada é muito importante para uma boa sanidade mental".
Manuel Carrageta partilha da mesma opinião: "A crise influencia porque as pessoas andam preocupadas e isso desencadeia mecanismos que conduzem à subida da tensão arterial e a maior frequência cardíaca", os grandes responsáveis pelos AVC.
in: JN
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por Diário de um Bombeiro às 09:53
Quarta-feira, 30.03.11
Um projecto de um deputado brasileiro que propõe a exibição de publicidade nas fardas de polícias, bombeiros e guardas prisionais vai a votação, esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Polícias somariam cerca de cem euros ao salário.
Na agenda dos deputados cariocas, esta quarta-feira, estará a votação de um projecto, no mínimo, inusitado. Wagner Montes, deputado e apresentador de televisão, defende uma proposta que permite aos polícias, a exemplo do que se passa com os desportistas, exibir patrocinadores nas fardas de serviço.
De acordo com o jornal "O DIA", os interessados em "adoptar" um batalhão da Polícia Militar ou esquadra de polícia poderão ter a sua marca estampada no uniforme dos agentes.
O curioso é que, em caso de operações conjuntas entre batalhões diferentes, diversas marcas, até de empresas concorrentes, poderiam ser exibidas pelos elementos das forças de segurança.
Com a proposta de Wagner Montes, que permite apenas um patrocinador por farda, os polícias acrescentariam ao ordenado mensal uma quantia a rondar os 100 euros. E só serão aceites empresas ligadas ao bem-estar da sociedade.
O Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, que ficou conhecido por coordenar as operações policiais no Morro do Alemão, em Novembro de 2010, afirmou desconhecer o projecto e não se pronunciou sobre este tema "polémico".
in: JN
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por Diário de um Bombeiro às 09:50
Quarta-feira, 30.03.11
Vasco Garcia, o presidente dos Bombeiros de Ponta Delgada, quebrou o silêncio e garantiu à Antena 1 Açores que a eleição do novo comandante da corporação será um processo transparente. Aconselha até o método às outras corporações.
Declarações feitas horas depois de ver aprovadas, sem qualquer contestação dos adversários, as contas de 2010 da corporação.
As contas de 2010 ficaram marcadas por um prejuízo na ordem dos 100 mil euros. Foi quanto custaram os três acidentes que envolveram viaturas da corporação. Apesar destes acidentes não envolverem álcool, Vasco Garcia garantiu que o controlo foi aumentado.
Quanto ao novo comandante dos bombeiros, foi nomeada uma comissão de análise. Vasco Garcia disse não ter pressa, rejeita a existência de divisões na Corporação, e garante que promover um concurso interno foi a melhor opção, sugerindo mesmo qure este método devia ser seguido por outras corporações.
in: RTP
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por Diário de um Bombeiro às 09:48
Quarta-feira, 30.03.11
Vasco Garcia, o presidente dos Bombeiros de Ponta Delgada, quebrou o silêncio e garantiu à Antena 1 Açores que a eleição do novo comandante da corporação será um processo transparente. Aconselha até o método às outras corporações.
Declarações feitas horas depois de ver aprovadas, sem qualquer contestação dos adversários, as contas de 2010 da corporação.
As contas de 2010 ficaram marcadas por um prejuízo na ordem dos 100 mil euros. Foi quanto custaram os três acidentes que envolveram viaturas da corporação. Apesar destes acidentes não envolverem álcool, Vasco Garcia garantiu que o controlo foi aumentado.
Quanto ao novo comandante dos bombeiros, foi nomeada uma comissão de análise. Vasco Garcia disse não ter pressa, rejeita a existência de divisões na Corporação, e garante que promover um concurso interno foi a melhor opção, sugerindo mesmo qure este método devia ser seguido por outras corporações.
in: RTP
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por Diário de um Bombeiro às 09:48
Quarta-feira, 30.03.11
Põe mãe às portas da morte
 |
O bombeiro Joaquim Figueiredo recordou outros casos de violência no seio da família. Em Melo, a população também os comenta |
António Magina, de 40 anos, chegou a casa, em Quinta dos Moinhos, Gouveia, onde vive com a mãe e o irmão, pelas 03h00 de ontem. Já tinha bebido e estava com fome. A certa altura, exigiu que a mãe lhe fizesse o jantar. Maria do Carmo, de 70 anos, recusou o pedido e começou uma discussão à qual se veio juntar o filho mais velho, José Magina, de 46 anos. A zaragata terminou com a idosa espancada com extrema violência e José ferido à facada.
"António Magina puxou de uma navalha e esfaqueou o irmão várias vezes no tórax, no pescoço e na cabeça. Quando a mãe tentou intervir, foi agredida com socos e pontapés", explicou uma fonte da GNR. Ao ver os familiares inanimados, o agressor, pedreiro de profissão, foi a correr até ao quartel dos Bombeiros de Melo, no concelho de Gouveia, a dois quilómetros do local do crime, para pedir o socorro.
