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diariobombeiro



Sábado, 12.03.11

Bombeiros Municipais da Figueira da Foz: “Ser Bombeiro Municipal é um acto de entrega e de cidadania imprescindível”

Corporação Comemorou 146 Anos
Os Bombeiros Municipais comemoraram ontem 146 anos ao serviço da Figueira da Foz, esperançados num futuro melhor com mais pessoal, melhor equipamento e novas instalações
Ainda que com cerimónias muito simples e humildes, que se inserem no apanágio da corporação ao longo dos seus 146 anos, que ontem se assinalaram, os Bombeiros Municipais têm vindo a realizar alguns eventos que se integram nas festividades, desde o baptismo de mergulho, hastear da Bandeira, romagem aos cemitérios Oriental, Setentrional, Quiaios e Buarcos e, ontem, com a sessão solene comemorativa da efeméride daquela que é a terceira corporação mais antiga do país.
Depois da guarda de honra prestada às entidades que se associaram ao aniversário, o comandante interino, Jorge Piedade, agradeceu a presença de todos, sobretudo daqueles que durante décadas serviram aquela casa, bem como desejou rápidas melhoras ao ex-comandante Simões Marques e o bombeiro Samuel, que têm passado por momentos complicados de saúde.
Numa outra perspectiva e conhecedor profundo das realidades e necessidades da corporação, Jorge Piedade manifestou a sua total disponibilidade para defender o bom nome e operacionalidade dos bombeiros, até porque «são uma enorme vontade de bem servir, não olhando a dificuldades, indiferentes ao perigo e lutando muitas vezes contra as próprias carências, injustiças e por vezes o não reconhecimento desta tão nobre profissão», disse.
Para o comandante interino, não só a floresta é perigosa, e apontou para «a nossa vasta e perigosa industria: Celbi, Soporcel, Central de Ciclo Combinado, Vidreira, Gasoduto, zonas industriais, etc. Para isto tudo temos de ter bombeiros muito bem preparados, quer fisicamente, quer detentores de grande sabedoria nas diversas vertentes de socorro».
A finalizar, Jorge Piedade dirigiu-se ao presidente da autarquia e agradeceu-lhe o grande esforço que está a desenvolver para a reabilitação da corporação, tanto ao nível de infra-estruturas (quartel), quer ao nível de viaturas (candidatura de nova viatura urbana para combate a incêndios), bem como, da necessidade de colmatar uma grande lacuna que é a falta de pessoal, devido à reforma de uns e outros que deixam a instituição, porque “lá fora” ganham mais. Reconhecendo as dificuldades da autarquia, Jorge Piedade, defendeu a entrada de oito novos elementos já no próximo orçamento e mais oito em 2012, e enumerou ainda dificuldades de «formação mais específica e focalizada», que permita contribuir para a progressão na carreira.

Servir com eficácia
Seguiu-se a intervenção de Rui Silva, representante da Liga Portuguesa de Bombeiros, que enalteceu a disponibilidade das autarquias no apoio que dão às corporações. Também Jaime Soares, em representação da Federação Distrital de Bombeiros, congratulou-se com a excelente intervenção do comandante interino, que considerou um «conhecedor profundo do que interessa e faz falta aos bombeiros para servirem a sua nobre missão».  E lembrou, por outro lado, que a intervenção autárquica «é abismal em relação ao poder central».
Em representação do Governo Civil, falou António Sérgio, adjunto de Henrique Fernandes, lembrando que vão ser disponibilizados nove milhões de euros para equipamentos nas corporações.
A cerimónia terminou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, que reconheceu as dificuldades da corporação, mas mesmo assim enalteceu o carinho e a eficiência nos serviços prestados ao concelho ao longo dos 146 anos, porque ser bombeiro «é um serviço nobre, distinto e imprescindível, um acto de verdadeira entrega e cidadania», disse.

Novo quartel: do sonho à realidade
Na intervenção de João Ataíde ficou claro que a aquisição de uma viatura para combate a incêndios urbanos, com apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional está em fase de candidatura, assim como o novo quartel, a construir na zona da Várzea, é um cenário cada vez mais próximo, tendo já sido obtido o parecer positivo da Autoridade Nacional da Protecção Civil e encontra-se em fase de análise a candidatura a financiamento no âmbito do POVT/QREN, o qual estabelece uma taxa de comparticipação na ordem dos 70 por cento.
A concretização deste projecto revela-se essencial para que o Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz continue a melhorar os relevantes serviços de segurança prestados às populações do concelho.

Dois crachás de ouro para Bombeiros Municipais
No decorrer desta cerimónia foi reconhecido o mérito e a assiduidade de alguns elementos da corporação municipal, que distinguiu Luís Almeida por 20 anos de serviço, João Paulo Nunes, com 15 anos; António Manuel Rascão Piedade, Wilson Gomes, David Reis e Joel Garcez, todos com 10 anos.
O momento alto desta cerimónia honorífica, aconteceu com a entrega de dois crachás de ouro da Liga a Jorge Piedade e Jorge Andrade, ambos com mais de 35 anos de serviço. distinções que foram entregues, respectivamente, por António Rascão (pai do actual comandante interino e que também foi comandante dos BM e bombeiro durante mais de meio século) e a outra distinção entregue pelo próprio filho, também já elemento do corpo activo dos Bombeiros Municipais.
 
in: DC

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Diário de um Bombeiro às 12:40

