O presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Portalegre, Simão Velez, confessou a possível demissão de alguns elementos de várias corporações da região devido à falta de receitas, que pode levar ao encerramento de associações humanitárias, avança a Lusa.
«A corporação de Monforte já fez despedimentos e as de Campo Maior e Elvas não renovaram alguns contratos. Isto assim é impossível sobreviver, pois, nós temos muitas despesas», disse.
O aumento da taxa de IVA na electricidade de seis para 23% e a redução «drástica» no número de serviços relacionados com o transporte de doentes e protecção civil, estão entre as principais causas dos despedimentos, indicou Velez.
«As associações encheram-se de pessoal, de ambulâncias, montámos toda uma estrutura para o transporte de doentes não urgentes e, agora, esse transporte foi-nos praticamente retido», lamentou.
No entanto, em Avis, a corporação ainda não dispensou pessoal, mas registou uma queda de serviços de «mais de 80%».
O presidente afirmou ser «impossível viver e trabalhar assim», admitindo que podem ocorrer mais despedimentos e o consequente fecho de algumas associações.
Na esperança que a Liga dos Bombeiros Portugueses «sensibilize» o Governo para os problemas do sector, Simão Velez espera serem introduzidas «algumas melhorias» financeiras.
Em Maio, seis bombeiros foram dispensados da corporação de Monforte. Para o presidente dessa Associação dos Bombeiros Voluntários, António Medalhas, «não restou outra alternativa à direcção do que reajustar a estrutura em termos de pessoal àquilo que são agora as receitas deste serviço», devido à «redução drástica do serviço de transporte de doentes» de cerca de 80%, até ao mês de Abril.
fonte: TVI24