Quando os primeiros bombeiros chegaram ao quartel, pelas 05h30, disse: "Dei uns murros à minha mãe e umas facadas ao meu irmão". Já de regresso a casa, acabou por se entregar sem resistência à GNR de Gouveia, a quem confirmou o que já havia contado aos bombeiros.
Esta não é a primeira vez que as agressões acontecem, como descreve Joaquim Figueiredo, dos Bombeiros Voluntários de Melo, que ontem transportou Maria do Carmo para o Hospital da Guarda: "Há cerca de três anos já tinha ido lá a casa buscar o irmão, também esfaqueado".
"Trata-se de uma família com alguns problemas do foro psiquiátrico. Uma vez chegaram a estar os dois irmãos internados no Hospital da Guarda", adianta.
António Magina deveria ter sido ontem apresentado no Tribunal de Gouveia para primeiro interrogatório judicial. No entanto, a magistrada de serviço preferiu adiar a sessão para hoje, às 10 horas, para saber o desenvolvimento do estado clínico de Maria do Carmo. É que se a mulher falecer, a acusação contra o agressor passará de "ofensa à integridade física grave" a "homicídio".
in: CM
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por Diário de um Bombeiro às 09:46
Quarta-feira, 30.03.11
Põe mãe às portas da morte
 |
O bombeiro Joaquim Figueiredo recordou outros casos de violência no seio da família. Em Melo, a população também os comenta |
António Magina, de 40 anos, chegou a casa, em Quinta dos Moinhos, Gouveia, onde vive com a mãe e o irmão, pelas 03h00 de ontem. Já tinha bebido e estava com fome. A certa altura, exigiu que a mãe lhe fizesse o jantar. Maria do Carmo, de 70 anos, recusou o pedido e começou uma discussão à qual se veio juntar o filho mais velho, José Magina, de 46 anos. A zaragata terminou com a idosa espancada com extrema violência e José ferido à facada.
"António Magina puxou de uma navalha e esfaqueou o irmão várias vezes no tórax, no pescoço e na cabeça. Quando a mãe tentou intervir, foi agredida com socos e pontapés", explicou uma fonte da GNR. Ao ver os familiares inanimados, o agressor, pedreiro de profissão, foi a correr até ao quartel dos Bombeiros de Melo, no concelho de Gouveia, a dois quilómetros do local do crime, para pedir o socorro.
Quando os primeiros bombeiros chegaram ao quartel, pelas 05h30, disse: "Dei uns murros à minha mãe e umas facadas ao meu irmão". Já de regresso a casa, acabou por se entregar sem resistência à GNR de Gouveia, a quem confirmou o que já havia contado aos bombeiros.
Esta não é a primeira vez que as agressões acontecem, como descreve Joaquim Figueiredo, dos Bombeiros Voluntários de Melo, que ontem transportou Maria do Carmo para o Hospital da Guarda: "Há cerca de três anos já tinha ido lá a casa buscar o irmão, também esfaqueado".
"Trata-se de uma família com alguns problemas do foro psiquiátrico. Uma vez chegaram a estar os dois irmãos internados no Hospital da Guarda", adianta.
António Magina deveria ter sido ontem apresentado no Tribunal de Gouveia para primeiro interrogatório judicial. No entanto, a magistrada de serviço preferiu adiar a sessão para hoje, às 10 horas, para saber o desenvolvimento do estado clínico de Maria do Carmo. É que se a mulher falecer, a acusação contra o agressor passará de "ofensa à integridade física grave" a "homicídio".
in: CM
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por Diário de um Bombeiro às 09:46
Quarta-feira, 30.03.11
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Calheta (BVC), reuniu esta semana para apresentação de contas do ano transato.
A instituição, com mais de setecentos sócios, apresentou e aprovou as suas contas referentes a 2010.
Nesta linha, executou alguns investimentos. Sendo, o maior, a aquisição de um Ecografo (aparelho de ultima geração com possibilidade de realização de ecografias em 4D.
Desta forma, com o recente investimento, São Jorge tem, ao serviço das grávidas, a possibilidade de obter exames de ginecologia de grande definição.
Além desta especialidade, esta instituição, presta serviço em outras especialidades nomeadamente de nomografia, sendo esta ilha, uma das mais cobertas com o rastreio ao cancro da mama.
Faz também parte das acções da Associação a gestão de quatro clubes informáticos que cobrem o acesso à internet e computador em quase todo o concelho da Calheta.
Esta associação presta também o serviço de ambulância e possui uma secção destacada na zona do Topo.
Ao longo de 2010 ficaram por realizar as obras de manutenção do quartel sede, construído na década de 80, que há muito necessita de manutenção.