Sábado, 12.03.11

Bombeiros Municipais da Figueira da Foz: “Ser Bombeiro Municipal é um acto de entrega e de cidadania imprescindível”

Corporação Comemorou 146 Anos
Os Bombeiros Municipais comemoraram ontem 146 anos ao serviço da Figueira da Foz, esperançados num futuro melhor com mais pessoal, melhor equipamento e novas instalações
Ainda que com cerimónias muito simples e humildes, que se inserem no apanágio da corporação ao longo dos seus 146 anos, que ontem se assinalaram, os Bombeiros Municipais têm vindo a realizar alguns eventos que se integram nas festividades, desde o baptismo de mergulho, hastear da Bandeira, romagem aos cemitérios Oriental, Setentrional, Quiaios e Buarcos e, ontem, com a sessão solene comemorativa da efeméride daquela que é a terceira corporação mais antiga do país.
Depois da guarda de honra prestada às entidades que se associaram ao aniversário, o comandante interino, Jorge Piedade, agradeceu a presença de todos, sobretudo daqueles que durante décadas serviram aquela casa, bem como desejou rápidas melhoras ao ex-comandante Simões Marques e o bombeiro Samuel, que têm passado por momentos complicados de saúde.
Numa outra perspectiva e conhecedor profundo das realidades e necessidades da corporação, Jorge Piedade manifestou a sua total disponibilidade para defender o bom nome e operacionalidade dos bombeiros, até porque «são uma enorme vontade de bem servir, não olhando a dificuldades, indiferentes ao perigo e lutando muitas vezes contra as próprias carências, injustiças e por vezes o não reconhecimento desta tão nobre profissão», disse.
Para o comandante interino, não só a floresta é perigosa, e apontou para «a nossa vasta e perigosa industria: Celbi, Soporcel, Central de Ciclo Combinado, Vidreira, Gasoduto, zonas industriais, etc. Para isto tudo temos de ter bombeiros muito bem preparados, quer fisicamente, quer detentores de grande sabedoria nas diversas vertentes de socorro».
A finalizar, Jorge Piedade dirigiu-se ao presidente da autarquia e agradeceu-lhe o grande esforço que está a desenvolver para a reabilitação da corporação, tanto ao nível de infra-estruturas (quartel), quer ao nível de viaturas (candidatura de nova viatura urbana para combate a incêndios), bem como, da necessidade de colmatar uma grande lacuna que é a falta de pessoal, devido à reforma de uns e outros que deixam a instituição, porque “lá fora” ganham mais. Reconhecendo as dificuldades da autarquia, Jorge Piedade, defendeu a entrada de oito novos elementos já no próximo orçamento e mais oito em 2012, e enumerou ainda dificuldades de «formação mais específica e focalizada», que permita contribuir para a progressão na carreira.

Servir com eficácia
Seguiu-se a intervenção de Rui Silva, representante da Liga Portuguesa de Bombeiros, que enalteceu a disponibilidade das autarquias no apoio que dão às corporações. Também Jaime Soares, em representação da Federação Distrital de Bombeiros, congratulou-se com a excelente intervenção do comandante interino, que considerou um «conhecedor profundo do que interessa e faz falta aos bombeiros para servirem a sua nobre missão».  E lembrou, por outro lado, que a intervenção autárquica «é abismal em relação ao poder central».
Em representação do Governo Civil, falou António Sérgio, adjunto de Henrique Fernandes, lembrando que vão ser disponibilizados nove milhões de euros para equipamentos nas corporações.
A cerimónia terminou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, que reconheceu as dificuldades da corporação, mas mesmo assim enalteceu o carinho e a eficiência nos serviços prestados ao concelho ao longo dos 146 anos, porque ser bombeiro «é um serviço nobre, distinto e imprescindível, um acto de verdadeira entrega e cidadania», disse.

Novo quartel: do sonho à realidade
Na intervenção de João Ataíde ficou claro que a aquisição de uma viatura para combate a incêndios urbanos, com apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional está em fase de candidatura, assim como o novo quartel, a construir na zona da Várzea, é um cenário cada vez mais próximo, tendo já sido obtido o parecer positivo da Autoridade Nacional da Protecção Civil e encontra-se em fase de análise a candidatura a financiamento no âmbito do POVT/QREN, o qual estabelece uma taxa de comparticipação na ordem dos 70 por cento.
A concretização deste projecto revela-se essencial para que o Serviço Municipal de Protecção Civil da Figueira da Foz continue a melhorar os relevantes serviços de segurança prestados às populações do concelho.

Dois crachás de ouro para Bombeiros Municipais
No decorrer desta cerimónia foi reconhecido o mérito e a assiduidade de alguns elementos da corporação municipal, que distinguiu Luís Almeida por 20 anos de serviço, João Paulo Nunes, com 15 anos; António Manuel Rascão Piedade, Wilson Gomes, David Reis e Joel Garcez, todos com 10 anos.
O momento alto desta cerimónia honorífica, aconteceu com a entrega de dois crachás de ouro da Liga a Jorge Piedade e Jorge Andrade, ambos com mais de 35 anos de serviço. distinções que foram entregues, respectivamente, por António Rascão (pai do actual comandante interino e que também foi comandante dos BM e bombeiro durante mais de meio século) e a outra distinção entregue pelo próprio filho, também já elemento do corpo activo dos Bombeiros Municipais.
 
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