O Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais disse esta quarta-feira que a actual "falta de efectivos" nas corporações está a comprometer a segurança dos bombeiros e do serviço à população e instou o Governo a criar um "regime de excepção".
"Devido à falta de efectivos, estamos a sair para socorro diariamente com as guarnições (equipas que deviam estar nas viaturas) abaixo dos próprios mínimos, ou seja, os carros não vão com as condições completas", declarou à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).
A trabalhar com falta de bombeiros é "óbvio que a segurança dos próprios está desguarnecida", acusou o presidente do sindicato, alertando para a impossibilidade de se prestar um serviço "positivo" e "seguro".
"Nós não queremos ser heróis depois de mortos", observou Sérgio Carvalho, pedindo ao Governo para criar um "regime de excepção" que permita, por exemplo, abrir ingressos para novos bombeiros nas corporações.
Segundo Sérgio Carvalho, a Câmara de Gaia não "mete bombeiros há mais de 10 anos e o bombeiro mais novo tem 29 anos".
A criação de um horário específico para os bombeiros e o desbloqueio dos concursos congelados para a progressão na carreira são outras das reivindicações do sindicato.
O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais e a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais reúnem-se esta quarta-feira à tarde com os dirigentes delegados e bombeiros sapadores e municipais do norte do País para debater o estatuto profissional do bombeiro, a legislação para o sector, a falta de efectivos e o horário de trabalho.
fonte: CM