Ao longo da sua história a ABVC presta a São Jorge um serviço de inestimável valor.
in: RTP
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por Diário de um Bombeiro às 09:43
Quarta-feira, 30.03.11
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Calheta (BVC), reuniu esta semana para apresentação de contas do ano transato.
A instituição, com mais de setecentos sócios, apresentou e aprovou as suas contas referentes a 2010.
Nesta linha, executou alguns investimentos. Sendo, o maior, a aquisição de um Ecografo (aparelho de ultima geração com possibilidade de realização de ecografias em 4D.
Desta forma, com o recente investimento, São Jorge tem, ao serviço das grávidas, a possibilidade de obter exames de ginecologia de grande definição.
Além desta especialidade, esta instituição, presta serviço em outras especialidades nomeadamente de nomografia, sendo esta ilha, uma das mais cobertas com o rastreio ao cancro da mama.
Faz também parte das acções da Associação a gestão de quatro clubes informáticos que cobrem o acesso à internet e computador em quase todo o concelho da Calheta.
Esta associação presta também o serviço de ambulância e possui uma secção destacada na zona do Topo.
Ao longo de 2010 ficaram por realizar as obras de manutenção do quartel sede, construído na década de 80, que há muito necessita de manutenção.
Ao longo da sua história a ABVC presta a São Jorge um serviço de inestimável valor.
in: RTP
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por Diário de um Bombeiro às 09:43
Quarta-feira, 30.03.11
O presidente da Liga dos Bombeiros afirmou esta terça-feira, após uma audição no Parlamento, que a redução em 20% da verba para combater os incêndios deverá afectar os meios aéreos, os mais dispendiosos, manifestando preocupação com o atraso na contratação destes equipamentos.
Duarte Caldeira falava à agência Lusa à saída de uma audição na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, onde disse aos deputados ter "a convicção" da manutenção das verbas para os meios terrestres de combate aos fogos florestais.
Tendo em consideração os valores em causa, "seguramente que este impacto dos 20% será sobretudo no âmbito dos meios aéreos", realçou.
Em 2010, Portugal contou com 56 meios aéreos para combater os incêndios nos meses de verão e, "se tivermos em consideração esta redução, certamente iremos contar este ano com 40 e poucos meios aéreos", referiu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
"Não é admissível que haja qualquer diminuição nas equipas terrestres dos bombeiros", salientou Duarte Silva.
O corte de verba "implicará que haja um envolvimento muito forte dos elementos de comando de modo a que seja possível compensar as mudanças decorrentes da alteração do dispositivo aéreo com reforço dos meios terrestres dos bombeiros".
Por outro lado, a contratação de meios aéreos para combater os incêndios florestais "está atrasada" este ano, afirmou. Em 2010, em Janeiro "já estava em processo de selecção", este ano, "ainda nem foram lançados os concursos", o que é um atraso "muito significativo", salientou.
O representante dos bombeiros explicou que as consequências desta situação são várias, nomeadamente ao nível do custo do aluguer dos meios necessários.
O mercado internacional nesta área é restrito e os países, de uma forma geral, têm optado por, em vez de adquirir meios aéreos próprios, recorrer ao aluguer porque "é mais rentável". E "quanto mais tarde os concursos forem lançados, em piores condições serão negociados", disse Duarte Caldeira.
Os meios aéreos de combate a incêndios representam 46 milhões de euros no orçamento da Autoridade Nacional Protecção Civil, num total de 60 milhões de euros, referiu o presidente da Liga. A redução de 20% é "muito significativa" e "vai exigir uma reflexão muito apurada sobre a redefinição do tipo de meios e a sua localização", apontou ainda.
Na segunda-feira, o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, desvalorizou os cortes orçamentais nos meios de combate a incêndios e sublinhou que no caso do Ministério da Agricultura, que conta com 30 milhões de euros para prevenção, estas verbas foram reforçadas.
"No caso da Agricultura, houve um reforço de verbas. Os incêndios são uma preocupação de todos. É possível, apesar dos problemas orçamentais, juntar os meios disponíveis dos vários ministérios", disse.
in: JN
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por Diário de um Bombeiro às 09:41
Quarta-feira, 30.03.11
O presidente da Liga dos Bombeiros afirmou esta terça-feira, após uma audição no Parlamento, que a redução em 20% da verba para combater os incêndios deverá afectar os meios aéreos, os mais dispendiosos, manifestando preocupação com o atraso na contratação destes equipamentos.
Duarte Caldeira falava à agência Lusa à saída de uma audição na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, onde disse aos deputados ter "a convicção" da manutenção das verbas para os meios terrestres de combate aos fogos florestais.
Tendo em consideração os valores em causa, "seguramente que este impacto dos 20% será sobretudo no âmbito dos meios aéreos", realçou.
