O presidente da direção dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, Eduardo Correia, contestou, em carta dirigida ao presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), a ausência de referência ao transporte de doentes na moção: “A Saúde no Concelho do Barreiro”, aprovada em reunião de Câmara de 18 de janeiro.
Ao tomar conhecimento do documento, o responsável adianta ainda que o mesmo “reitera a posição tomada pelo Observatório Municipal de Saúde (OMS), aprovada em reunião de 15 de dezembro” e manifesta, por isso, “desconforto em verificar que não há qualquer referência ao transporte de doentes não urgentes (em especial estes), urgentes, muito urgentes e emergentes” nesses mesmos escritos.
Eduardo Correia sublinha ainda que “a questão do transporte de doentes não urgentes tem sido objeto de inúmeras iniciativas, incluindo de cariz político”, pelo que considera “que o teor da Moção, agora aprovada, sendo completamente omisso” quanto a essa questão, “faz transparecer um total alheamento do OMS e da CMB” perante um assunto que “afeta de forma muito objetiva a população do concelho do Barreiro”.
De acrescentar que a moção “A Saúde no Concelho do Barreiro”, aprovada em reunião de Câmara, prestou o seu acordo à posição tomada no OMS de 15 de dezembro, na qual foi manifestada a preocupação quanto ao número de barreirenses sem médico de família – que o documento diz serem cerca de 20 por cento da população -, assim como manifestou a sua preocupação “relativamente à falta de informação sobre a estratégia do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo” para o mesmo estabelecimento.
Do documento, aprovado em reunião de Câmara, ficou ainda acordado o pedido de uma audiência “com carácter de urgência” ao ministro da saúde, para “análise da situação diagnosticada”.
Fonte: Jornal do Barreiro