Trinta e cinco elementos (bombeiros, militares e polícia florestal) participaram, ontem, num exercício de preparação para combate a incêndios. Nada a que não estejam habituados. No entanto, «é preciso reciclar», defende a Protecção Civil.

O sítio das Fontainhas, na Ribeira Brava, foi ontem palco de um exercício de preparação para o combate aos incêndios.
Nada a que os bombeiros da Região não estejam habituados. Contudo, esta formação, que tem decorrido durante toda a semana, teve a particularidade de dar aos “soldados da Paz” novas ferramentas que permitem mais eficácia no desbravamento da floresta e no combate às chamas.
Foi, por exemplo, a primeira vez, que muitos bombeiros lidaram com um novo equipamento denominado “gorgui”. Uma ferramenta quer permite várias utilizações.
Esta formação de incêndios florestais está inserida no projecto CINFORI que teve início em 2010 e que já envolveu, entre outras acções, uma formação que envolveu também informação sobre como agir em caso cheias rápidas.
Formação esta que foi proporcionada por um consórcio de Canárias, parceiro da Madeira neste projecto.
Já no último ano, foi dada uma formação semelhante à que ontem decorreu, mas desta feita em Câmara de Lobos.
A de ontem, que foi acompanhada pelo presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, Luis Neri, e pelo Inspector de Bombeiros, António Rocha, envolveu 35 bombeiros de todas as corporações da Região. A acção foi dividida em duas partes:um curso avançado e outro curso básico.
Durante esta semana, alguns elementos estão a participar no curso avançado, o qual decorre na corporação de bombeiros da Ribeira Brava.
A par deste curso avançado, decorreu o básico, que ontem terminou nas Fontaínhas e ao qual, a nossa reportagem assistiu.
Na oportunidade Luis Neri explicou que este tipo de acções «permite ter já um conjunto grande bombeiros».
«O curso avançado já é um cursoque permite alguma organização em termos do teatro de operações», adiantou Luis Neri.
«Os bombeiros trabalham numa caixa de areia, em sala, onde são relatadas várias situações. E os mesmos têm que organizar os seus meios de acordo com a situação que está a decorrer», disse.
Já o curso básico, como o próprio nome indica, é muito mais fácil «no que toca à transmissão das técnicas de manuseamento».
«Em Canárias têm muito trabalho com ferramentas de sapadores e cujos equipamentos nós também adquirimos na Madeira», afirmou o presidente do Serviço Regional de Protecção Civil.
135 equipamentos distribuídos em Junho
Muitos dos bombeiros que ontem participaram no exercício que decorreu nas Fontaínhas já usaram os fatos especiais adquiridos pela Protecção Civil no ano passado. Outros 135 equipamentos completos (desde o capacete, máscara, fato e botas) serão distribuídos já a partir do próximo dia 13 de Junho, conforme nos referiu Luis Neri.
Estes equipamentos serão distribuídos por todas as corporações de bombeiros da Região.
Em resumo, aquilo que aconteceu ontem durante todo o dia, no sítio das Fontaínhas, e que foi acompanhado por alguns grupos de turistas que faziam “safaris”, foi uma reciclagem a todos os níveis, nomeadamente no que diz respeito ao lançamento de mangueiras, colocação de viaturas entre outras questões. «Não é matéria que os nossos bombeiros não saibam mas é bom que o assunto seja lembrado», concluiu Luis Neri.
por Carla Ribeiro
fonte: JM