Em 2010, Portugal contou com 56 meios aéreos para combater os incêndios nos meses de verão e, "se tivermos em consideração esta redução, certamente iremos contar este ano com 40 e poucos meios aéreos", referiu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
"Não é admissível que haja qualquer diminuição nas equipas terrestres dos bombeiros", salientou Duarte Silva.
O corte de verba "implicará que haja um envolvimento muito forte dos elementos de comando de modo a que seja possível compensar as mudanças decorrentes da alteração do dispositivo aéreo com reforço dos meios terrestres dos bombeiros".
Por outro lado, a contratação de meios aéreos para combater os incêndios florestais "está atrasada" este ano, afirmou. Em 2010, em Janeiro "já estava em processo de selecção", este ano, "ainda nem foram lançados os concursos", o que é um atraso "muito significativo", salientou.
O representante dos bombeiros explicou que as consequências desta situação são várias, nomeadamente ao nível do custo do aluguer dos meios necessários.
O mercado internacional nesta área é restrito e os países, de uma forma geral, têm optado por, em vez de adquirir meios aéreos próprios, recorrer ao aluguer porque "é mais rentável". E "quanto mais tarde os concursos forem lançados, em piores condições serão negociados", disse Duarte Caldeira.
Os meios aéreos de combate a incêndios representam 46 milhões de euros no orçamento da Autoridade Nacional Protecção Civil, num total de 60 milhões de euros, referiu o presidente da Liga. A redução de 20% é "muito significativa" e "vai exigir uma reflexão muito apurada sobre a redefinição do tipo de meios e a sua localização", apontou ainda.
Na segunda-feira, o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, desvalorizou os cortes orçamentais nos meios de combate a incêndios e sublinhou que no caso do Ministério da Agricultura, que conta com 30 milhões de euros para prevenção, estas verbas foram reforçadas.
"No caso da Agricultura, houve um reforço de verbas. Os incêndios são uma preocupação de todos. É possível, apesar dos problemas orçamentais, juntar os meios disponíveis dos vários ministérios", disse.
in: JN
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por Diário de um Bombeiro às 09:41
Quarta-feira, 30.03.11
A falta de verbas da Autoridade Nacional de Protecção Civil ditou a suspensão da criação de mais 60 grupos de prontidão, integrados nas Equipas de Intervenção Permanente, foi suspensa, anunciou hoje o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Duarte Caldeira falava aos deputados durante uma audição realizada na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. À saída da reunião, aquele responsável declarou que no final de 2010 estavam criadas 120 equipas de prontidão de combate aos fogos. O presidente da LBP disse ainda que havia um plano que estabelecia, até final de 2011, que o número de equipas do género chegasse às 180.
A constituição destas equipas foi suspensa devido à falta de verba da Autoridade Nacional de Protecção Civil, acrescentou Duarte Caldeira, salientando o papel fundamental destes grupos nos serviços de socorro. O responsável da LBP reforçou ainda que “e o adiamento da sua constituição adia a resolução de um problema que está identificado e que é de reforçar o voluntariado com equipas em permanência".
As Equipas de Intervenção Permanente das associações humanitárias de bombeiros resultam da congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as câmaras municipais e as associações humanitárias de bombeiros.
Cada equipa é composta por cinco bombeiros, totalizando actualmente 600 elementos, e tem como principal missão o combate a incêndios, como os florestais, e o socorro às populações em casos de acidentes e catástrofes.
in: CM
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por Diário de um Bombeiro às 09:38
Quarta-feira, 30.03.11
A falta de verbas da Autoridade Nacional de Protecção Civil ditou a suspensão da criação de mais 60 grupos de prontidão, integrados nas Equipas de Intervenção Permanente, foi suspensa, anunciou hoje o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Duarte Caldeira falava aos deputados durante uma audição realizada na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. À saída da reunião, aquele responsável declarou que no final de 2010 estavam criadas 120 equipas de prontidão de combate aos fogos. O presidente da LBP disse ainda que havia um plano que estabelecia, até final de 2011, que o número de equipas do género chegasse às 180.
A constituição destas equipas foi suspensa devido à falta de verba da Autoridade Nacional de Protecção Civil, acrescentou Duarte Caldeira, salientando o papel fundamental destes grupos nos serviços de socorro. O responsável da LBP reforçou ainda que “e o adiamento da sua constituição adia a resolução de um problema que está identificado e que é de reforçar o voluntariado com equipas em permanência".
As Equipas de Intervenção Permanente das associações humanitárias de bombeiros resultam da congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as câmaras municipais e as associações humanitárias de bombeiros.
Cada equipa é composta por cinco bombeiros, totalizando actualmente 600 elementos, e tem como principal missão o combate a incêndios, como os florestais, e o socorro às populações em casos de acidentes e catástrofes.
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